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por José Reis Chaves

A crença na reencarnação é a terceira  


O título desta coluna diz que a crença na reencarnação ocupa, hoje, o terceiro lugar entre as maiores crenças da Humanidade. Falamos isso com muita alegria e uma certa autoridade, pois foi depois, como se diz, de ter queimado muito as pestanas, lendo muitos livros sobre o assunto e, inclusive, tendo-o estudado, como seminarista que fui da Congregação dos Padres Redentoristas, ou seja, de acordo com a teologia da Igreja e seu modo de ver e interpretar a Bíblia, além de ter estudado toda a História do Cristianismo, desde a era apostólica.

O Mestre dos Mestres nos transmitiu com sua conhecida e sábia afirmação a Justiça Divina ou a lei de causa e efeito: “Ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo.” (São Mateus 5:26.) Todos nós sabemos que se trata da colheita ou pagamento do último centavo figurado do que houvermos plantado. E repetimos que outro nome para a Justiça Divina é a inexorável lei de causa e efeito. E quando pagarmos o último centavo, temos a certeza absoluta de que não vamos pagar mais nada, o que derruba, totalmente, o erro das chamadas penas eternas. Mas alguém poderá dizer que isso está na Bíblia! Sim, mas ela foi escrita por homens falando sobre Deus, e eles não são infalíveis, somente Deus o é. Por exemplo, de certa feita, perguntaram a Jesus quando seria o final dos tempos (não do mundo), e Ele respondeu que nem Ele nem os anjos dos céus sabiam, mas que somente Deus sabe esse dia... (São Mateus 12:36). E não há mais os originais bíblicos, mas traduções de traduções, e os tradutores cometeram erros e, às vezes, propositais, para adaptarem a significação de textos bíblicos ao seu modo de crer. E como isso aconteceu no decorrer dos séculos e ainda acontece, principalmente, depois que surgiu o Espiritismo de Kardec! Sim, e como a Bíblia, segundo o renomado pastor Nehemias Marien, é "o mais antigo livro de psicografia e mediunidade",

as ideias espíritas originais dela, contra as quais são o clero católico e os pastores evangélicos, os tradutores novos da Bíblia dessas correntes religiosas têm alterado os textos dela, adaptando-os no sentido de que desapareçam deles as ideias espíritas como as do contato através dos médiuns (no alvorecer do Cristianismo chamados de pneumatas) com os espíritos e a das ideias da reencarnação, realmente, assuntos bem claros na Bíblia, antes das citadas alterações que eles têm feito  nela, a partir de meados do Século 20.

Muitos dizem que a palavra reencarnação não está na Bíblia. É claro que não, pois ela foi criada muito tempo depois, mas está seu sinônimo em grego e português: ‘palingenesia’, traduzido escandalosamente por ‘regeneração’ em Tito 3:5 e são Mateus 19:28. Vejam sobre o assunto o que escreveu Carlos Torres Pastorino em “Sabedoria do Evangelho”. (*)

 

(*) Sobre o termo reencarnação e sua origem, sugerimos ao leitor que leia uma matéria publicada em O CONSOLADOR, edição 425, bastando para isso clicar neste LINK

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita