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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 127 – 4 de Outubro de 2009

 

O pacote de sal

 

Era uma época de grande necessidade.

A seca destruíra as plantações e não havia trabalho no campo.

Assim, sem poder trabalhar e ganhar o necessário para o sustento da família, as pessoas começaram a passar fome.

Na Evangelização Infantil do Centro Espírita, falando sobre a caridade, a professora explicou aos alunos o que estava acontecendo e comentou que muitas famílias não tinham o que comer.

Sensibilizadas, as crianças se dispuseram a ajudar.

Mas, como fazer? Após muito pensar, uma das meninas propôs que fizessem uma coleta, trazendo cada aluno o que pudesse.

Depois, num dia previamente estabelecido, iriam todos juntos levar os gêneros alimentícios recolhidos para as famílias mais necessitadas.

No dia marcado, as crianças compareceram trazendo suas contribuições, que colocavam num canto da sala de aula.

Muitos trouxeram sacolas enormes e recheadas, recebendo aplausos dos colegas.

Só uma garotinha, Beatriz, chegou com um pequeno embrulho dizendo, envergonhada:

— Desculpe, professora, mas só pude trazer este pacote de sal.

Alguns meninos vaiaram a coleguinha, que deixou sua contribuição e voltou para seu lugar, vermelha de vergonha e prestes a chorar.

A professora colocou ordem na classe pedindo silêncio. Depois, dirigindo-se a todos, repreendeu-os:

— Estou triste com vocês. Não é pelo tamanho da doação que medimos o esforço de cada um. Quem dá o que pode, está fazendo o bastante. Provavelmente, fará menos falta a vocês o grande pacote de alimentos que trouxeram do que o quilo de sal para Beatriz.

Fez uma pausa, avaliando o efeito de suas palavras e concluiu:

— Além disso, lembram-se da passagem evangélica denominada “O Óbolo da Viúva” que lemos outro dia?

— Eu lembro, professora! — disse um dos meninos. — É a história de uma viúva que foi ao templo levar sua contribuição. Como era muito pobrezinha, deu apenas duas moedas e, vendo que outras pessoas davam muito dinheiro, ficou envergonhada. Mas Jesus, vendo isso, disse a seus discípulos que aquela viúva tinha dado mais que todas as outras pessoas.

— Isso mesmo! Você mostrou que aprendeu bem a lição — disse a professora.   

Constrangidos, os alunos faltosos baixaram a cabeça sem dizer nada.

Logo em seguida saíram em bando para visitar as famílias necessitadas e foi com satisfação que viram a alegria daqueles que receberam a ajuda. 

Retornaram com os corações em festa, cheios de íntimo contentamento por terem podido praticar a caridade.

Ao passarem por uma rua do bairro pobre, alguém lembrou que estavam próximos da casa de Beatriz. Animados, resolveram fazer uma visita à coleguinha, que aceitou satisfeita.

Ao chegar, depararam com uma moradia humilde, mas muito limpa e arrumada.

A mãe de Beatriz recebeu-os gentilmente e ofereceu-lhes um copo de água fresca, dizendo sorridente:

— É só o que posso lhes oferecer. Gostaria de fazer um café, mas, infelizmente, o pó acabou.

Agradeceram a acolhida e despediram-se, emocionados, deixando Beatriz a acenar no portão.

Marcelo, o menino que iniciara as vaias, e que era rico, estava bastante envergonhado.

— Lamento, professora, a minha atitude na classe. Ignorava que Beatriz fosse tão pobre!

— Por isso, Marcelo, devemos sempre respeitar os outros. Ela, como a viúva do ensinamento evangélico, deu o que podia e, talvez, até o que fosse lhe fazer falta.

O garoto pensou um pouco e considerou:

— Se fôssemos pesar as doações numa balança espiritual, com certeza o pacote de sal de Beatriz não pesaria apenas um quilo, professora, mas teria o peso de todas as doações juntas.

A partir desse dia, Marcelo tornou-se mais amigo de Beatriz, visitando-a com frequência e, até, discretamente, ajudando-a sempre que possível.
 

                                                                     Tia Célia


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita