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Ano 10 - N° 479 - 21 de Agosto de 2016

GUARACI DE LIMA SILVEIRA
guaracisilveira@gmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)

 

 
Isa Rita Polito Vita:

“O homem precisa acordar com urgência para a
reforma íntima”

A escritora e palestrante mineira fala-nos sobre seu trabalho na seara espírita e suas obras literárias de cunho espírita
 

Isa Rita Polito Vita (foto), mineira de Juiz de Fora, escritora premiada e palestrante espírita, é diretora do Departamento de Assistência Social no Centro Espírita D. Pedro II, de Juiz de Fora. Seus trabalhos publicados – contos e romance – primam pela boa divulgação dos ensinamentos espíritas. Nesta entrevista ela nos fala sobre sua iniciação no Espi-

ritismo, suas obras e também sobre o trabalho que vem realizando nas lides espíritas.   

Como e quando se tornou espírita?  

Bem, aconteceram concomitantemente diversas situações: fenômenos de efeitos físicos na nossa casa, como objetos que voavam, cadeiras de balanço que balançavam sozinhas, passos no assoalho, entre outros; perda de um ente querido; manifestações mais acintosas com um cunhado, que nos convidou a buscar, junto com ele, a Doutrina Espírita para as respostas a tantas coisas que não sabíamos explicar. Isso se deu em 1992. Havia chegado a nossa hora de conhecer essa doutrina maravilhosa que tudo nos esclarece e tira o véu dos mistérios. 

Suas palestras espíritas primam por conteúdos muito pesquisados e bem apresentados. Esta deve ser a regra para aqueles que desejam atuar como palestrantes espíritas? 

Sim, porque é uma responsabilidade muito grande passarmos os conhecimentos da Doutrina Espírita, o que deve ser feito de forma bem clara e verdadeira. Lembremos que estamos sendo ouvidos por encarnados e desencarnados. Dependendo do assunto, a espiritualidade maior grava a palestra para levá-la a diversas regiões na espiritualidade e, às vezes, são colocados alto-falantes na sala da palestra pública e vai direto para as regiões que precisam ouvi-la. Portanto, é imprescindível que as informações sejam fidedignas à Doutrina Espírita. 

Qual a forma ideal para mantermos lealdade a Allan Kardec? 

É nos mantermos em constante leitura do Pentateuco Kardequiano, que contém a Doutrina dos Espíritos. A Doutrina foi ditada por eles, Kardec a compilou brilhantemente. Portanto, toda nova leitura que nos for apresentada devemos ter o cuidado de compará-la com os ensinamentos doutrinários para ver se ela está de acordo com eles. Lembremo-nos de uma das assertivas de Kardec: “usar o crivo da razão”. 

Como vê as obras subsidiárias existentes na Literatura Espírita?   

É preciso estar atento a todas as obras que nos sejam apresentadas, como disse  anteriormente. Assim fazia Amélie Boudet, esposa de Allan Kardec, após o seu desencarne, antes de publicar qualquer artigo na Revista Espírita. Ela usava o crivo da razão, ou seja, comparava a obra com a Doutrina. Isso não quer dizer que não sejam bem-vindas as obras subsidiárias; pelo contrário, quanto mais esclarecimentos tivermos mais conscientizados estaremos.  

Em sua opinião o que o público que frequenta reuniões públicas mais necessita ouvir? 

Essa questão é difícil de responder, visto que somos afeitos a erros. Todos os ensinamentos de Jesus são necessários serem ouvidos para que tenhamos parâmetros para buscar o caminho do crescimento espiritual, afinal esse é o nosso objetivo de estarmos reencarnados: chegar à perfeição relativa. Absoluta, só Deus. Por isso é importante constantemente ouvirmos o valor do perdão, da fé inabalável, do amor ao próximo, da caridade, do combate ao egoísmo e orgulho etc. O homem precisa acordar urgentemente para a reforma íntima.  

Em suas palestras, o que mais gosta de passar para o público? 

São as passagens do Mestre Jesus, que, através do exemplo, deixou para nós uma norma de conduta que, se soubermos seguir, estaremos no caminho certo para o crescimento espiritual. Suas parábolas são de uma riqueza imensa e, se bem analisadas, poderemos ver nas entrelinhas muito mais do que se imagina. 

Percebe maior receptividade do público em palestras públicas? 

Acho que a participação é cada vez mais efetiva, haja vista que alguns fazem perguntas pertinentes, mostrando interesse pelo conhecimento, além de trazerem exemplos que complementam o assunto abordado. 

Sabemos da sua fértil produção literária. Fale-nos sobre ela. 

