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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 454 - 28 de Fevereiro de 2016

ELENI FRANGATOS
eleni.moreira@uol.com.br
Vinhedo, SP (Brasil)

 


 
Espiritismo

Quanto maior a ignorância, maior é o preconceito


Amiga leitora, amigo leitor, você já ouviu inúmeras vezes, assim como eu, e provavelmente vamos continuar ouvindo, um folclore multicolorido sobre o Espiritismo.

E, reparem, que quanto maior é a ignorância sobre o assunto, maior é o preconceito!

Sem qualquer conhecimento, as pessoas se acham no direito de manifestar sua opinião sobre assuntos que desconhecem por completo. O famoso “achômetro”.

Assim, ouvimos em conversas entre amigos, nos meios de comunicação, nas redes sociais, num opinar sem qualquer fundamento, pessoas sem qualquer informação sobre uma área específica dando “pitaco” sobre isto e aquilo, mostrando uma falta de preparo, de conhecimento, de estudo, mas se achando no direito de serem “formadores de opinião”. E há os que, acobertados pelo anonimato, denigrem, atacam, falseiam, mas que, se confrontados publicamente, usando a gíria tão conhecida, “metem o rabo entre as pernas” e saem correndo, senão ganindo, se retratando em mil desculpas, esquecendo que o mal já está feito! Sim, porque a palavra, boa ou má, sai de nossas bocas correndo feito corcel e não conseguimos fazê-la retroceder. O que foi dito, está dito! Quem fala com desconhecimento e irrefletidamente não se apercebe de que está falando para outros aquilo que depois mais tarde será repetido levianamente também e, assim, o preconceito vai escorrendo como a lama incandescente de um vulcão tudo destruindo e virando uma massa disforme negra.

Assim também acontece com quem não mede o que diz!

Assim também acontece com o que alguns dizem sobre o Espiritismo.

Ainda hoje com toda a tecnologia da informação à nossa disposição, à distância cômoda de um simples “teclar”, mesmo assim ouvimos as maiores barbaridades sobre o Espiritismo:

- Que é coisa do “diabo”;

- Que somos todos charlatães e trapaceiros;

- Fazemos “trabalhos” para prejudicar a, b, c ou d;

- Mexemos com Espíritos maus e vingativos;

- Quem entra para o Espiritismo endoidece por causa dos Espíritos;

- O espírita usa os Espíritos para se vingar e fazer o mal através deles...

Bem..., que mais? Tem muito mais, que todos nós já o sabemos...

E o pior é que, de entre as pessoas que passam este tipo de informação, algumas têm um nível social bom, com estudos avançados numa determinada área, mas se permitem falar como se fossem o mais ignorante dos ignorantes. Assim, sabendo burilar a palavra, passando a ideia de que são doutos, bombardeiam não só o Espiritismo, como a Igreja Católica, os Pastores das Igrejas Evangélicas, os Islâmicos, e por aí adiante. Tudo é válido para se “exibirem”...

Quem as escuta até parece que receberam essas informações privilegiadas da cúpula mais alta: Deus, Jesus e da Espiritualidade Superior! E então declaram enfáticos: os padres são todos pedófilos, os pastores são todos safados e ladrões, os Islâmicos são todos terroristas suicidas com bombas amarradas no peito, os Judeus são todos agiotas, de mau caráter, que renegaram Jesus... Assim, há uma generalização torpe, que conspurca a todos aqueles que trilham o caminho do BEM, aqueles que dizem NÃO à fofoca, à mentira, à acusação inócua, ofendendo, humilhando o seu próximo, e achincalhando aqueles que fazem do estudo do Espiritismo um propósito sério e idôneo, dedicando sua vida à investigação das fontes, com critérios escrupulosos de análise, e que acabam sendo estigmatizados por quem sequer reflete sobre as consequências de sua irresponsabilidade e crueldade, por quem é ignorante na matéria.

E sabemos que o homem é preguiçoso por natureza! Então, entre ocupar suas horas estudando qualquer matéria, seja ela qual for, é mais prático e fácil repetir as inverdades que ouviu do outro, como se fossem suas verdades... isto é o que acontece com quem nunca leu um livro sobre Espiritismo, mas dá palpite gratuitamente.

Quem procura um Centro Espírita, um Templo Evangélico, um Templo Budista, a Igreja Católica, uma Sinagoga, uma Mesquita, uma Igreja Ortodoxa Grega e muitas outras, procura um lugar de refúgio, de paz, um lenitivo para suas dores, um lugar onde se sinta protegido, irmanado e onde possa ser ajudado a se aprimorar, a se elevar.

Sua Santidade, o Dalai Lama, ao ser perguntado “Santidade, qual é a melhor religião?”, com o sorriso doce e iluminado, que lhe é tão característico, disse serenamente:

- “A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do Infinito. É aquela que te faz melhor”.

Isto nos leva a refletir que todos nós procuramos nos aproximar de Deus. E, através dessa procura, onde nos sentirmos melhor, esse será o melhor lugar para nós.

E também podemos concluir que está na hora, em pleno século XXI, de nos aceitarmos uns aos outros com equanimidade, com amor, sabendo que somos todos filhos de Deus e, portanto, somos todos irmãos e iguais perante os olhos de nosso Pai Maior.

Não importa se somos negros, brancos, amarelos;

Não importa se somos velhos ou jovens;

Não importa se somos ricos ou pobres;

Não importa se temos saúde, ou se somos doentes;

Não importa qual a nossa filosofia de vida;

Não importa qual a nossa religião;

De uma forma muito simplista:

O importante é o que trazemos no nosso coração: amor puro! O que vale é se tratamos todos de forma igual, se nos respeitamos e respeitamos os outros, e se praticamos a caridade, porque sabemos que só através desta prática seremos salvos. Procuramos nos corrigir através de estudo e de nossa reforma íntima, acreditando em vida após a morte e, dentro de certas condições, podemos nos comunicar com aqueles que partiram para outra dimensão. Sabemos que eles e nós voltaremos reencarnados. O que há de tão errado nisto para que sejamos tratados como malditos e olhados pelo canto do olho com prevenção como se fôssemos terroristas espirituais?

Para terminar, copiamos o item 5 do Capítulo I - O Espiritismo -, inserido n’ O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec: 

O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual, e suas relações com o mundo corporal; ele no-lo mostra, não mais como uma coisa sobrenatural, mas, ao contrário, como uma das forças vivas e incessantemente ativas da Natureza, como a fonte de uma multidão de fenômenos incompreendidos, até então atirados, por essa razão, ao domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo faz alusão, em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse permaneceram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave com a ajuda da qual tudo se explica com facilidade.
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita