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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 445 - 20 de Dezembro de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

A Vida no Outro Mundo

Cairbar Schutel

Parte 2
 

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).  

Questões preliminares 

A. São poucos os homens que se preocupam realmente com as chamadas questões transcendentais?  

Sim. Segundo Cairbar Schutel, são relativamente poucos os que pensam no dia de amanhã a não ser para auferir bastardos lucros. Embora registrado há mais de 80 anos, seu pensamento parece bem atual, haja vista o número enorme de empresários, políticos e pessoas abastadas que se valem de todos os meios para aumentar ainda mais seu patrimônio.  (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

B. Que importância pode ter a admissão da imortalidade na vida das pessoas?  

Importância enorme. A sabedoria e as virtudes nunca terão grande razão de ser enquanto os homens se desinteressarem pela imortalidade, porque ela é, no entendimento de Cairbar Schutel, o ponto de partida para todos os estudos, a rocha sobre a qual se deverá erguer o grande edifício, o enorme monumento onde pontificarão a Ciência, a Religião, a Filosofia, as Artes. A própria Paz, interna e externa, não se conseguirá, nos países e nas nações, sem a Luz da Imortalidade, assim como sem ela é impossível manter a Fraternidade entre os povos. (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

C. Existimos ou não existimos? Continuaremos a viver após a morte corpórea? Em face de tais dúvidas, que devemos fazer? 

Meditar, pensar sobre o assunto: esse é o primeiro trabalho a realizar. Esqueçamo-nos por um momento das ilusões que nos fascinam e embrutecem; encaremos a realidade sem temor; tomemos a sério a vida, para que a vida se nos mostre tal como é, sem enganadoras aparências. Fiquemos certos de que não teremos paz, nem saúde, nem religião, nem sabedoria, nem felicidade, sem que o grande mistério do "ser" ou "não ser" fique resolvido. (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.)

Texto para leitura 

21. A Humanidade, deslocada dos legítimos preceitos da moral – Moral Divina, Religião de todos os tempos e de todos os povos, que foi substituída criminosamente por mandamentos humanos e cultos esdrúxulos – não cogita, mormente nos tempos em que nos achamos, dos seus deveres e seus destinos. (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

22. São relativamente poucos os que pensam no dia de amanhã a não ser para auferir bastardos lucros. Entretanto, a pequena, a insignificante fração que constitui esses poucos, esforça-se e trabalha, uns para a conquista de uma crença verdadeira que bem lhes oriente no caminho da vida, outros, para verem resolvido, no nosso planeta, o grande problema, o problema máximo cuja resolução é, de fato, o que nos oferece maiores promessas, mais valorosos benefícios. (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.)

23. A Imortalidade é, com efeito, o pivô sobre o qual se devem movimentar todos os cometimentos para uma orientação segura da vida. A sabedoria e as virtudes nunca terão grande razão de ser enquanto os homens se desinteressarem pela imortalidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

24. A resolução do grande problema afeta por tal forma todas as ramificações do saber humano, que permaneceremos estacionários se os homens continuarem a pôr à margem esta questão de interesse político, religioso, científico e social, pois, de fato, é ela a base fundamental de todos os problemas que inflamam o cérebro e fazem palpitar o coração. (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

25. Ela é, na verdade, o ponto de partida para todos os estudos. É sobre essa rocha que se deverá erguer o grande edifício, o enorme monumento onde pontificarão a Ciência, a Religião, a Filosofia, as Artes. A própria Paz, interna e externa, não se conseguirá, nos países e nas nações, sem a Luz da Imortalidade, assim como sem ela é impossível manter a Fraternidade entre os povos. (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

26. Pascal dizia com suma razão: "A imortalidade é o nosso primeiro interesse, é uma coisa de tal importância que é preciso ter perdido toda a sensibilidade para ser indiferente ao seu conhecimento". Com efeito, não é a solução desse problema que aclara a nossa razão, ilumina o nosso destino, dá sentido ao nosso futuro pessoal, à nossa existência? Não é a solução desse problema que nos dá uma orientação firme, norteando a nossa vida ao influxo de nobres paixões, de uma moral legitima e edificante? (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

27. Poderão a negação e a dúvida produzir semelhante milagre, formar caracteres, arregimentar-nos para enfrentar os dissabores da existência, as decepções cotidianas que nos assaltam e oprimem? Quem não se viu ainda em frente do desespero, quem não se deteve à porta fechada de um túmulo, quem não viu desaparecer do seu convívio um ente querido, quem, nos momentos angustiosos, não disse para si mesmo: A morte é o fim de toda essa tragédia que os homens representam no grande palco do mundo? (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

28. Os nossos entes amados, objetos da nossa afeição, aqueles que constituíram nossos melhores afetos, nossa veneração, nosso amor, serão dissolvidos, extintos nos abismos do nada? Será que não somos mais que um volume de carne cobrindo um esqueleto, formando ao todo uma combinação de oxigênio, hidrogênio, azoto e carbono? Será que não somos mais que uma armação de ossos coberta de albumina e fibrina, com uma rede de nervos imersa num lago de água? (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

29. Os pensadores, os que procuram encarar a vida tal como é, não teriam meditado nunca? Não lhes teria passado pela mente essas naturalíssimas conjeturas, essas considerações que surgem no nosso cérebro e em nosso coração nos momentos difíceis que atravessamos, quando sentimos a vida pesada, quando o aguilhão das contrariedades nos assalta e oprime? E como responder a todas essas perguntas sem resolver o grande problema que é a chave principal, a chave "mágica", que abre todas essas portas fechadas à nossa razão, à nossa inteligência, ao nosso sentimento, ao nosso coração? (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

30. Darão, porventura, as religiões sacerdotais uma resposta a esses quesitos que ensombram a Humanidade? A Ciência catedrática, com todos os recursos que lhe têm vindo das novas descobertas e invenções, será capaz de responder-nos positiva e categoricamente de modo a satisfazer o nosso entendimento e pôr um paradeiro às ânsias que se acentuam todos os dias em nossa alma? Finalmente, somos ou não somos? Existimos ou não existimos? Continuaremos a viver após o último ato da nossa existência terrestre? Ao cair o pano, restará de nós alguma coisa, ou tudo se extinguirá? (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) 

31. Meditemos sobre tudo isso; pensemos: eis o primeiro trabalho a realizar. Esqueçamo-nos por um momento das ilusões que nos fascinam e embrutecem; encaremos a realidade sem temor, porque, dela nos desviando, só teremos ilusões e desenganos. Tomemos a sério a vida, para que a vida se nos mostre tal como é, sem enganadoras aparências. Fiquemos certos de que não teremos paz, nem saúde, nem religião, nem sabedoria, nem felicidade, sem que o grande mistério do "ser" ou "não ser" fique resolvido. (A Vida no Outro Mundo – Cap. II – O Problema da Imortalidade.) (Continua no próximo número.)  



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita