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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 10 - N° 470 - 19 de Junho de 2016

 
 

 

O sitiante pão-duro

 

Um dia Horácio, muito pão-duro, dono de sítio naquela região, caminhava pelas redondezas e na estrada poeirenta observava a paisagem e os sítios por onde passava. 

Desanimado, ele pensava em mudar de ramo. A esposa, cansada, fora embora para a cidade, desejando uma vida melhor. O sítio nada rendia; tudo que plantava secava por falta de água ou morria em virtude de pragas, sem nada produzir.
 

O cavalo seguia lento. De repente ele parou, surpreso. Numa curva, viu uma paisagem diferente; na entrada de um sítio, havia bela porteira pintada de branco, e duas fileiras de lindas árvores floridas que se perdiam a distância, gerando sombra e paz.

O sitiante sentiu vontade de conhecer a propriedade. Apeou do cavalo e aproximou-se da porteira, julgando que estivesse fechada. Ficou surpreso, não havia corrente nem cadeado. Abriu-a e entrou, já pensando

na desculpa que daria ao dono do sítio.  

Todavia, após caminhar pela fileira de árvores encontrou uma casa bem construída, que deveria ser a sede do sítio. Ele bateu palmas. Logo apareceu um homem com expressão sorridente, que o convidou a entrar. Horácio desculpou-se:

— Perdoe-me invadir assim sua propriedade. Sou Horácio, proprietário de terras aqui perto e fiquei maravilhado com seu sítio! Não resisti e entrei. 

O dono do sítio estendeu a mão, cumprimentando-o, e convidou:

— Muito prazer, Horácio. Sou Manoel. Se quiser conhecê-lo, disponho de algum tempo e posso mostrá-lo com satisfação!

O visitante aceitou, agradecido, e eles saíram pelo sítio. Em tudo Horácio via a mão do homem ajudando. Ao chegarem à plantação, com espanto viu as plantas da lavoura crescidas, já começando a produzir, e perguntou:

— Que beleza de plantação, Manoel! Com certeza não sentem falta de água. Lá no meu sítio não tem água e as plantinhas morrem, ainda brotando!

— Entendo. Aqui também era assim!... Tive de fazer irrigação, pois as nascentes de água ficavam longe do terreno de plantio. Para isso, abri um poço artesiano que ajuda bastante quando não chove. Canalizando a água do poço, o problema de água acabou. Além disso, a sede do sítio também se beneficiou, pois agora temos água em abundância.

— Ah!... Mas e as pragas? No meu sítio, surgem pragas e doenças na lavoura e acabo por perder a plantação. Estou desanimado!... Aqui também acontece isso?

— Sim! Nesses casos, é preciso aplicar produtos que ajudem no controle das pragas. O melhor é procurar na cidade alguém que entenda do problema e ajude a acabar com as pragas.

— Mas para isso é preciso muito dinheiro! Além disso, também vou precisar de homens que trabalhem! — exclamou Horácio, assustado com as despesas que teria de fazer.

Manoel deu uma risada gostosa e retrucou:

— Horácio, sem gastar você não faz nada! Não raro existem recursos naturais e que pouco custam. A lavoura precisa de cuidados que só a atenção e a dedicação poderão ajudar para que as plantas cresçam e produzam bem. A terra, meu amigo, é uma boa e dedicada companheira, mas deve ser tratada com carinho e atenção para dar seus frutos.

— Manoel, eu sempre trabalhei na roça e nunca precisei desses recursos que você usa!...

— Mas também nunca teve produção e lucro em suas terras, não é?

— Bem... É verdade que tenho tido bastante prejuízo... Jamais consegui colher bem e a produção é sempre magra e feia.

Manoel bateu nas costas do colega e ponderou:

— Pois é! É que para poder receber, Horácio, é preciso primeiro aprender a dar de nós mesmos. Lembre-se disso, meu amigo. A terra é generosa, porém precisa ser tratada com carinho. Se colocarmos amor em tudo que fizermos, seremos recompensados. Pense nisso! Se você quiser, posso ajudá-lo com minha experiência.

Horácio baixou a cabeça, pensativo, e, tirando o chapéu, concordou com o outro. Antes que ele saísse, Manoel murmurou com delicadeza:

— Perdoe-me, Horácio, o que vou lhe dizer. Temos que pensar nos outros, até nos animais. Veja! As horas que você passou aqui no meu sítio, nem se lembrou de dar água ao seu cavalo que, com tanta dedicação, o trouxe até aqui.

Envergonhado, Horácio corou de vergonha e respondeu:

— Você tem razão. Vou pensar em tudo o que me disse. Agradeço-lhe, amigo!

E, montando em seu cavalo, decidiu que levaria vida diferente desse dia em diante. Não apenas em relação ao sítio, tão malcuidado, mas também se lembrou da esposa que fora para a cidade por não suportar o tipo de vida que ele lhe dera até o momento. Resolveu que iria pedir-lhe perdão e que a traria de volta, com muito amor.  

MEIMEI 

(Mensagem psicografada por Célia X. de Camargo, em 2/5/2016.)


                                                   
 


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