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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 2 - N° 61 - 22 de Junho de 2008

 

O presente

 

Beto, menino de nove anos, muito pobre, certo dia ganhou um lindo e apetitoso pedaço de bolo.

Com os olhos brilhantes, pegou o bolo com as mãos, aspirando, com satisfação, o cheiro bom que se desprendia dele, e abriu a boca preparando-se para dar-lhe uma mordida.

Nesse exato momento, porém, parou, lembrando-se que seu irmão menor, Renato,  de sete anos,  gostava  muito

de bolo e que há muito tempo não comia um pedaço.  

Com um suspiro, embrulhou o pedaço de bolo e disse:

— Já sei! Vou dá-lo de presente ao Renato. Meu irmãozinho vai adorar!

Mais tarde Beto entregou o pequeno embrulho ao irmão que, abrindo-o, não conteve a alegria:

— Que bom! Gosto muito de bolo. Obrigado, Beto.

Mas quando ia morder o pedaço de bolo, Renato lembrou-se de sua irmã Rosa, de quem ele gostava muito, e falou:

— Ah! Beto, se você não se incomodar, gostaria de presentear a mana Rosa com este pedaço de bolo. Ela tem sido tão boa, leva-me para a escola, ajuda-me com os deveres de casa e convida-me para passear.

Beto concordou e ambos levaram o presente para a irmã.

Abrindo o embrulho, Rosa sentiu água na boca. Quando ia dar a primeira mordida, porém, lembrou-se do irmão mais velho, Geraldo, e afirmou:

— Desde que papai desencarnou, nossa situação tem sido muito difícil e Geraldo tem trabalhado bastante para ajudar na manutenção da casa. Acho que ele merece este pedaço de bolo por tudo o que tem feito por nós.

Os outros concordaram e, como estava na hora de Geraldo chegar do trabalho, ficaram aguardando-o no portão, ansiosamente.

Mal o avistaram, os três irmãos correram ao seu encontro. Rosa entregou-lhe o embrulho.

Geraldo abriu e sorriu, feliz. Estava cansado e com fome. Trabalhara o dia todo e quase não se alimentara, e esse pedaço de bolo era muito bem-vindo.

Lembrou-se, porém, da mãe, que vivia exausta de tanto trabalhar e que os amava tanto. Fitou os irmãos e disse:

— Meus queridos irmãos. Agradeço-lhes a dádiva que me fazem, mas acredito que a mamãe merece este bolo mais do que eu. Sempre se sacrificou por todos nós e é justo que ganhe este presente.

Os irmãos foram unânimes em concordar.

Entraram em casa e dirigiram-se à cozinha, onde a mãe preparava a humilde refeição da tarde. Geraldo, rodeado pelos irmãos, explicou o que estava acontecendo e entregou o bolo à mãe.

Com os olhos rasos de lágrimas, a mãezinha fitou os filhos e falou, sensibilizada:

— Beto, Renato, Rosa e Geraldo. Estou muito satisfeita com todos. Vocês demonstraram hoje que somos realmente uma família, que nos amamos muito e que pensam uns nos outros com esquecimento de si mesmos. Vocês aprenderam a lição de Jesus que manda fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fosse feito. Estou muito feliz e o papai, onde estiver, com certeza também estará bastante satisfeito.

Os filhos estavam muito emocionados, e a mãe sorriu com carinho, propondo:

— E agora, vamos jantar. Depois, repartiremos fraternalmente este lindo bolo e cada um comerá um pedacinho. 

                                                                  Tia Célia
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita