Para quem acredita em reencarnação,
este filme talvez não apresente
grande impacto, mas para quem não
acredita, o caso Manika leva a
profundas reflexões.
O filme, embora romanceado, é o
relato real do caso Shanti Devi, que
nasceu na Índia em novembro de 1926
e que, a partir dos 4 anos de
idade, começou a recordar com
riqueza de detalhes de sua
encarnação anterior como Ludgi Devi,
a esposa de um rico brâmine de
Mathura (Nepal), cidade que se situa
a uns 140 quilômetros de Delhi.
Ludgi morrera aproximadamente 1 ano
antes de Shanti nascer.
No filme Manika, ela mora num
pequeno vilarejo de pescadores e
vive contando histórias de uma vida
anterior de riqueza e opulência.
Como não é levada a sério, a menina
resolve fugir. O padre Daniel
(Julian Sands), recém-chegado ao
vilarejo, promete se encontrar com a
menina e de tanto ouvir seus
relatos, decide levá-la ao Nepal. A
viagem representa para Manika um
reencontro com seu passado e, para o
padre Daniel, a descoberta de novos
paradigmas para a sua fé.
O filme é pouco divulgado nas
locadoras, mas é sem dúvida um
trabalho muito bom e que vale a pena
ser visto, principalmente, por ser
baseado em um fato real e que foi
amplamente investigado, sendo,
inclusive, matéria de várias
revistas como a italiana L´Europeo,
que em seus números 640, 641 e 642
de 19 e 26 de janeiro e 02 de
fevereiro de 1958, publicou matéria
ilustrada com inúmeras fotografias
coloridas, uma longa reportagem de
seu colaborador sueco Sture
Lönnerstrand, que foi publicada
resumidamente na revista Reformador
de junho de 1958.
Um fato curioso sobre Shanti Devi é
que ela nunca se casou e quando foi
interrogada pelo repórter sobre o
porquê, ela respondeu que não se
casaria de novo. Então o repórter
perguntou “Por que diz que não se
casará de novo?”, ela retrucou:
“Estou certa de que o senhor
compreendeu o que eu disse”.
Assistindo ao filme você também
compreenderá. |