WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 453 - 21 de Fevereiro de 2016

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 


Igualdade de direitos
e deveres


Hoje é tão notória a atuação da mulher nos mais diversos setores, que ninguém, a não ser por machismo ou por sentimentos menos dignos, nega o grau de competência delas, em atividades antes ocupadas somente por homens.

Até a vinda de Jesus à Terra, a mulher era considerada simplesmente um “zero à esquerda”, classificação pejorativa dada àqueles que nada representam. O Mestre, no entanto, dispensou-lhe tratamento nobre, em igualdade com o homem.

O Evangelho registra a participação de várias mulheres. Como Maria de Nazaré, a mãe de Jesus; Isabel, mãe de João Batista e prima de Maria de Nazaré; Maria Madalena, a quem o mundo oferecia todas as vantagens, mas que palmilhou, junto ao Mestre, os caminhos da redenção espiritual; Maria de Betânia, que lavou os pés do Mestre com lágrimas e com perfumes e enxugou-os com seus cabelos.

Cabe registrar, também, o exemplo de Joana de Cusa, o intendente de Herodes Antipas; ela, que possuía verdadeira fé, não conseguiu livrar-se das amarguras domésticas, pois o seu esposo não compartilhava das verdades do Evangelho. Segundo Humberto de Campos, no livro Boa Nova, psicografado por Francisco Cândido Xavier, quando as lágrimas da fogueira rodeavam o seu corpo, um dos algozes, ante a sua serenidade, perguntou-lhe: “O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer?” Ela ainda teve forças para responder: “Não apenas a morrer, mas também a vos amar!...”

E ainda: Salomé e a própria esposa de Pôncio Pilatos, que teve um sonho revelador, quando do julgamento de Jesus. Segundo Mateus, 27:19, “E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou lhe dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa dele”.

O Espiritismo, doutrina que segue os passos de Jesus, considera a mulher com nobreza. Ela desempenha as mesmas funções exercidas pelo homem, com o mesmo grau de dedicação e responsabilidade.

Em O Livro dos Espíritos, perguntas 817 a 822-a – Igualdade dos direitos do homem e da mulher –, vemos que perante Deus o homem e a mulher são iguais e têm os mesmos direitos, pois Deus deu a ambos a inteligência e a faculdade de progredir.

A pretensa inferioridade entre o homem e a mulher, considerada em determinadas regiões, como acontece em países africanos, é próprio do domínio que o homem sempre exerceu sobre ela.

Fisicamente – e só fisicamente – a mulher pode ser considerada mais fraca que o homem, não para ser sua escrava, mas para caracterizar funções particulares: “O homem se destina aos trabalhos rudes, por ser o mais forte; a mulher aos trabalhos suaves; e ambos a se ajudarem mutuamente nas provas de uma vida cheia de amarguras”.

O Livro dos Espíritos explica que “Deus deu a força a uns para proteger o fraco e não para o escravizar”. A organização de cada ser foi apropriada por Deus conforme as funções a desempenhar. Se a mulher tem menor força física, “deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e a debilidade dos seres confiados aos seus cuidados”.

As funções conferidas à mulher têm tanta importância quanto as funções conferidas ao homem e até maior; “é ela quem dá as primeiras noções da vida”.

Perante a lei humana este deve ser o primeiro princípio de justiça: “Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam”. Para que se tenha uma legislação justa, deve-se consagrar a igualdade de direitos entre o homem e a mulher.

O capítulo em referência de O Livro dos Espíritos diz que “todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação da mulher segue o processo da civilização, sua escravização marcha com a barbárie.    Os sexos, aliás, só existem na organização física, pois os Espíritos podem tomar um e outro, não havendo diferença entre eles a esse respeito. Por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos”.           

Na tradução de O Livro dos Espíritos feita por J. Herculano Pires, ele coloca a seguinte nota de rodapé, no capítulo em referência: “Há mais de cem anos este livro indicava a solução exata do problema feminino: igualdade de direitos e diversidade de funções. Marido e mulher não são senhor e escrava, mas companheiros que desempenham uma tarefa comum, com a mesma responsabilidade pela sua realização. O feminismo adquire um novo aspecto à luz deste princípio. A mulher não deve ser a imitadora e a competidora do homem, mas a sua companheira de vida, ambos mutuamente se completando na manutenção do lar, que é a célula básica da estrutura social”. 

         

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita