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O Espiritismo responde
Ano 9 - N° 445 - 20 de Dezembro de 2015
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
 
 

Uma leitora, em face de um texto publicado por Kardec no cap. XIV d´O Evangelho segundo o Espiritismo, pergunta-nos se pode um corpo de uma criança formar-se antes de  estar ligado a ele o Espírito que deverá utilizá-lo em uma nova existência.

O texto mencionado por ela, de autoria do Espírito de Santo Agostinho, é este: 

Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se predomina a boa resolução, oram a Deus, imploram aos bons Espíritos que lhes deem forças, no momento mais decisivo da prova. Por fim, após anos de meditações e preces, o Espírito se aproveita de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos de transmitir as ordens superiores permissão para ir preencher na Terra os destinos daquele corpo que acaba de formar-se. Qual será o seu procedimento na família escolhida? (Obra citada, cap. XIV, item 9 - A ingratidão dos filhos e os laços de família.) (O negrito é nosso.) 

A reencarnação inicia-se na concepção, portanto no momento em que o corpo começa a se formar. A ligação entre o corpo da criança e o perispírito que reveste a alma processa-se molécula a molécula e se completa com o nascimento do bebê.

Esse é o ensinamento firmado nas obras de Allan Kardec, e Léon Denis não pensava de forma diferente. Com efeito, lemos no seu livro O Grande Enigma, 7ª edição, publicada pela FEB:  

A união da alma e do corpo começa com a concepção e só fica completa na ocasião do nascimento. No intervalo da concepção ao nascimento, as faculdades da alma vão, pouco a pouco, sendo aniquiladas pelo poder sempre crescente da força vital recebida dos geradores, que diminui o movimento vibratório do perispírito. Esta diminuição vibratória do envoltório fluídico produz a perda da lembrança das vidas anteriores. (O Grande Enigma, págs. 192 e 193.)

Em O Livro dos Espíritos, a principal obra da doutrina espírita, o assunto é tratado com clareza na questão seguinte: 

344. Em que momento a alma se une ao corpo?

“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito que então solta anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.” (O Livro dos Espíritos, questão 344.) 

No mês de julho de 1860, a Revista Espírita publicou, da lavra de Allan Kardec, a informação adiante reproduzida, que reforça o ensinamento a que nos reportamos: 

Sabe-se que, no momento da concepção, o Espírito designado para habitar o corpo que deve nascer é tomado por uma perturbação, que vai crescendo à medida que os laços fluídicos, que o unem à matéria, se apertam, até as proximidades do nascimento. Neste momento, perde igualmente toda a consciência de si mesmo e não começa a recobrar as ideias senão no momento em que a criança respira. Só então é que se torna completa e definitiva a união entre o Espírito e o corpo. (Revista Espírita de julho de 1860.) 

Os anos passaram e em 1868, com a publicação de A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, Kardec legou-nos uma explicação mais detalhada e demorada acerca do assunto: 

Logo que o Espírito deva se encarnar num corpo humano em via de formação, um laço fluídico, que não é outro senão uma expansão do perispírito, o amarra ao germe sobre o qual ele se encontra lançado por uma força irresistível desde o momento da concepção. À medida que o germe se desenvolve, o laço se aperta; sob a influência do princípio vital material do germe, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, une-se molécula a molécula com o corpo que se forma; de onde se pode dizer que o Espírito, por intermédio de seu perispírito, toma, de alguma forma, raiz neste germe, como uma planta na terra. Quando o germe está inteiramente desenvolvido, a união é completa e, então, ele nasce à vida exterior. (A Gênese, cap. XI, item 18.) 

Respondendo, então, à leitora, podemos afirmar que na gravidez viável, isto é, naquela em que está prevista efetivamente a reencarnação de um Espírito, este se liga ao zigoto desde o instante da concepção e não existe, pois, a hipótese de um corpo se formar para depois disso um Espírito ser a ele ligado.

A expressão utilizada na mensagem de Santo Agostinho (... o Espírito se aproveita de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou) foi, segundo entendemos, apenas uma forma poética de se falar do assunto, valendo também lembrar que antes do processo reencarnatório propriamente dito existe todo um planejamento, que inclui até mesmo a configuração do futuro corpo do reencarnante, ou seja, o seu preparo.

No livro Nosso Lar, no capítulo 47, “A volta de Laura”, vê-se que, a pedido de Laura, algumas providências relativas ao seu organismo físico foram tomadas, exatamente nesse período que precede o ato reencarnatório.

Relata André Luiz no capítulo mencionado: 

A essa altura, o funcionário das Contas observou:

– E não podemos esquecer que Laura volta à Terra com extraordinários créditos espirituais. Ainda hoje, o Gabinete da Governadoria forneceu uma nota ao Ministério do Auxílio, recomendando aos cooperadores técnicos da Reencarnação o máximo cuidado no trato com os ascendentes biológicos que vão entrar em função para constituir o novo organismo de nossa irmã.

– Ah! é verdade – disse ela –, pedi essa providência para que não me encontre demasiadamente sujeita à lei da hereditariedade. Tenho tido grande preocupação, relativamente ao sangue. 

O planejamento, ou o preparo a que se referiu Santo Agostinho, ocorre, portanto, bem antes do início da gravidez, de tal modo que, definidos os planos, quando chega o momento da concepção, o Espírito já se encontra a postos para, algumas horas depois do ato sexual, ser ligado ao zigoto, ligação essa que se tornará definitiva quando a criança vier à luz.

Sobre o tema sugerimos aos interessados que leiam também os textos abaixo, publicados em nossa revista: 

Prelúdio da volta do Espírito à vida corporal
http://www.oconsolador.com.br/ano2/84/esde.html

A união da alma com o corpo
http://www.oconsolador.com.br/ano2/98/especial.html

O Espiritismo responde
http://www.oconsolador.com.br/ano4/167/oespiritismoresponde.html


 
 


 
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