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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 115 – 12 de Julho de 2009

 

Dar de si mesmo

 

Laurinha, embora contasse apenas oito anos de idade, tinha um coração generoso e muito desejoso de ajudar as outras pessoas.

Certo dia, na aula de Evangelização Infantil que frequentava, ouvira a professora, explicando a mensagem de Jesus, falar da importância de se fazer caridade, e Laurinha pôs-se a pensar no que ela, ainda tão pequena, poderia fazer de bom para alguém.

Pensou... pensou... e resolveu:

— Já sei! Vou dar dinheiro a algum necessitado.
 

Satisfeita com sua decisão, procurou entre as coisas de sua mãe e achou uma linda moeda.

Vendo Laurinha com dinheiro na mão e encaminhando-se para a porta da rua, a mãe quis saber aonde ela ia.  Contente por estar tentando fazer uma boa ação, a menina respondeu:

– Vou dar este dinheiro a um mendigo!

A mãezinha, contudo, considerou:

– Minha filha, esta moeda é minha e você não pode dá-la a ninguém porque não lhe pertence!

Sem graça, a garota devolveu a moeda à mãe e foi para a sala, pensando...

– Bem, se não posso dar dinheiro, o que poderei dar?

Meditando, olhou distraída para a estante de livros e uma ideia surgiu:

– Já sei! A professora sempre diz que o livro é um tesouro e que traz muitos benefícios para quem o lê.

Eufórica por ter decidido, apanhou na estante um livro que lhe pareceu interessante, e já ia saindo da sala quando o pai, que lia o jornal acomodado na poltrona preferida, a interrogou:

– O que você vai fazer com esse livro, minha filha?

Laurinha estufou o peito e informou:

– Vou dá-lo a alguém!

Com serenidade, o pai tomou o livro da filha, afirmando:

– Este livro não é seu, Laurinha. É meu, e você não pode dá-lo para ninguém.

Tremendamente desapontada, Laurinha resolveu dar uma volta, Estava triste, suas tentativas para fazer a caridade não tinham tido bom êxito e, caminhando pela rua, continha as lágrimas que teimavam em cair.

– Não é justo! – resmungava.– Quero fazer o bem e meus pais não deixam!

Nisso, ela viu uma colega da escola sentada num banco da pracinha. A menina parecia tão triste e desanimada que Laurinha esqueceu o problema que tanto a afligia.

Aproximando-se, perguntou gentil:

– O que você tem, Raquel?

A outra, levantando a cabeça e vendo Laurinha a seu lado, desabafou:

– Estou chateada, Laurinha, porque minhas notas estão péssimas. Não consigo aprender a fazer contas de dividir, não sei tabuadas e tenho ido muito mal nas provas de matemática. Desse jeito, vou acabar perdendo o ano. Já não bastam as dificuldades que temos em casa, agora meus pais vão ficar preocupados comigo também.

Laurinha respirou, aliviada:

– Ah! Bom, se for por isso, não precisa ficar triste. Quanto aos outros problemas, não sei. Mas, em relação à matemática, felizmente, não tenho dificuldades e posso ajudá-la. Vamos até a sua casa e tentarei ensinar a você o que sei.

Mais animada, Raquel conduziu Laurinha até a sua casa, situada num bairro distante e pobre. Ficaram a tarde toda estudando.

Quando terminaram, satisfeita, Raquel não sabia como agradecer à amiga.
 

– Laurinha, eu aprendi direitinho o que você ensinou. Não imagina como foi bom tê-la encontrado naquela hora e o bem que você me fez hoje. Confesso que não tinha grande simpatia por você. Achava-a orgulhosa, metida, e vejo que não é nada disso. É muito legal e uma grande amiga. Valeu.

Sentindo grande sensação de bem-estar, Laurinha compreendeu a alegria de fazer o bem. Quando menos esperava, sem dar nada material, percebia que realmente tinha ajudado alguém.

Despediram-se, prometendo-se mutuamente continuarem a estudar juntas.

Retornando para casa, Laurinha contou à mãe o que fizera, comentando:

– A casa de Raquel é muito pobre, mamãe; acho que estão necessitando de ajuda. Gostaria de poder fazer alguma coisa por ela. Posso dar-lhe algumas roupas que não me servem mais? – perguntou, algo temerosa, lembrando-se das “broncas” que levara algumas horas antes.

A senhora abraçou a filha, satisfeita:

– Estou muito orgulhosa de você, Laurinha. Agiu verdadeiramente como cristã, ensinando o que sabia. Quanto às roupas, são “suas” e poderá fazer com elas o que achar melhor.

Laurinha arregalou os olhos, sorrindo feliz e, afinal, compreendendo o sentido da caridade.

– É verdade, mamãe. São minhas! Amanhã mesmo levarei para Raquel. E também alguns sapatos, um par de tênis e uns livros de histórias que já li.
 

                                                        Tia Célia   

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita