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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 9 - N° 455 - 6 de Março de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

  

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 21)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Que efeito a doutrinação produziu no obsessor de Ambrósio?

Não só a doutrinação, mas os passes aplicados no chacra coronário da médium em transe, fizeram com que o verdugo passasse por uma rápida alteração com sinais de entorpecimento mental, o que o levou, na sequência, ao adormecimento e ao seu afastamento da médium que participou da importante tarefa. (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.)

B. Depois da doutrinação, que aconteceu com o obsessor de Ambrósio?

Finda a doutrinação, a entidade, já adormecida, foi deslocada do perispírito da médium e acomodada em maca próxima que a aguardava. (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.)

C. Um recurso pouco comum foi utilizado em seguida em benefício de Ambrósio. Em que consistiu?

Assim que o obsessor foi afastado, Dona Maria Modesto concentrou-se especialmente e o Dr. Inácio tomou de delicado aparelho, constituído por dois capacetes unidos entre si por um tubo transparente, colocando cada um, respectivamente, na cabeça de Ambrósio e da médium. A seguir, parecendo ligados por corrente elétrica desconhecida, mas de natureza psíquica, o tubo passou a deslocar um tipo de energia viscosa que se desprendia do interior da cabeça do enfermo e inundava a mente da senhora, fazendo-a agitar-se. Era a primeira vez que Miranda observara esse tipo de transferência de energia psíquica, mente a mente, com finalidade terapêutica, e foi um sucesso. (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.) 

Texto para leitura 

110. Efeitos da doutrinação – Depois de ouvir as explanação de Eurípedes, a entidade comunicante perguntou, com insolência mal disfarçada: “E quem são os senhores que se atrevem a adentrar-se pela nossa província?” Com a tranquilidade da sabedoria e da fé, respondeu o amigo gentil: “Que saibamos, todo o Universo pertence a Deus, e as dominações transitórias mudam de mãos, conforme as circunstâncias. Desse modo, inspirados pelo Pai Doador e Seu filho todo amor, buscamos atender aqueles que Os evocam, e mesmo encontrando-se retidos nos antros de perversão têm o direito de ser liberados. Graças à interferência de Isabel de Portugal, a nobre rainha das rosas, apiedada dos infelizes, foi possível buscar a ovelha perdida para recolocá-la no rebanho, já que se houvera extraviado por si mesma, atraída pelo canto enganoso do amigo infeliz e dos seus cômpares”. Dito isso, a um sinal discreto, Dr. Inácio levantou-se e começou a aplicar passes dispersivos no chacra coronário da médium em transe, para logo distribuir vigorosas energias na mesma região, que facultava ao agressor a perda do controle da situação. Ato contínuo, o orientador prosseguiu: “Não pretendemos mudar-lhe a maneira de pensar, de ver e de entender os atuais acontecimentos. Os irmãos cruéis existem e proliferam, porque são alimentados psiquicamente por aqueles que preferem o engodo, o crime e a irresponsabilidade, trabalhando com eficiência os braços da justiça desvairada que os alcançará nas suas esferas espirituais. Reconhecemos que a sua como a existência de justiceiros espirituais é resultado da alucinação que grassa no mundo das fantasias até quando se instale a verdade nas mentes e nos corações”. E, notando que o verdugo passava por uma rápida alteração com sinais de entorpecimento mental, o doutrinador completou: “O nosso desejo, no momento, é diluir os laços psíquicos que o atam ao nosso irmão, rompendo as vinculações doentias que têm vicejado até então entre ambos. Confiemos, outrossim, que num dia não longínquo, o irmão Ambrósio certamente será o mensageiro da luz para o felicitar também. Por enquanto, o amigo ficará hospedado conosco em recinto próprio, onde começará com as reflexões que lhe permitirão retroceder ou avançar, conforme o seu livre-arbítrio”. (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.) 

111. Transferência de energia psíquica – Finda a doutrinação, a entidade, adormecida, foi deslocada do perispírito da médium e acomodada em maca próxima que a aguardava. Imediatamente Dona Maria Modesto, a instância do mentor, concentrou-se especialmente e o Dr. Inácio tomou de delicado aparelho, constituído por dois capacetes unidos entre si por um tubo transparente, colocando cada um, respectivamente, na cabeça de Ambrósio e da médium. A seguir, parecendo ligados por corrente elétrica desconhecida, mas de natureza psíquica, o tubo passou a deslocar um tipo de energia viscosa que se desprendia do interior da cabeça do enfermo e inundava a mente da senhora, fazendo-a agitar-se. Era a primeira vez que Miranda observara esse tipo de transferência de energia psíquica, mente a mente, com finalidade terapêutica. A médium foi sendo envolvida pela massa volátil e densa, que fora do tubo e do capacete movimentava-se em torno da sua cabeça, prolongando-se descendentemente ao tórax, parecendo produzir-lhe dores. Gemidos e expressões de pavor tomaram-lhe a face e a voz, enquanto Eurípedes, atento, acompanhava o fenômeno peculiar. Subitamente ele propôs à Senhora em transe profundo, inundada pelas sucessivas camadas de espesso vapor, que liberasse as aflições que a angustiavam. Viu-se, então, o rosto congestionar-se envolto pela névoa em tonalidade marrom, que eliminava também odor acre, nauseabundo, e contorcer-se, transmitindo a todo o corpo os movimentos agônicos, quando, então, começou a falar: “A sua vida é nossa e você deve funcionar como um fantoche sob nosso controle... Ouça nossa voz, que é a única portadora de recursos para o conduzir à felicidade... Somos os conquistadores do Infinito e dominamos as vidas que se nos entregam, possuidores dos recursos que proporcionam poder na Terra, destaque e glória... Negociemos: você cede um pouco e nós concedemos muito... Não lhe faltarão amor, glória, alegrias e posição de destaque...” (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.) 

112. O amor arrebenta as algemas da perversidade – Houve uma pausa rápida, e, então, a médium exclamou, em grande aflição: “Morro! Asfixio-me nessa neblina venenosa. Socorro!” A voz sofrida provocava em todos compaixão, enquanto sua agitação denotava realmente um grande sofrimento. O Mentor, que se encontrava na retaguarda da Senhora, muito sereno, nimbado de suave claridade, intercedeu, ajudando-a com palavras calmantes: “Absorva essa energia infeliz, para libertar o nosso paciente. O sacrifício de amor arrebenta as algemas da loucura e da perversidade. Ofereça a sua contribuição em forma de misericórdia”. Enquanto falava, procurava retirar com movimentos rítmicos as camadas que se movimentavam em torno da cabeça e dos ombros da Senhora, parecendo anéis constritores que apertavam, produzindo asfixia. Da cabeça do Orientador a suave claridade passou a envolver a massa que continuava avolumando-se, até que, a um sinal, Dr. Inácio retirou o capacete do paciente, interrompendo o fluxo da nefasta energia. Mas Eurípedes continuou a operar em silêncio, movimentando as mãos e desprendendo as vibrações poderosas do seu psiquismo iluminado, que se misturavam com aquelas nefandas que foram sendo diluídas, a pouco e pouco, enquanto a médium continuava extravasando mal-estar. No recinto, todos oravam, envolvendo a médium em dúlcidas e ternas energias de amor que a vitalizavam, sustentando-a no cometimento socorrista. Alguns minutos transcorridos, e o envoltório viscoso começou a desaparecer e a diluir-se como se fosse transformado em vapor que se fizesse água e escorresse para o piso. (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.) 

113. Ambrósio finalmente se acalma – Como a operação transformadora continuasse, a médium foi recuperando as características normais, com o ritmo respiratório não mais aflitivo, desaparecendo da cabeça, ainda encimada pelo capacete, as condensações doentias. Permanecendo em transe, ela expressou-se noutro tom: “Tenho medo e devo obedecer... Sou um réprobo e necessitado... A minha falência moral é sinal de desgraça, mas não há outra alternativa... O que aconteceu comigo? Onde a promessa dos anjos, que já não estão comigo?” E, mudando de tonalidade, pôs-se a gargalhar, estentórica: “Gozar é o lema... Viver enquanto o corpo me permite a oportunidade... Logo mais vem a morte e tudo se aniquila, ou não? Deus, meu, estou louco! Que me aconteceu? Onde estou, e que faço aqui?” Miranda estava diante de uma estranha comunicação, que não recebia a terapia da palavra gentil do Orientador. Eurípedes ouvia-a com atenção, dispersando, agora, ondas quase invisíveis à percepção psíquica de Miranda, até que um grande silêncio tomou conta da enfermaria. O paciente acalmou-se, quase totalmente, e diáfana claridade além daquela natural que inundava o ambiente envolveu a sala em tons alaranjados suaves, procedente das Ignotas Regiões espirituais, em decorrência da concentração e das preces ali vivenciadas. Dona Maria Modesto retornou ao estado de lucidez sem denotar cansaço ou mal-estar, nimbada de delicada luz que dela se irradiava. Era portadora de títulos de enobrecimento que lhe conferiam luminosidade própria pelos serviços de amor direcionados à Humanidade. Eurípedes, visivelmente jubiloso, após dedicar palavras de reconforto e agradecimento aos presentes, levantou-se e orou a Jesus. Todos ali estavam sensibilizados, mas o ambiente calmo exigia silêncio, a fim de que a meditação lhes ensejasse o entendimento das ocorrências vividas. Por isso, saíram discretamente, deixando os enfermeiros encarregados de assistir o irmão Ambrósio, que agora dormia um sono reconfortante, sem os estertores angustiantes, embora a expressão do rosto permanecesse quase a mesma. (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.) (Continua no próximo número.)




 


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