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Brasil
Ano 9 - N° 450 - 31 de Janeiro de 2016
MARIA RACHEL COELHO PEREIRA
justicaecidadania@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 


Divaldo Franco: “Estamos entrando numa era nova”

O conhecido orador fez, perante um público numeroso, a conferência inicial do III Congresso Espírita Paraense

 
Na noite de 15 de janeiro de 2016, ao som da música Paz pela Paz, de autoria de Nando Cordel, tocada e cantada pelo Grupo Sol da Vida e depois de assistir a um vídeo que mostrou um pouco de sua trajetória e também a história da Mansão do Caminho para um público estimado em 5 mil pessoas, reunidas no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco abriu o III Congresso Espírita Paraense.

Suas primeiras palavras foram de gratidão. Transferindo a homenagem de receber das mãos de crianças e adolescentes 88 rosas brancas, à figura incomparável de Allan Kardec, graças a quem “é possível manter o equilíbrio emocional, psíquico pelo conhecimento do Espiritismo”, Divaldo lembrou a todos que aprendeu a amar Belém e o Estado do Pará desde que ali esteve pela primeira vez na década de 1950 e nunca

mais esqueceu essa terra em suas peregrinações doutrinárias.

Em seguida, o homenageado iniciou sua palestra sobre “O Amanhecer de uma Nova Era”, fazendo uma reflexão panorâmica de fatos históricos recheados de guerras e calamidades e nos mostrando que podemos ter esperança e a consolação que a reencarnação nos dá. A reencarnação, diz ele, é a base para explicar os nossos sofrimentos. Nessa revolução da violência estamos fazendo a transição do mundo de provas, de expiações para o mundo de regeneração. Amanhece um dia novo. Essa é uma aurora de bênçãos, quando a dor então fugirá da Terra. Já estão reencarnadas aqui centenas de milhares de almas nobres, crianças geniais na música, na matemática, nas artes variadas, na ciência. Estamos entrando numa era nova de bênçãos que é o Reino dos Céus, conforme asseveram os Espíritos nobres que velam pelos destinos do nosso planeta.

Depois de fazer pormenorizada digressão sobre a história do mundo, Divaldo lembrou que, no século 19, Ernest Renan, que não era cristão nem acreditava em Deus, publicou em Paris “A vida de Jesus”, em que afirmou que Jesus era tão grande que dividiu a história em antes e depois de seu nascimento. E foi a primeira representação do amor. Confúcio, na China, escreveu sobre a cultura e sobre a civilização; na Índia, Sidarta Gautama, o Buda, também não fala sobre o amor, fala sobre a compaixão, a estrada do meio, o quarto caminho. 

Bem-aventurado não é aquele que goza, que desfruta 

Se formos ao Egito, encontraremos ali a doutrina da reencarnação, mas não encontraremos viva a palavra amor nem no período em que Aton apresentou o sol como sendo a representação máxima daquilo que a humanidade pretendia conhecer como Deus. Destituindo o todo-poderoso clero de Amon para impor um deus único, representado pelo disco solar Aton, Akenaton abria pela primeira vez na história da humanidade o caminho rumo ao monoteísmo.

Na sequência, Divaldo cita o mais sublime poema que a humanidade já escutou: o sermão das bem-aventuranças. Revertendo a ordem ética da humanidade, Jesus superou Sócrates, foi além de Platão, desenvolveu uma doutrina que esmaga o pensamento aristotélico. E foi ali que ele estabeleceu a ordem dos contrários, porque bem-aventurado não é aquele que goza, que desfruta, que tem uma posição social, bem-aventurados são os pobres de espírito, os simples de coração, os puros, são aqueles que choram, que são perseguidos pelo seu nome. Para Carl Gustav Jung, Jesus é o maior modelo que ele encontrou na história da humanidade porque alcançou o estado luminoso, o estado de luz.

Doze séculos depois do Sermão da Montanha, o mundo escuta a voz de Francesco Bernardone; sua mensagem é um poema de esperança. Pela primeira vez na humanidade os infelizes sorriem. Ele tenta erguer a igreja de Jesus, mas ouve a mesma voz que lhe diz: não é essa a igreja, Francesco. É a igreja moral, é a igreja dos sentimentos que está ruindo. Porque a doutrina de amor e de ternura foi transformada na religião do Estado. E, ao ser transformada na religião do Estado, perdeu a grandeza do sacrifício. O Semeador de Estrelas citou, em seguida, Dante Alighieri, que nos ofereceu seu poema A Divina Comédia, e Francisco de Assis nos oferece a oração simples: “Ó senhor, faze de mim instrumento da tua paz”, canção que vem ecoando através de oito séculos.

Segundo Divaldo temos que saber usar a razão, a lógica, mas também a solidariedade, a fineza, a gentileza para que haja o espírito do coração. Porque a sociedade está se “devorando”, estamos nos matando uns aos outros, e o maior número de guerras foi de natureza religiosa, originadas de religiões que pregam Deus, o amor e a solidariedade, demonstrando assim o paradoxo da criatura humana.  

Deus é amor, Deus não castiga, Deus ama 

Comentando os problemas sociais que hoje em dia deparamos, ele comentou: “Aí estão a droga, o menino de rua, o abandono sem escola, os revoltados que não acham vagas nos hospitais, os desempregados, a revolta caminhando braços dados com a violência”. “Uma verdadeira guerra e das mais vergonhosas porque o país é rico de bênçãos, porque foi escolhido por Jesus para ser o coração do mundo, a pátria do evangelho.”

Na sequência, Divaldo fez rápida incursão história pelo século 19, quando mencionou o advento do Espiritismo e, com base nele, lembrou-nos que somos imortais e que existem razões sólidas para afirmarmos que Deus é amor, que Deus não castiga, que Deus ama. Quem ama não castiga, nem pune, educa. A Lei é de progresso. E todo aquele que desrespeita a Lei incide em um delito, tendo de recomeçar para reaprender, para evoluir.

Estamos entrando numa era nova. Nunca houve tanto amor na Terra. Estes são dias novos e cada um de nós é um mensageiro da esperança. O Espiritismo nos traz esperança, consolação, alarga as portas da verdade e mostra que o céu é um estado de consciência tranquila. O inferno é um estado de consciência de culpa. Aquele que está de mal consigo mesmo, carrega o inferno. Nós podemos mudar de vida. Não há governo que possa manter a paz. A paz é íntima. Ao invés de sermos paredes que obstaculizam um passo, sejamos pontes de amor. Que o sorriso substitua a “cara feia”, que a agressividade ceda lugar à fraternidade. “A gentileza deve ser para nós o primeiro passo, a primeira caridade.”

No final da conferência, Divaldo nos convida a vivermos esse dia novo, preservando a esperança, contando com o consolo da verdade, sem entrar nesse tormento das crises porque, em verdade, só existe uma crise – a crise moral que acomete a criatura humana.

Dito isso, ele encerrou a conferência declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues.

Na manhã de 16 de janeiro, com o tema “Justiça Divina: Consolo para a Humanidade”, Divaldo Franco abriu o segundo dia do III Congresso Espírita Paraense.

Ao final da conferência, ele respondeu às perguntas dos presentes e também dos internautas que acompanharam, pela internet, sua exposição. Eis alguns dos assuntos por ele tratados: O passe espírita; O que é o passe e quando nós devemos nos dirigir a uma Casa Espírita para receber o passe; Qual a diferença entre provação, expiação e reparação; Como amar a Deus acima de todas as coisas; Se há um tempo determinado para reencarnar ou isso depende de merecimento; Como podemos controlar o desejo sexual.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita