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por Juan Carlos Orozco

A verdade é luz; entretanto, o amor é a própria vida


Esta reflexão tem como foco as palavras do Espírito Emmanuel, no livro “Verdade e amor”, na psicografia de Francisco Cândido Xavier, em “Amor e verdade”, nas quais sintetiza: “A Verdade é Luz. Entretanto, o Amor é a própria Vida.”

No mesmo livro, Emmanuel, em “Verdade e amor”, disse: “Ama, desta forma, hoje e sempre!… Ama, auxiliando e servindo, aprendendo e sublimando, e assimilarás a excelsa lição do Amigo invariável que, à frente da Verdade, colocou o Sol divino do Amor, para que nossas almas não se percam nas sombras da peregrinação redentora, sustentando-se em plena ascensão para a vida eterna.”

Em tão poucas palavras, Emmanuel resume as nossas tarefas na busca da perfeição, colocando verdade e amor lado a lado, como essenciais e complementares para se empreender caminhadas sublimes de aprendizados, serviços e progressos.

Conhecendo a verdade divina, ela iluminará a alma, criando condições para se libertar das impurezas e dos sentimentos inferiores, despertando-a para as coisas de Deus.

Entretanto, o que realmente impulsionará a evolução moral e espiritual é a prática do verdadeiro amor, ensinado e exemplificado pelo Mestre Jesus. Não adianta conhecer a verdade divina se não a praticar com caridade. Seria algo semelhante ao que disse Tiago: “... a fé, se não se traduzir em obras, é morta em si mesma” (Tiago, 2:17). Por esse motivo, o Espiritismo tem por lema “fora da caridade não tem salvação”, em que todos os deveres do homem se resumem nesta máxima.

Jesus revelou a verdade divina pela Palavra que liberta aqueles que creem e praticam os seus ensinamentos e exemplos como roteiros de vida.

A verdade nos libertará à medida que evoluirmos e adquirirmos a capacidade de compreendê-las no serviço dignificante da prática do bem, do amor e da caridade junto aos nossos semelhantes.

A libertação pela verdade é longo processo pelo trabalho incessante na prática do amor ao próximo como a si mesmo. É a prática do puro amor, sem esperar retribuição, reconhecimento e gratidão. É o amor pelo amor, que perdoa, faz caridade, tem misericórdia e piedade, não é orgulhoso e tampouco egoísta.

À medida que o ser humano busca planos mais elevados da vida, o amor transcende, assumindo outras modalidades de amor, chegando até a amar como Jesus amou. O Cristo amou incondicionalmente: amou amigos e inimigos, os bons e maus, os justos e pecadores.

Não basta amar os que nos amam, fazer bem aos que nos fazem bem. A lógica do amor não é retributiva, em que somente damos amor a quem nos deu amor, como uma transação comercial, mas sim doar amor em abundância, o amor fraterno universal que irradia e multiplica.

Do amor ao próximo até amar os inimigos, mede-se a evolução moral, donde decorre o grau da perfeição, como disse Jesus: “sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial”.

Assim, o amor verdadeiro, princípio da vida universal, força inesgotável de renovação, transcende a tudo, desabrochando em outras formas variadas de amor, até sublimar no amor que conduz à perfeição. Por isso o Espírito Benfeitor disse: “A Verdade é Luz. Entretanto, o Amor é a própria Vida.”

Com fé em Deus, confiança no amor do Cristo e entregando-se ao trabalho de renovação espiritual, com bom ânimo, alcançaremos a força espiritual necessária para superar as montanhas de dificuldades que surgem no caminho.

Iluminados pela verdade e praticando o amor de fraternidade universal, seremos instrumentos divino, cooperando na obra de elevação moral e espiritual do mundo.

Num esforço coletivo, Jesus nos convoca resplandecer a luz das nossas conquistas evolutivas em benefício dos companheiros de jornada, estendendo-lhes as mãos no sentido de caminharmos juntos em direção ao Pai.

O momento atual é de perseverança e vigilância para não se desviar do caminho do bem e do amor. Momento de transição planetária, quando se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade.

Permanecendo na Palavra, conhecendo a verdade divina, que ilumina e liberta a alma, e praticando o amor ensinado e exemplificado pelo Cristo, a perseverança e a vigilância surgem como essenciais preceitos de conduta nas lutas renovadoras, das quais somos convocados a fazer as escolhas mais acertadas em prol dos mais elevados sentimentos de fraternidade universal, pela prática da caridade para com nós mesmos e para com os nossos semelhantes.

 

Bibliografia:

BIBLIA SAGRADA.

EMMANUEL (Espírito); na psicografia de Francisco Cândido Xavier. Verdade e amor.  1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2015.

KARDEC, Allan; tradução de Guillon Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.

 

 

     
     

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita