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O Espiritismo responde
Ano 9 - N° 456 - 13 de Março de 2016
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Um leitor de nossa revista, grande estudioso da Obra de Allan Kardec, apresentou-nos uma questão bastante interessante. Disse-nos ele: 

Peço-lhe, se possível, me ajudar a entender esta questão: Na pergunta 780 de O Livro dos Espíritos é dito que o progresso moral decorre do progresso intelectual, mas nem sempre o segue imediatamente. Desse modo, conclui-se que o Espírito progride primeiro intelectualmente e em seguida moralmente. Mas no item 108 da mesma obra, ao referir-se aos Espíritos Benévolos, é dito que se incluem nessa classe Espíritos que progrediram mais no sentido moral do que no sentido intelectual. Não existe contradição entre as informações citadas? Como pode o progresso realizar-se mais no moral que no intelectual?  

Que o progresso moral nem sempre acompanha o progresso intelectual, eis um fato conhecido e mencionado em diversas obras espíritas. Há no mundo em que vivemos indivíduos extremamente cultos e inteligentes, capazes, no entanto, das maiores torpezas.

Há quem entenda que o descompasso não decorreria apenas da dificuldade de aquisição da virtude, se comparada à maior facilidade de aquisição do conhecimento, mas, sobretudo, da falta de interesse das próprias pessoas em se desenvolverem moralmente.

Muitos pais, talvez em sua grande maioria, se esforçam por colocar o filho na melhor escola e nos melhores cursos – línguas, natação, música, judô –, mas não os ensinam a orar nem os levam à escolinha de moral que as diferentes religiões oferecem, sem custo nenhum, às nossas crianças. Esse comportamento tem sido visto com frequência até mesmo nas famílias espíritas.

Em face disso, é natural que o progresso intelectual seja conquistado em primeiro lugar, vindo mais tarde, a reboque dele, o chamado progresso moral, visto que um e outro são indispensáveis para que a criatura humana atinja a meta para a qual foi criada.

Emmanuel referiu-se a isso na questão 204 do seu livro O Consolador, adiante reproduzida: 

204 – A alma humana poder-se-á elevar para Deus, tão somente com o progresso moral, sem os valores intelectivos?
 

“O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita. No círculo acanhado do orbe terrestre, ambos são classificados como adiantamento moral e adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas.” (Obra e questão citadas.) 

Quanto às características dos Espíritos Benévolos, mencionadas nas questões 97 e 98 e nos itens 107 e 108 d´O Livro dos Espíritos, é bom ter em mente que estamos falando de Espíritos já chegados a um certo grau evolutivo.

Fazem eles parte da chamada segunda ordem, os Bons Espíritos: 

“Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina.” (L.E., 97)


“Assim, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas.” (L.E., 98)


“Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição.” (L.E., 107)


“Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido intelectual.” (L.E., 108)

Não estamos falando, portanto, de Espíritos ignorantes, mas de Espíritos que já incorporaram ao seu psiquismo qualidades intelectuais e morais, embora tenham até então dado ênfase maior ao adiantamento moral, o que pode haver decorrido de uma sucessão de provas e de experiências em que pouco se conquista no tocante ao intelecto, mas muito no tocante ao sentimento.

Madre Teresa de Calcutá e Albert Einstein, só para citar dois vultos conhecidos do mundo em que vivemos, são exemplos de grandes benfeitores da Humanidade que deixaram marca profunda de sua passagem pelo orbe, cada qual na esfera de preocupações e interesses que identificam com perfeição as duas asas a que Emmanuel se referiu.


 


 
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