Para as crianças, escrevo histórias trazendo os ensinamentos de Jesus, como a importância do amor, da caridade, do perdão, da humildade, combate a todo tipo de preconceitos etc. Para os adultos, preocupo-me em fazer chamadas comportamentais de toda sorte, como a preservação da natureza, o respeito e amor ao próximo, a caridade, o combate ao aborto, os preconceitos, a anorexia, o bullying. Atualmente estou trabalhando em um segundo livro psicografado. 

Fale-nos sobre os inúmeros prêmios que tem recebido. 

Tenho recebido medalhas e troféus, tanto para as histórias infantis, como também para os contos, crônicas e poesias, em diversos salões das cidades do Rio de Janeiro e até mesmo em salões militares. 

É notória sua paixão pelo personagem D. Pedro II. Gostaria de dizer algo sobre este tema? 

Sou trabalhadora do Centro Espírita D. Pedro II. Realmente existe uma grande admiração por ele. Primeiro porque ele, o Longinus, foi convocado pelo próprio Jesus para exercer o cargo de Imperador do Brasil. Depois pelo que ele representou na nossa Pátria. Um homem probo, caridoso, honesto e humano, que soube governar com amor e equilíbrio. Sua demora em acabar com a escravidão foi devido à sensatez em acabá-la paulatinamente, num país de economia escravocrata. Sempre mostrou seu repúdio a essa desumanidade. Cumpriu aquilo que prometeu a Jesus até o fim e foi muito digno perante a ingratidão do povo que o levou ao exílio, oferecendo-lhe quatro toneladas e meia de ouro, que ele recusou. Na Pátria Espiritual ainda vela pelos nossos destinos. 

Sua participação constante nos Centros Espíritas certamente a tem gratificado. O que diria àqueles que frequentam os Centros apenas uma vez por semana? 

O que precisamos é incentivar os frequentadores a buscarem ampliar os conhecimentos dentro e fora das portas dos Centros Espíritas. Lembrar-lhes que todos os Centros Espíritas oferecem estudos não só do Pentateuco Kardequiano, mas também de outros livros importantes. Cabe aos trabalhadores espíritas fazer que entendam quanto é importante a participação deles no movimento espírita, principalmente quanto ao auxílio aos mais carentes. Ressaltar que devemos ser solidários aos que vivem em orfanatos, asilos, hospitais, nas ruas, enfim em todas as situações desfavoráveis. 

A música espírita deve ter espaço nos Centros? 

Sim. Importantes são esses momentos, pois a música harmoniza o ambiente, dulcifica  nossos corações e traz uma paz que é necessária aos trabalhos. Lembremo-nos da grandiosa obra de André Luiz que nos relata os momentos emocionantes quando a música é executada. Então, perguntamos: Por que não? 

Fale-nos da passagem do Evangelho que mais marcou sua vida. 

São várias passagens importantes, como a que Jesus nos ensina que não devemos postergar o auxílio ao próximo, que ele seja feito no momento da precisão, pois mais à frente pode ser tarde. Outra advertência muito importante é não julgar para não ser julgado, mesmo porque a nossa visão é sempre parcial e, portanto, pode ser injusta. 

Fale-nos de sua participação no programa radiofônico “O Espiritismo Está no Ar”, transmitido de segunda a sexta-feira pela TransFm, pela internet. 

Essa participação é muito gratificante para mim, pois é a oportunidade de divulgar a Doutrina Espírita para o público da cidade de Juiz de Fora, no Brasil inteiro e ultrapassar nossas fronteiras indo até irmãos de outros países. A programação é bem preparada pelo nosso irmão José Geraldo Pedrosa, que nos possibilita levar o conhecimento doutrinário de uma forma simples, mas muito esclarecedora e fidedigna à Doutrina Espírita. 

Você aceita convites para fazer palestras fora da sua cidade?  

Certamente que sim, pois não se deve recusar os convites para a divulgação da Doutrina Espírita. Já fiz palestras em outras cidades. Meu contato é:  isavitarita@gmail.com 

Agradecemos e pedimos que nos deixe suas palavras finais. 

Senti-me muito honrada em ser entrevistada por esta revista que tem uma grande repercussão e credibilidade no movimento espírita, além do que quem me entrevistou é um grande amigo de longa data, um grande trabalhador e escritor da seara espírita, Guaraci de Lima Silveira, que me possibilitou através desta entrevista reforçar a importância da divulgação doutrinária.  Espero ter contribuído de alguma forma para a visão da atualidade espírita. Como palavras finais, faço uma rogativa para que todos que estiverem lendo estas palavras parem um minuto e façam uma prece pela paz do mundo. Desejo que todos sejam envolvidos pelo manto de amor e luz de Maria Santíssima. Muito grata!



 


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