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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 449 - 24 de Janeiro de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

A Vida no Outro Mundo

Cairbar Schutel

Parte 6
 

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).  

Questões preliminares 

A. Os fatos comprovam que o “eu” se irradia em torno do corpo físico?

Sim. As investigações de Reichenbach sobre os "eflúvios ódicos" confirmaram a veracidade das experiências ligadas à exteriorização da sensibilidade e da motricidade. Segundo elas, o "eu" não fica estritamente submisso ao organismo, mas se irradia mais ou menos na sua periferia. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

B. É verdade que, nos casos de exteriorização, o corpo permanece insensível?

Sim. Enquanto durar a ação exteriorizante, seja ela natural, como nos casos de sonambulismo e desdobramento espontâneo, seja artificial, como sob atuação hipnótica ou de anestésicos, pode-se retalhar o organismo e nenhum sinal exterior de sensibilidade ele apresenta. Mas, cessada a ação, cessa o efeito, a sensibilidade volta novamente e o paciente acusa as dores das picadas dos experimentadores. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

C. A sede das sensações e percepções está radicada no corpo físico?

Não. Os fatos observados mostram que a sede de todas as sensações e percepções, muito longe de se encontrar no corpo físico, tem seu lugar no perispírito, organismo psíquico que resiste à ação da morte e se mantém indestrutível às modificações físico-químicas. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

 Texto para leitura

76. Um dos capítulos mais interessantes nas pesquisas que fazemos da alma é o que enfeixa fatos transcendentes narrados por eminentes psicólogos, relativos à exteriorização da sensibilidade e da motricidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

77. Esses fenômenos, observados por exigentes magnetizadores, foram estudados com real valor pelo Conde De Rochas, o Dr. Baraduc, e outros, que trouxeram valiosa contribuição para a construção do Templo Imortalista. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

78. Em decorrência da aplicação de processos magnéticos usados por De Rochas, a sensibilidade do indivíduo se exterioriza, ficando disposta do seguinte modo: fora da pele, a três ou quatro centímetros, forma-se uma camada sensível. Em torno desta vai-se formando uma série de camadas equidistantes, separadas da primeira por um intervalo de seis a sete centímetros e sucedendo-se outras camadas até dois ou três metros; essas camadas vão-se penetrando e entrecruzando sem se modificarem. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

79. Se o sono hipnótico se acentua, as camadas sensíveis se condensam desde a terceira ou quarta fase de letargia, sobre dois polos de sensibilidade, situados, um à direita, e outro à esquerda do indivíduo. Depois, esses dois polos acabam por reunir-se em um só; desde esse momento, a sensibilidade apreciável do indivíduo se transforma num "verdadeiro fantasma", capaz de distanciar-se do "corpo carnal", obedecendo à ordem do magnetizador e atravessar obstáculos materiais, conservando a referida sensibilidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

80. Esse fantasma e, com ele, as diversas camadas sensíveis são vistos perfeitamente pelos clarividentes, que os descrevem com precisão. Eles notam que a metade direita do corpo lhes parece azul, e a metade esquerda, avermelhada. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

81. Tal exteriorização é patente, pois, tocando-se com alfinete a distância a que se acha a exteriorização, o sonâmbulo magnético acusa sentir dor, o que não acontece quando a sensibilidade está localizada no corpo carnal. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

82. As investigações de Reichenbach sobre os "eflúvios ódicos"(1) vêm, a seu turno, confirmar a veracidade dessas experiências, assim como os trabalhos do Dr. Baraduc, segundo os quais o "eu" não está estritamente submisso ao organismo, mas se irradia mais ou menos na sua periferia. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

83. Essas experiências podem, sem dúvida, explicar os casos de bicorporeidade ou desdobramento, que se têm verificado em todos os tempos, nos meios religiosos e profanos. Todos sabem muito bem que um dos casos que concorreram para a canonização de São Francisco de Sales foi o fato de ter ele, que morava a mais de 200 quilômetros de Roma, assistido, em estado de desdobramento, aos últimos instantes do papa, tendo sido visto no Vaticano, próximo do leito mortuário; seu nome fez parte da ata respectiva. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

84. Como se vê, pois, a exteriorização da sensibilidade e da motricidade pode efetuar-se por processo magnético, ou por processo natural, bem como por autossugestão, o que quer dizer que o "ser individual" não é um produto do trabalho químico das células, mas completamente independente dessa ação orgânica. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

85. Nos casos de exteriorização, o corpo permanece completamente insensível. Enquanto durar a ação exteriorizante, seja ela natural, como nos casos de sonambulismo e desdobramento espontâneo, seja artificial, como sob atuação hipnótica ou de anestésicos (éter ou clorofórmio), pode-se retalhar o organismo e nenhum sinal exterior de sensibilidade ele apresenta. Mas, cessada a ação, cessa o efeito, a sensibilidade volta novamente e o paciente acusa as dores das picadas dos experimentadores. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

86. Esse fato, segundo observação meticulosa do Prof. Carl du Prel, seria mais que suficiente para provar a existência da alma, do núcleo anímico, que, em certas e determinadas condições, se exterioriza, levando consigo a sensibilidade que, no dizer de Claude Bernard, "constitui o sinal da vida". E é de ver que, com a retirada da sensibilidade do organismo, ela não se extingue, permanece incólume, tanto assim que reaparece ao cessar a causa de sua anulação, e reaparece tal como era, sem modificação alguma, apresentando a sua absoluta identidade primitiva. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.)

87. Que ninguém pense que estas considerações que fazemos para demonstrar a existência da individualidade independente do seu invólucro carnal seja uma simples dissertação filosófica com presunção de conclusão científica, porque as experiências de que tratamos obedecem ao mais estrito método experimental, ou seja, os fatos observados podem ser verificados a qualquer hora. É que a sede de todas as sensações e percepções, muito longe de se encontrar no corpo, tem seu lugar no perispírito, organismo psíquico que resiste à ação da morte e se mantém indestrutível às modificações físico-químicas. (A Vida no Outro Mundo – Cap. VI – Exteriorização da Sensibilidade e da Motricidade.) (Continua no próximo número.)  


(1)
Eflúvios ódicos: expressão relacionada a “od”, vocábulo cunhado pelo Barão Karl-Ludwig von Reichenbach que designa a força que se supõe difundir-se por toda a natureza, produzindo os fenômenos do magnetismo e do hipnotismo. “Ódico” é a palavra utilizada para designar a substância etérica que forma o corpo ódico, que ligaria o perispírito ao corpo físico. Atualmente, segundo alguns, o corpo ódico é mais conhecido como duplo etérico.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita