Cartas

Ano 17 - N° 867 - 14 de Abril de 2024

De: Lúcio de Sousa Puchetti (Rio das Ostras, RJ)

Quarta-feira, 20 de março de 2024, às 10:39

Assunto: Dúvidas sobre a parábola da figueira e o êxtase

Estamos realizando um estudo e observamos que no Evangelho Segundo o Espiritismo há referência sobre a Parábola da Figueira Seca no Cap 19, item 8 a 10, com base no Evangelho de São Marcos, cap 11, v.12-14 e 20 a 23. Mas observamos que há outras passagens dos evangelistas Lucas e Mateus que falam da Figueira que anuncia o verão, fruto do arrependimento, é chegada a hora, etc., textos não abordados no Evangelho segundo o Espiritismo.

Nossa dúvida: São de fato 2 parábolas da Figueira em momentos diferentes? Como devemos/podemos divulgar essas 2 parábolas?

Outra dúvida diz respeito ao fenômeno de êxtase (emancipação da alma): o espírito em êxtase (emancipação da alma) que, encantado com o que vê nos mundos superiores, não retorna ao corpo físico, comete suicídio?

Grato pela atenção de sempre.

Lúcio Puchetti


Resposta do Editor:

Sim, o leitor tem razão. O tema figueira foi tratado nos evangelhos em vários momentos. Em Marcos (11:13) e Mateus (21:19) a parábola narrada é a que Kardec comentou em sua obra O Evangelho segundo o Espiritismo. Trata-se de um episódio estranho porque não se concebe que alguém possa procurar um fruto numa época em que aquele tipo de árvore não produz frutos. Amaldiçoá-la, então, por não fornecer o fruto, é algo ainda mais sem noção e totalmente contrário ao pensamento e aos atos daquele que é considerado governador espiritual do nosso planeta.

Uma rápida consulta aos evangelhos mostra-nos as passagens abaixo, em que a figueira é utilizada, mas o objetivo do ensinamento é diferente:

Lucas (13:6 a 9):

6Disse-lhes também esta comparação: “Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou. 7Disse ao viticultor: Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno?”. 8Mas o viticultor respondeu: “Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo. 9Talvez depois disso dê frutos. Caso contrário, mandarás cortá-la.”

Lucas (21:29 a 31):

29Acrescentou ainda esta comparação: “Olhai para a figueira e para as demais árvores. 30Quando elas lançam os brotos, vós julgais que está perto o verão. 31Assim também, quando virdes que vão sucedendo essas coisas, sabereis que está perto o Reino de Deus.”

Mateus (24:32 a 34):

32Compreendei isso pela comparação da figueira: quando seus ramos estão tenros e crescem as folhas, pressentis que o verão está próximo. 33Do mesmo modo, quando virdes tudo isso, sabei que o Filho do Homem está próximo, à porta. 34Em verdade vos declaro: não passará esta geração antes que tudo isso aconteça.

Com relação à dúvida sobre o tema êxtase, é importante lembrar que o assunto é tratado nas questões 441 e 442 d’ O Livro dos Espíritos. Nesta última questão é dito que o extático, quando entregue a si mesmo, pode realmente abandonar o corpo físico e, portanto, morrer; por isso é necessário chamá-lo, por meio de tudo o que pode prendê-lo a este mundo, sobretudo fazendo-lhe entrever que, se quebrar a cadeia que o retém aqui, seria esse o verdadeiro meio de não ficar lá, onde ele pensa que seria feliz. Se o abandono do corpo levá-lo à morte, entendemos que estaremos diante de um caso de suicídio. 

 

De: Domingos Antero da Silva (Limeira, SP)

Domingo, 31 de março de 2024, às 9:52:43

Assunto: Jesus em suas aparições pós-morte

Lemos em João (21:10-14): Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes. Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor. Chegou, pois, Jesus, e tomou o pão, e deu-lhes e, semelhantemente, o peixe. E já era a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dentre os mortos.
A minha dúvida: Os apóstolos conviveram com Jesus, andavam com ele diariamente. Por que não o reconheceram, conforme diz esta passagem? Por que tinham vontade de perguntar a Ele se Ele era o Senhor? Ocorreram mudanças no perispírito?

Domingos Antero da Silva


Resposta do Editor
:

Essa dificuldade em reconhecer o próprio Mestre, desde a primeira aparição feita a Maria de Magdala, é mencionada por Kardec como evidência clara de que havia diferença entre o corpo físico de Jesus (antes da morte) e o corpo com que se apresentou (depois da morte). Claro que neste caso, no pós-morte, ele se apresentava com seu corpo espiritual ou perispírito, algumas vezes tangível, outras vez apenas vaporoso. O que importa é que esse fato, quando ele se apresenta com o corpo espiritual, tangível ou não, foi registrado pelo evangelista, corroborando o ensino kardequiano segundo o qual Jesus realmente teve um corpo material enquanto encarnado, diferentemente dos que advogam, conforme Roustaing, que ele fora apenas um agênere, isto é, um espírito materializado, uma pessoa que não reencarnou e, portanto, não desencarnou. 

 

De: Leo Martins (Gravataí, RS)

Terça-feira, 9 de abril de 2024, às 11:42:44

Assunto: Quatro dúvidas que submeto aos amigos da Revista.

1 - Em nossa casa espírita, temos percebido determinadas situações conflitantes, através de depoimento de alguns consulentes, que envolvem os familiares, que possivelmente tenham latentes fatos em desabono de vida anterior, e gostaríamos de saber como realizar uma regressão, que se faz necessária.

2 - Percebo que as Casas Espíritas não são iguais, pois realizam procedimentos diferentes, e venho lhes perguntar: Em caso de haver um procedimento de fisioterapia para os consulentes necessitados, é necessário subir/levantar a roupa, ou o procedimento pode ser por cima da roupa?

3 - Tenho escutado também certas colocações um tanto duvidosas, e venho buscar esclarecimentos, tais como, que em meados futuros, em Plutão, haverá o acolhimento dos espíritos, que conseguiram cumprir os desígnios divinos, e que o que chamamos de umbral não existe, e que não mais terá espíritos sofredores, e que o planeta Terra, não mais receberá seres errantes.

4 - Aprendemos que todos temos a opção de escolha, via Livre-Arbítrio, o qual é utilizado por nós diariamente, mas parece que o nosso espírito, que muito depende de nossas semeaduras, não sendo elas muito certas, o espírito será atingido pelo que tanto necessita, para seu crescimento e evolução.

Gostaria de saber suas colocações a respeito, o que desde já agradeço.

Leo Martins

 

Resposta do Editor:

Para facilitar a todos que lerem esta resposta, numeramos as dúvidas do leitor, que a seguir passamos a responder:

1 – Em 3 de setembro do ano passado, na edição 839, tratamos do tema regressão de memória e o leitor foi devidamente cientificado. Para rever o que então foi dito, basta clicar neste link

2 – A prática de fisioterapia, atividade restrita aos profissionais devidamente habilitados, não é algo que deva ser realizado nas Casas Espíritas sérias e jamais foi recomendado pelos autores espíritas que tratam do atendimento espiritual aos que buscam apoio no Espiritismo.

3 – Não existe fundamento algum nas colocações reproduzidas pelo prezado leitor. Essas fantasias, propaladas muitas vezes nas redes sociais juntamente para desmoralizar os ensinamentos espíritas, não têm nenhuma relação com a doutrina espírita e são destituídas de qualquer valor e importância.

4 – A questão do livre-arbítrio é tratada de forma magistral por Allan Kardec no capítulo X - Lei de Liberdade - Resumo teórico do móvel das ações humanas, item 872, d’ O Livro dos Espíritos, em que ele explica:

“A questão do livre-arbítrio pode resumir-se assim: O homem não é fatalmente conduzido ao mal; os atos que pratica não ‘estavam escritos’; os crimes que comete não são o resultado de um decreto do destino. Ele pode, como prova e como expiação, escolher uma existência em que se sentirá arrastado para o crime, seja pelo meio em que estiver situado, seja pelas circunstâncias supervenientes. Mas será sempre livre de agir como quiser. Assim, o livre-arbítrio existe no estado de Espírito, com a escolha da existência e das provas; e no estado corpóreo, com a faculdade de ceder ou resistir aos arrastamentos a que voluntariamente estamos submetidos.”

É claro que, feita a escolha, a pessoa deverá arcar com suas consequências, atento ao princípio evangélico segundo o qual na vida a semeadura é livre, mas a colheita é compulsória.

 

De: Kelly Oliveira (São Paulo, SP)

Terça-feira, 2 de abril de 2024, às 9:14:20

Bom dia! Gostaria de saber se o site continuará com atualizações semanais, pois a última consta com data de 17/03/2024.

Abraços fraternos,

Kelly Oliveira


Resposta do Editor
:

Sim, nossa Revista continua e continuará com suas edições semanais. O problema ocorrido em três domingos seguidos (24 de março, 31 de março e 7 de abril) foi motivado por doença, como é explicado na Carta ao leitor desta mesma edição. Confira clicando aqui 

 

De: IEEAK - Instituto de Estudos Espíritas "Allan Kardec" (Mirassol, SP)

Sexta-feira, 5 de abril de 2024, às 12:34

Assunto: GAZETA IEEAK de abril.2024

Anexo, nosso Informativo Espírita Mensal, referente a Abril de 2024, com variados assuntos para nossas reflexões... Pedimos repassá-lo aos teus contatos, a fim divulgarmos nossa querida Doutrina Espírita.

A Gazeta IEEAK pode ser acessada e lida por meio do nosso Blog. Para acessar,  clique aqui

Abraços fraternos,

Sérgio Bernardi

IEEAK - Instituto de Estudos Espíritas "Allan Kardec" 

 

De: Carlos Barros Silva (João Pessoa, PB)

Sexta-feira, 5 de abril de 2024, às 19:01

Assunto: Magazine GENTE ESPÍRITA - Edição de março - abril 2024

Leitor, boa noite!

Aí está nosso novo magazine GE para leitura e compartilhamento. Solicitamos, por gentileza, confirmar o recebimento desta edição.

Para acessar a magazine, clique neste link

Muito obrigado pela colaboração. Um ótimo fim de semana.

Carlos Barros Silva

Agência CEI Paraíba

 

De: Editora Correio Fraterno (São Bernardo do Campo, SP)

Quarta-feira, 3 de abril de 2024, às 08:31

Olá! Bom dia!

Tudo bem com você? Espero que sim!

São tantas frentes de trabalho desenvolvidas por espíritas corajosos e de muita fé na divulgação do espiritismo. Muitos passam deixando seus exemplos de amor e dedicação, marcados num caminho de muito trabalho.

No Baú de Memórias sobre Irene Carvalho, de Brasília, você vai conhecer a emocionante história dessa mulher médium, palestrante, uma das fundadoras da extensa obra Comunhão Espírita de Brasília.

Leia agora: www.bit.ly/IreneCarvalho

A jornalista Rita Cirne conta detalhes da marcante personalidade de Irene. “Ela foi pautada por coragem, determinação e ousadia. O que ela queria, ia atrás: teatro, filho, defender um amigo”, relata sua filha Sandra Carvalho.

Até a próxima.

Um abraço,

Izabel Vitusso

Editora Correio Fraterno

 


 
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