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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 10 - N° 469 - 12 de Junho de 2016

 
 

 

A inveja de Maria

 

Certa vez, Maria começou a mostrar-se descontente com a vida. Tudo para ela era ruim, nada do que tinha a agradava. A mãe, notando o comportamento da filha, preocupou-se.
 

Certo dia, Maria reclamava da sua condição, afirmando não ter nada, e queria ser como seus amigos que tinham tudo o que desejavam.

Com muita paciência a mãe chamou-a para dar um passeio, já que a filha reclamava de ficar sempre em casa. Ela aceitou de má vontade, pois nesse dia estava particularmente descontente.

Maria e sua mãe andaram pelo bairro, compraram um sorvete e se acomodaram num banco da praça à sombra de bela árvore. Enquanto tomavam o sorvete, a mãe perguntou:

 

— Maria, por que você anda tão chateada ultimamente? Nós lhe damos de tudo, filha! Seu problema é na escola? Vejo-a sempre irritada, reclamando, e não entendo, pois nada lhe falta. Que está acontecendo com você?

A garota deu uma lambida no sorvete, depois suspirou:

— Mãe, meus amigos têm de tudo. Só eu vivo precisando pedir o que desejo. Tenho amigas que estão sempre de roupas e tênis novos, brinquedos novos! Na classe só eu uso roupas, tênis e brinquedos velhos. Não é justo!...

A mãe pensou um pouco, depois perguntou:

— Tem certeza disso, filha? Não creio que sua classe “toda” só tenha coisas novas! Você tem colegas pobres, outros são filhos de pais que trabalham bastante e, certamente, não podem dar luxo aos filhos. Isso que você está sentindo chama-se inveja e é muito feio.

— Mãe, está duvidando de mim? — indagou a pequena, erguendo a voz, irritada.

— Não, filha. Todavia, conheço as pessoas melhor que você, e noto que há alunos em sua classe com muita dificuldade; vejo-os com calçados velhos, embora limpos; com uniformes surrados, mas bem passados. Quanto a brinquedos, não posso dizer, porque esses alunos eu nunca vi com brinquedos na escola!

Nesse momento, passou por eles uma das crianças, colega de Maria, e a mãe dela sorriu para o menino.

— Olá, Lucas! Tudo bem?

— Tudo bem, dona Vera. Estão descansando um pouco?

— Aproveitamos a bela sombra desta linda árvore. Sente-se aqui conosco, Lucas.

— Só um pouquinho, dona Vera. Tenho que levar um recado à minha mãe. Ela lava roupas para um senhor que precisa viajar e pediu que ela deixasse as roupas prontas o mais rápido possível. Então, vou sentar-me só um pouquinho. Assim, enquanto converso, aproveito para descansar!

A mãe olhou para a filha, que tinha os olhos arregalados de espanto:

— Sua mãe lava roupas para outras famílias?

— Sim, Maria. E ela lava muito bem, todos gostam do serviço dela. Eu sei, pois entrego as roupas prontas e vejo os elogios dos fregueses para lhe agradecer. Se precisarem, é só falar comigo e eu passo na casa de vocês, pego as roupas sujas e depois as devolvo limpas e cheirosas!

Maria baixou a cabeça, sem saber o que dizer. A mãe dela sorriu e agradeceu ao menino:

— Lucas, vou aceitar seu oferecimento. Não será muito pesado para você?

— Ao contrário, quanto mais trabalho, mais ajudo minha mãe. Além disso, tenho um carrinho onde levo as roupas. Meu pai faleceu em acidente quando eu tinha dois anos. Por  isso, eu ajudo minha mãe; tenho um irmão menor que é doente e precisa de atenção.

Maria, ao ouvir as palavras do colega, sentiu vontade de chorar. Na verdade, ela não imaginava que alguém tivesse tantos problemas na vida. Então, perguntou:

— Lucas, você parece sempre tão feliz, contente com a vida!...Como conse-gue?!
 

O garoto sorriu para ela, explicando:

— Descobri, Maria, que tristezas não nos ajudam em nada. Aprendi com minha mãe que o melhor é estarmos sempre alegres com tudo. Nossa vida poderia ser bem pior! Veja nossa colega Paula, por exemplo!

— Que tem ela? — indagou Maria, curiosa.

— Paula tem três irmãos menores do que ela. Dois nasceram com um problema no coração, que é de família. O outro caiu de uma árvore e quebrou a perna. Como a mãe só conseguiu que ele fosse atendido horas depois, ficou com problema e não anda direito. Então, Paula é que ajuda a mãe

cuidando dos três irmãozinhos para que ela possa trabalhar, ajudando o pai com as despesas da casa.

— Nunca imaginei, Lucas! Ela sempre me pareceu tão bem!...

— Maria, é que viver a chorar e reclamar da vida não resolve nossos problemas. O que ajuda é atitude para melhorar a situação. E a alegria é um grande remédio que Deus nos concede para podermos vencer as dificuldades com amor.

— Alegria? Mas sua vida é tão difícil, Lucas! — Maria retrucou.

— Mas se eu vivesse chorando pelos cantos, não ajudaria a resolver nossos problemas em casa. Todos nós só ficaríamos tristes sem melhorar a situação. Só o amor e a alegria irão nos ajudar, mantendo o pensamento elevado e confiando em Jesus!

Maria deu um abraço bem apertado no colega, e sua mãe abraçou os dois, contente.

— Lucas, a partir de hoje, estou à disposição para o que precisar, seja na ajuda à sua mãe ou a qualquer família em dificuldade. E tenho certeza de que mamãe também gostará de ajudar, não é, mamãe? — propôs Maria, decidida.

Lucas sorriu, contente com a nova disposição de Maria para ajudar o próximo.

MEIMEI

(Mensagem psicografada por Célia X. de Camargo, em 4/4/2016.)     


                                                   
 


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