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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 450 - 31 de Janeiro de 2016

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 


A religião e o progresso


A Doutrina Espírita é a Doutrina da fé raciocinada, que tudo explica, à luz da razão. Se algum dia for provado que ela errou em algum ponto, ela partirá desse ponto, para a reformulação.

A Doutrina é perfeita, seus postulados são irrepreensíveis. Os ensinamentos básicos foram transmitidos pelos Espíritos Superiores, que realmente sabem das coisas, pelo seu grau de adiantamento, pela sua vivência.

Numa comparação simplória, mas real, o Espírito Superior, em relação a nós, está na situação de um observador que se posta em um ponto privilegiado de uma estrada e de lá observa todo o caminho, todo o percurso. Ele é capaz de prever tudo aquilo que o viajante vai descortinar durante a viagem; pode adverti-lo, com conhecimento de causa.

A atualidade é uma das características da Doutrina Espírita, cuja data em que surgiu para a Humanidade é 18 de abril de 1857, a mesma data da primeira edição de O Livro dos Espíritos.

Por isso, o Espiritismo jamais será ultrapassado. Diante dos avanços da ciência, oferece subsídios importantes, pois os ensinamentos da Codificação Espírita são de uma atualidade insofismável.

Uma religião sem essas características sucumbe, ao primeiro impulso do progresso. Se segue adiante, segue capengando, tropeçando, aqui e ali. Eis por que o Espiritismo se fortalece cada vez mais.

Livre de dogmas, a Doutrina Espírita difere daquelas que são “constrangidas, de tempos em tempos, a fazer concessões à ciência, fazer dobrar o sentido literal de certas crenças, ante a evidência dos fatos”.  O trecho entre aspas é do artigo A Religião e o Progresso, da Revista Espírita, de Allan Kardec, julho de 1864.

Acentua o trecho que a religião que “repudiasse as descobertas da ciência e as suas consequências, do ponto de vista religioso, mais cedo ou mais tarde perderia sua autoridade e o seu crédito e aumentaria o número dos incrédulos”.

O papel da ciência é estudar, observar, pesquisar, para chegar às várias conclusões. Devem-se aplaudir todas as descobertas científicas que tenham como objetivo a melhoria da sociedade e do homem.

Vejamos mais, da Revista: “Se uma religião qualquer pode ser comprometida pela ciência, a falta não é da ciência, mas da religião fundada sobre dogmas absolutos, em contradição com as leis da natureza, que são leis divinas. Repudiar a ciência é, pois, repudiar as leis da natureza e, por isto mesmo, renegar a obra de Deus. Fazê-lo em nome da religião seria pôr Deus em contradição consigo mesmo e fazê-lo dizer: Eu estabeleci leis para reger o mundo; mas não acrediteis nessas leis”.

E mais: “Em todas as idades, o homem não foi capaz de conhecer todas as leis da natureza; a descoberta sucessiva dessas leis constitui o progresso. Daí, para as religiões, a necessidade de pôr suas crenças e os seus dogmas em harmonia com o progresso, sob pena de receberem o desmentido dos fatos constatados pela ciência. Só com essa condição a religião é invulnerável. Em nosso entender, a religião deveria fazer mais do que se pôr a reboque do progresso, que apenas acompanha constrangida e forçada: deveria ser uma sentinela avançada porque proclamar a grandeza e a sabedoria de suas leis é honrar a Deus”.

Finalmente, observa: “A contradição existente entre certas crenças religiosas e as leis naturais fez a maioria dos incrédulos, cujo número aumenta à medida que se populariza o conhecimento dessas leis. Se fosse impossível o acordo entre a ciência e a religião, não haveria religião possível. Proclamamos altamente a possibilidade e a necessidade desse acordo porque, em nossa opinião, a ciência e a religião são irmãs para a maior glória de Deus e se devem completar reciprocamente, em vez de se desmentirem mutuamente. Estender-se-ão as mãos, quando a ciência não vir na religião nada de incompatível com os fatos demonstrados e a religião não mais tiver que temer a demonstração dos fatos. Pela revelação das leis que regem as relações entre o mundo visível e o invisível, o Espiritismo será o traço de união que lhes permitirá olhar-se face a face, uma sem rir, a outra sem tremer. É pela concordância da fé e da razão que diariamente tantos incrédulos são trazidos a Deus”.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita