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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 2 - N° 98 – 15 de Março de 2009

 

O circo chegou

 

Geraldinho andava sem destino pelas ruas, chutando pedras.

Ao virar uma esquina, deparou com um grande cartaz colorido onde se via um leão e um domador.

— Oba! O circo chegou!

Geraldinho sempre tivera grande atração por circos, mas dificilmente aparecia algum em sua pequena cidade.

Imediatamente o menino revirou os bolsos da bermuda a ver se encontrava alguma moeda. Nada. Só algumas figurinhas, um pedregulho bem polido e um estilingue.

— Como vou fazer para ir ao circo?

Pensou um pouco e descobriu:

— Já sei. Vou pedir dinheiro para a mamãe.

Voltando para casa, Geraldinho falou com a mãe, que respondeu:

— Dou sim, meu filho. Antes, porém, preciso que você me ajude varrendo o quintal.

— Varrer o quintal? Trabalhar? Nem pensar!

Geraldinho foi até a mercearia da esquina, onde o seu José era muito seu amigo.

— Seu José, poderia emprestar-me uma moeda? Quero ver o espetáculo do circo e não tenho dinheiro.

— Como não, Geraldinho? Darei a moeda se você me fizer um favor. O empregado não veio hoje e tenho algumas entregas para fazer. Poderia fazê-las para mim?

O menino, muito desapontado, foi saindo de fininho:

— Infelizmente não posso, seu José. Tenho que estudar.

Voltando para casa, Geraldinho passou defronte da residência de dona Luzia, uma vizinha muito boa e simpática. Como ela estivesse ali fora varrendo a calçada, o menino atreveu-se a pedir-lhe uma moeda emprestada.

— Claro, Geraldinho! Dar-lhe-ei a moeda, mas estou tão atarefada hoje! Minha ajudante está doente e preciso de quem me ajude a arrancar o mato do jardim. Se você me fizer essa gentileza, prometo dar-lhe não uma, mas duas moedas.

Decepcionado, o garoto respondeu:

— Infelizmente, dona Luzia, agora não dá. Minha mãe está me esperando. Até logo! — e foi embora.

Geraldinho era assim mesmo. Não gostava de fazer nada e as pessoas conhecidas sabiam disso.
 

Aflito, o menino via o tempo passar sem conseguir recursos para ir ao circo.
 

À noite, aproximou-se do local onde o circo estava montado. A lona, toda esticada, parecia um balão; o nome, em letras grandes e luminosas, piscava, convidando-o a entrar. Mas, como?

Geraldinho pensou que, se tivesse feito algum serviço, qualquer serviço, teria a alegria de assistir ao espetáculo, mas agora  era  tarde.  Essa  seria  a

última função, e, no dia seguinte, a lona estaria desarmada e os caminhões rodando pela estrada afora. 

Sentou-se no meio-fio a observar o movimento de pessoas e carros que iam e vinham.

Nisso, uma senhora idosa escorregou e caiu no chão. A sacola que carregava abriu e o conteúdo se espalhou pela calçada.

Penalizado, o garoto levantou-se imediatamente e a socorreu.

— A senhora está bem, vovó? — perguntou atencioso.

— Estou bem, meu filho, não foi nada. Graças a Deus, não me machuquei. Ficarei dolorida por alguns dias, mas é só.

O menino ajudou-a a erguer-se e, depois, recolheu as coisas dela que tinham caído no chão, colocando tudo de volta na sacola.

Refeita do susto, a senhora pediu a Geraldinho que a ajudasse a atravessar a rua.

Percebendo que a sacola estava muito pesada, ele se prontificou:

— Farei mais, vovó. Vou acompanhá-la até sua casa e carregarei a bolsa para a senhora, pois está muito pesada.

— Quanta gentileza! Mas não quero atrapalhar, meu filho. Com certeza você tem alguma coisa para fazer...

Pensando no circo, o menino suspirou, afirmando:

— Não... nada tenho para fazer.

Geraldinho levou a senhora até o portão da residência e despediu-se. A velhinha abriu a bolsa e, pegando uma linda moeda, entregou-a ao garoto:

— Agradecida, meu filho. Olhe, isto é para você. Compre o que quiser. E venha visitar-me qualquer dia desses!

Surpreso, Geraldinho fitou a moeda depositada na palma da sua mão. Era exatamente o que precisava para comprar o ingresso do circo.

Quando menos esperava, recebeu o que tanto queria. Geraldinho compreendeu que, como ajudara a velhinha, também fora ajudado. Compreendeu também que, se desejamos  alguma  coisa,  temos  que nos

esforçar para obtê-la. Que, na medida em que damos, recebemos em troca.

Assim, Geraldinho comprou o ingresso e, naquela noite, divertiu-se a valer assistindo ao espetáculo do circo.
 

                                                        Tia Célia  

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita