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por Fernando Rosemberg Patrocinio

 

Espiritismo é tudo de bom


Dias atrás, quando do falecimento de uma amiga e mui trabalhadora de Jesus nas hostes espiritistas, uma senhora se abeirou de minha pessoa nos precisos termos de: “Coitada, ela morreu?!”

Nestas horas é que temos de ter amor, carinho e paciência para com todos, pois ninguém, sobretudo do meio espírita, pode ignorar que morrer é sinônimo de libertação da Alma, e, portanto, de sua recepção num mundo melhor, sobretudo, é claro, se fora caridosa para com todos, se fora humilde, prestativa e doadora de suas mais santas energias, palavras, atitudes e prontas colaborações.

Coitado, ou coitada, pois, não é de quem falecera! Mas, sim, de todos nós que por aqui ainda estamos, na labuta, na dor de um corpo calejado, doentio, trôpego e cansado.

Coitado, ou coitada, pois, não é de quem falecera! Mas, sim, de nós que estamos num tempo de intensa transição planetária, de guerras aqui e ali, de extremos climáticos, seja de calor, seja de frio, de tempestades sombrias, destruidoras, e, mais ainda, como dizia Rui Barbosa: das politicalhas, que, para ele, trata-se da: “malária dos povos de moralidade estragada”! E, como temos isso em nosso Mundo, e, sobretudo, em nosso país, que, apesar de, está melhorando!

Logo, coitado, ou coitada, pois, não é de quem falecera, pois, como informa obra de Kardec: “O Céu e o Inferno” (1865-AK), Segunda Parte, Capítulo 2, ‘A Condessa Paula’:

“O que são as mais esplêndidas festas, nas quais se veem as mais ricas joias, ao lado dessas assembleias de Espíritos resplandecentes, de uma luz que a vista humana não poderia suportar e que é a marca da pureza?”

“O que são seus palácios, seus salões dourados, ao lado das mansões aéreas, dos vastos campos do espaço, de cores tão variadas, que tornariam pálido um arco-íris?”.

“O que são seus passeios, passo a passo, nos parques, ao lado das corridas através da imensidão, mais rápidas que o relâmpago?”.

“O que são seus horizontes limitados e nebulosos, ao lado do espetáculo grandioso dos mundos se movendo no Universo sem limites, sob a possante mão do Todo-Poderoso?”.

“Seus concertos mais melodiosos são tristes e desafinados, perto desta suave harmonia que faz vibrar os fluidos do éter e todas as fibras da alma!”.

“Suas maiores alegrias são tristes e insípidas, perto da inebriante sensação de felicidade que penetra incessante em todo o nosso Ser, como um aroma salutar, sem qualquer mistura de inquietação, sem nenhuma apreensão, sem nenhum sofrimento!”

“Aqui tudo respira o amor, a confiança, a sinceridade. Em toda parte, há corações amantes, há amigos. Em nenhuma parte, existem invejosos nem ciumentos. Este é o mundo onde estou, meu amigo, e onde vocês chegarão infalivelmente, se seguirem o caminho certo”. (Opus Cit.).

Logo, coitado, ou coitada, realmente, não é de quem falecera, mas de quem ainda está por aqui, na provação necessária, na doença, na missão difícil de se cumprir, na tarefa trabalhista, social, familiar, etc. e etc.

Portanto, força meu amigo, e, como diz o finalzinho daquelas palavras da obra de Kardec: “Tratemos de seguir o caminho reto”!

Quando, então, haveremos de encontrar a verdadeira felicidade junto à Espiritualidade Maior no Reino dos Céus, pois que só Jesus, por meio de seus sublimes ditados: “...É o Caminho, a Verdade e a Vida”, sendo, pois, o Mundo terreno, repleto de descaminhos, de inverdades, de estagnação e morte do ímpio: desgarrado filho pródigo!


(Observação: texto inspirado por ocasião do trespasse ou desencarne de nossa querida irmã Vilma, de já saudosa lembrança.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita