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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 455 - 6 de Março de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

A Vida no Outro Mundo

Cairbar Schutel

Parte 12
 

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).  

Questões preliminares 

A. Não é prudente enterrar o corpo antes de começar a decomposição?  

Sim. Essa recomendação foi proposta por um dos precursores do Espiritismo, Andrew Jackson Davis, em seu livro “O Vidente”. O notável médium descobriu que muitas vezes, antes da inumação, o cordão umbilical fluídico, que liga alma e corpo, ainda não está rompido. É por isso, segundo ele, que pessoas que parecem mortas voltam à vida no fim de um ou dois dias e narram as sensações que experimentaram. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.) 

B. Quanto à aparência do organismo fluídico do Espírito desencarnado, que disse Andrew Jackson Davis? 

O organismo fluídico é semelhante à sua aparência terrestre. Descrevendo a desencarnação de um Espírito, que ele pôde acompanhar pela vidência, Davis informou: “Logo que se desprendeu dos laços tenazes do corpo o Espírito da pessoa que eu observava, constatei que o seu novo organismo, fluídico, era apropriado ao seu novo estado, mas que o conjunto se assemelhava à sua aparência terrestre”. Mais adiante, na mesma obra, ele escreveu: “Se pudésseis ver com os olhos psíquicos, perceberíeis, perto do corpo rijo, uma forma fluídica tendo a mesma aparência que o ente humano que acaba de morrer; porém, essa forma é mais bela e está como que animada de uma nova vida mais elevada”. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.) 

C. Os familiares já desencarnados costumam auxiliar o processo de desprendimento dos Espíritos de suas relações?  

Sim. Esse fato ocorre realmente, e foi isso que a médium Mrs. Florence Marryat relatou no seu livro The Spirit World (O Mundo dos Espíritos). Segundo ela, uma jovem de nome Edith, acompanhando a desencarnação de sua irmã, viu que duas formas luminosas se aproximaram do corpo inanimado, nas quais ela reconheceu seu pai e sua avó, mortos ambos naquela mesma casa. Eles aproximaram-se do Espírito recém-liberto, romperam os cordões de luz que o ligavam ainda ao corpo e, apertando-o nos braços, dirigiram-se à janela e desapareceram. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.) 

Texto para leitura 

145. Andrew Jackson Davis, conforme relatou em seu livro “O Vidente”, descobriu então que uma pequena parte do fluido vital voltava ao corpo material, logo que o cordão ou liame elétrico se quebrava. Esse elemento fluídico, ou elétrico, espalhando-se por todo o organismo, impedia a dissolução imediata do corpo. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

146. Em face do que observou, Davis afirmou: “Não é prudente enterrar o corpo antes de começar a decomposição. Muitas vezes, antes da inumação, o cordão umbilical fluídico, de que falei, ainda não está quebrado. É por isso que pessoas que parecem mortas voltam à vida no fim de um ou dois dias e narram as sensações que experimentaram. Esse estado foi denominado letargia, catalepsia, etc.” (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

147. Quando, porém, o Espírito é detido no momento em que deixa o corpo, raramente se recorda que se passou. Esse estado de inconsciência pode parecer semelhante ao aniquilamento, quando observado superficialmente, e, muitas vezes, se recorre ao argumento que resulta dessa como que obliteração momentânea da memória, para negar a imortalidade da alma. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

148. Descrevendo a desencarnação que ele pôde acompanhar pela vidência, Davis disse: “Logo que se desprendeu dos laços tenazes do corpo o Espírito da pessoa que eu observava, constatei que o seu novo organismo, fluídico, era apropriado ao seu novo estado, mas que o conjunto se assemelhava à sua aparência terrestre. Não pude saber o que se passava na inteligência que revivia; observei, porém, a sua calma e a profunda admiração que lhe causava a dor daqueles que choravam em volta do seu corpo”. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

149. É evidente, diz Davis, que aquelas pessoas ignoravam o que realmente se passara: “As lágrimas e as lamentações excessivas dos parentes e amigos só provêm do ponto de vista falso em que se coloca a maioria dos homens, isto é, da crença materialista de que tudo finaliza com a morte do corpo”. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

150. Concluindo a narrativa, Davis declarou: “Pelas minhas experiências, posso afirmar que, quando a pessoa morre naturalmente, nenhuma sensação penosa experimenta o Espírito”. E mais: “O período de transformação, que acabo de transcrever, dura cerca de duas horas, tempo que não é o mesmo para todos os entes humanos. Se pudésseis ver com os olhos psíquicos, perceberíeis, perto do corpo rijo, uma forma fluídica tendo a mesma aparência que o ente humano que acaba de morrer; porém, essa forma é mais bela e está como que animada de uma nova vida mais elevada”. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

151. O testemunho de Andrew Jackson Davis seria suficiente para fazer desaparecer nossas apreensões e nos revelar, com clareza singular, o mistério da morte. Mas ele não é o único, como é possível verificar no que a médium Mrs. Florence Marryat escreveu no seu livro The Spirit World (O Mundo dos Espíritos). (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

152. Uma jovem de nome Edith tivera a infelicidade de perder sua irmã mais velha, então com vinte anos, em consequência de uma forte pleurisia. Edith não quis afastar-se um só instante da cabeceira de sua irmã, e, aí, em estado de clarividência, pôde assistir ao processo de separação do Espírito, da parte material. Edith começou a perceber uma espécie de ligeira nebulosidade, semelhante à fumaça, a qual, condensando-se gradualmente acima da cabeça, acabou por assumir as proporções, as formas e os traços da irmã moribunda, de modo a se lhe assemelhar por completo. Essa forma flutuava no ar, a pouca distância da doente. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

153. À medida que o dia declinava, a agitação da enferma minorava, sendo substituída, à tarde, por prostração profunda, precursora da agonia. Edith contemplava, avidamente, a irmã: o rosto tornara-se lívido; o olhar se lhe obscurecera, mas, ao alto, a forma fluídica purpureava-se e parecia animar-se gradualmente com a vida que abandonava o corpo. Um momento depois, a moça jazia inerte e sem conhecimento sobre os travesseiros, mas a forma transformara-se em Espírito Vivo. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

154. Cordões de luz, semelhantes a florescências elétricas, ligaram-se ainda ao coração, ao cérebro e aos outros órgãos vitais. Chegando o momento supremo, o Espírito oscilou algum tempo de um lado para outro, para vir, em seguida, colocar-se ao lado do corpo inanimado: ele era, em aparência, muito fraco e mal podia suster-se. Enquanto Edith contemplava essa cena, eis que se apresentaram duas formas luminosas, nas quais reconheceu seu pai e sua avó, mortos ambos nessa mesma casa. Eles aproximaram-se do Espírito recém-liberto, romperam os cordões de luz que o ligavam ainda ao corpo e, apertando-o nos braços, dirigiram-se à janela e desapareceram. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

155.  Sobre o assunto, eis o testemunho de William Stainton Moses, pastor da Igreja Anglicana e médium respeitado, publicado na revista Light:  “Tive, recentemente, e pela primeira vez na vida, ocasião de estudar os processos de transição do Espírito. Aprendi tantas coisas dessa experiência, que me louvo por ser útil a outros, contando o que vi... Tratava de um próximo parente meu de quase 80 anos... Eu tinha percebido, por certos sintomas, que o seu fim estava próximo, e corri para preencher meu triste e último dever. Graças aos meus sentidos espirituais, podia verificar que, em torno e acima de seu corpo, se formava a aura nebulosa com a qual o Espírito devia preparar o seu corpo espiritual; e percebia que ela ia aumentando de volume e densidade, posto que submetida a maiores ou menores variações, segundo as oscilações experimentadas na vitalidade do moribundo”. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

156. Prossegue o depoimento de Stainton Moses: “Pude, assim, notar que, por vezes, um ligeiro alimento tomado pelo doente, ou uma influência magnética desprendida por pessoa que dele se aproximava, tinha como resultado avivar momentaneamente o corpo. A aura parecia, pois, continuamente em fluxo e refluxo. Assisti a esse espetáculo durante doze dias e doze noites e, se bem que ao sétimo dia já o corpo tivesse dado sinais da sua iminente dissolução, a flutuação da vitalidade espiritual, em via de exteriorização, persistia. Pelo contrário, a cor da aura tinha mudado, essa última tomava, além disso, formas cada vez mais definidas, à medida que a hora da libertação se aproximava para o Espírito”. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.)

157. Concluindo seu relato, disse Stainton Moses: “Vinte e quatro horas, somente, antes da morte, quando o corpo jazia inerte, foi que o processo da libertação progrediu. No momento supremo vi aparecer em formas de ‘anjos de guarda’, que se chegaram ao moribundo, e, sem nenhum esforço, separaram o Espírito do corpo consumido. Quando, enfim, se quebraram os cordões magnéticos, os traços do defunto, nos quais se liam os sofrimentos experimentados, serenaram completamente e se impregnaram de inefável expressão de paz e de repouso”. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XI - O Mistério da Morte.) (Continua no próximo número.)  



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita