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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 451 - 7 de Fevereiro de 2016
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 
 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 17)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. A quem o autor desta obra confere o título de adversário perverso e traiçoeiro?

O adversário traiçoeiro e perverso, a que ele se refere, são os inimigos espirituais, que nos devem merecer muita atenção. Testemunhas e acompanhantes dos homens terrestres inspiram-nos, participam das suas atividades, tornam-se companheiros inseparáveis do seu comportamento e conseguem interferir nas vidas com as quais se associam, materializando os seus intentos malsãos em razão da predominância das inclinações vinculadas ao egotismo, ao orgulho, à soberba, aos interesses mesquinhos, que permanecem com as suas sequelas tormentosas naqueles que lhes tombam nas armadilhas. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

B. Em muitas sepulturas lê-se a frase: “Repousa em paz”. Ao desencarnar, a criatura humana realmente repousa?

É evidente que não. Em toda parte a vida é estuante. Não poderia ser diferente na chamada vida espiritual, em que o movimento é constante, mesmo em relação à matéria que experimenta os fenômenos transformadores das células e moléculas. O Espírito, ainda quando se encontre em profunda hibernação, que é sempre transitória, permanece vivo e pulsante.  (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

C. Há semelhanças entre uma comunidade terrena e uma comunidade espiritual?

Sim. Referindo-se à comunidade espiritual em que se encontrava, Manoel Philomeno diz que o mesmo Sol que aquece a Terra e o incomparável zimbório estrelado ali estavam irradiando beleza e concitando a reflexões graves sobre a excelsitude do Amor e a necessidade de crescimento moral e espiritual. Constituída de material específico, maleável à ação do pensamento, quase tudo ali se assemelhava a uma cidade terrestre aprimorada, sem os excessos de perturbação e tumulto, mas igualmente regida por Leis e Estatutos próprios.  (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

Texto para leitura 

89. Um adversário perverso e traiçoeiro – Depois de enfatizar que o conhecimento não basta para oferecer resistência ante as inclinações do mal, Manoel P. de Miranda lembra-nos que existe um adversário traiçoeiro e perverso, sempre alerta, para torpedear as aspirações de soerguimento daqueles que se encontram comprometidos com a retaguarda. São os inimigos espirituais, que devem merecer muita atenção. Testemunhas e acompanhantes dos homens terrestres inspiram-nos, participam das suas atividades, tornam-se companheiros inseparáveis do seu comportamento. E conseguem interferir nas vidas com as quais se associam, materializando os seus intentos malsãos em razão da predominância das inclinações vinculadas ao egotismo, ao orgulho, à soberba, aos interesses mesquinhos, que permanecem com as suas sequelas tormentosas naqueles que lhes tombam nas armadilhas. Por outro lado, os bons Espíritos não cessam de inspirar, de interceder, de oferecer proteção a todos quantos se lhes facultam a ajuda, utilizando-se de todos os recursos possíveis para que os seus afeiçoados consigam desobrigar-se dos compromissos assumidos e alcançar o patamar da vitória. É necessário, pois, que aqueles que aspiram pela felicidade e por alcançar êxito nos empreendimentos que realizam, procurem valer-se dos recursos da oração, da paciência e do trabalho elevado, a fim de manter o pensamento em faixa superior de reflexões, evitando, desse modo, ser alcançados pelos petardos mentais e hipnoses dos seus comparsas de ontem, hoje investidos de propósitos doentios e vingativos. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

90. Em toda parte a vida é estuante – Refletindo em torno das instruções recebidas, e diante da vida estuante, Miranda recordou-se da frase lapidar que encima incontáveis sepulturas terrestres: “Repousa em paz”. Apesar disso, constatava que na vida somente existe movimento, nunca repouso absoluto, mesmo em relação à matéria que experimenta os fenômenos transformadores das células e moléculas. O Espírito, esse peregrino da imortalidade, mesmo quando em profunda hibernação, que é sempre transitória, está vivo e pulsante. Lembrou-se também de como é lamentável a informação inverídica de algumas religiões em torno do sono perene até o momento em que soarão as trombetas anunciando o Dia do Juízo Final. A simbologia, que assinalava o despertar de cada consciência, foi transformada em realidade, sem qualquer análise da sua possibilidade. Em verdade, em toda parte a vida estua de maneira dinâmica. Morre uma forma para dar lugar a outra mais específica, ininterruptamente. A cada instante essa alteração se apresenta no Universo. Galáxias são absorvidas pelos buracos negros e outras surgem gloriosas. No entanto, na óptica desses religiosos ortodoxos, o Espírito deve permanecer em atitude inútil, ou segundo os negadores da vida, sucumbindo ante o fenômeno biológico da desintegração molecular. Trata-se evidentemente de conclusões ingênuas de ambos grupos, porque, acostumados ao conceito antropomórfico de Deus, esquecem-se de aprofundar-Lhe a grandeza. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

91. O Espírito é legatário de si mesmo – Naquela Comunidade, a ação era a mola mestra a vibrar com dinamismo em toda parte. Continuação natural das realizações terrenas, convidava a todos ao trabalho de autoaprimoramento, de construção do bem em favor do próximo e de nós mesmos, sem que isso constituísse violência aos falsos créditos para a santificação. O mesmo Sol que aquece a Terra e o incomparável zimbório estrelado ali estavam irradiando beleza e concitando a reflexões graves sobre a excelsitude do Amor e a necessidade de crescimento moral e espiritual. Constituída de material específico, maleável à ação do pensamento, quase tudo ali se assemelhava a uma cidade terrestre aprimorada, sem os excessos de perturbação e tumulto, porém igualmente regida por Leis e Estatutos próprios. O Espírito é legatário de si mesmo, armazenando sempre as experiências e ascendendo de esfera em esfera, cada vez menos densa, até alcançar a Erraticidade superior de constituição sublime. Vigem e estuam em todo lugar o movimento, o trabalho de solidariedade e de socorro de reeducação. Sempre existem soluções para os dramas mais complexos e as desgraças mais tenebrosas. Após orar, agradecendo ao Senhor as concessões de que se via objeto, Manoel P. de Miranda procurou alguns momentos de repouso, pensando nas atividades que deveriam ter lugar naquele Pavilhão, conforme lhe anunciara o gentil orientador. Às vinte e duas horas Alberto veio buscá-lo, conduzindo-o até um recinto simples, onde se encontravam presentes diversos Espíritos treinados nas excursões às zonas excruciantes e expungitivas das faixas inferiores, bem como o Dr. Ignácio e o amorável Eurípedes. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

92. A misericórdia de Deus estende-se a todos – Reunidos em clima de amizade e expectativa, o Benfeitor exorou a superior proteção para a tarefa programada através de sentida oração, gerando um clima psíquico de inefável harmonia, após o que sintetizou: “Desceremos em grupo a especial região terrestre de muito sofrimento espiritual, onde se homiziam atormentados e atormentadores em desesperação recíproca, todos eles, porém, irmãos nossos que se deixaram colher na rede das dissipações que se permitiram, sucumbindo ante o fascínio das obsessões e da desenfreada conduta nas paixões tenebrosas. Não nos cabe, em momento algum, julgar aqueles que se equivocaram, nem revidar às provocações dos seus sicários impenitentes, igualmente infelizes, na loucura que se permitem. A misericórdia de Deus estende-se a todos igualmente, no entanto somente aqueles que começam a despertar para a realidade de si mesmos logram beneficiar-se”. O Benfeitor fez uma pausa oportuna, e com entonação de voz que traía responsabilidade e zelo, acrescentou: “Todas as criaturas terrestres — Espíritos reencarnados que são — possuem percepção mediúnica, que o futuro se encarregará de estudar com seriedade, a fim de ser utilizada com elevação, tornando-se um sentido a mais que será conquistado a pouco e pouco, lentamente incorporando-se aos demais sensoriais. O eminente Codificador informou que a mediunidade radica-se no organismo, sendo, portanto, uma conquista do processo evolutivo para facilitar o crescimento do Espírito, que no corpo imprimiu essa função. Aqueles, no entanto, que são portadores de capacidade ostensiva e se comprometeram antes do berço em vitalizá-la pelo exemplo de honradez e abnegação, quando se entregaram ao uso indevido das forças de que eram portadores, ataram-se a infelizes adversários pessoais, assim como do Bem, que lutam milenarmente para a instalação da loucura no mundo. Alguns deles, que se rebelaram contra Jesus, por haver, no corrente milênio, sido vítimas das injustiças e dos crimes hediondos praticados contra as suas existências e as daqueles a quem amavam, pelos falsos cristãos do período medieval, transformaram-se em justiceiros e vingadores, que pensam desafiar as soberanas Leis da Vida, sem compreender que são utilizados, na alucinação a que se entregam, pela Divina Justiça, que lhes permite serem os braços que alcançam os delinquentes que com eles sintonizam, para despertarem após as dores extenuantes que lhes são impostas. Rabinos judeus e mulah’s muçulmanos, que foram suas vítimas preferidas durante o período da hedionda Inquisição, e transferiram o seu horror ao suave Mestre, em nome de Quem os seus algozes se apresentavam, permanecem nessas províncias de aberrações e crueldade, distantes da esperança e da compaixão. No entanto, isso ocorre, em razão do livre-arbítrio de cada um, porquanto, no momento em que é disparado o raio do arrependimento e a súplica lhes escapa do coração dirigida ao Pai, são-lhes enviadas as providências necessárias para os atender”. “Nunca cessa o amor soberano em favor dos seres sencientes.” (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.)

93. Ambrósio era o alvo da excursão socorrista – Feita breve pausa, o Benfeitor concluiu: “Nossa atividade, logo mais, terá lugar em nosso querido planeta, em região pantanosa, que a imaginação humana descreveria como infernal. Nosso objetivo é resgatar Ambrósio, que ali se encontra há quase duas dezenas de anos... Guardaremos vigilância e oração em nossa vilegiatura espiritual e faremos parte da caravana da nobre Entidade que fora, na Terra, a Rainha Isabel de Portugal, considerada santa, que se dedica a esse mister há muitos anos como mensageira do Amor, mantendo irrestrita confiança em Deus”. Em seguida, de imediato, notificados que a Caravana da magnânima Benfeitora chegaria em breves momentos, todos se dirigiram até o jardim, a fim de aguardá-la. Miranda viu acercar-se então o grupo de trabalhadores especializados em libertação magnética de Espíritos aprisionados em regiões dolorosas, sob o comando da nobre Senhora. Vestida com traje largo e simples, que exteriorizava suave claridade procedente do Espírito, sem qualquer sinal exterior de grandeza, a santa da caridade trazia na mão direita um bordão de substância transparente levemente azulada, enquanto a sua aura irradiava incomparável majestade. Aproximadamente cinquenta colaboradores apresentavam-se equipados com redes muito delicadas e macas alvinitentes, alguns archotes apagados e mais ou menos dez enfermeiros encontravam-se a postos. A um sinal do Dr. Ignácio, Alberto e Miranda se aproximaram da Comandante, sendo apresentados carinhosamente, na condição de aprendizes daqueles serviços específicos de socorro aos infelizes espirituais. Expressando um sorriso de indefinível beleza e humildade, a Senhora lhes distendeu uma nívea mão com dedos delicados, mas não disse qualquer palavra nem era necessário enunciá-la. O amor irradia sentimentos que o verbo não pode traduzir. (Tormentos da Obsessão, cap. 10 – Experiências gratificadoras.) (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita