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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 445 - 20 de Dezembro de 2015

GUARACI DE LIMA SILVEIRA
guaracisilveira@gmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)

 

   

Qual Natal?


Noutro dia caminhava por uma rua movimentada de importante capital brasileira. Eu a vi tão deserta de imagens positivas, advindas de pensamentos, sentimentos... Olhei em derredor e procurei uma criança que buscasse o Papai Noel com aquela alegria que encanta. Porém, vi mães e pais apressados batendo uma foto com o bom velhinho, mas de forma descrente e as crianças, após a fotografia, perguntavam ansiosas:

– Papai, mamãe, vocês acreditam mesmo no Papai Noel? Se ele não existe, o que faz este senhor vestido de vermelho? Enganando ou enganando-se?

Essas crianças de um novo tempo que já chegam para construí-lo! Claro que Papai Noel é fruto da imaginação que perdura por anos a fio. Mas é um símbolo e nossas mentes necessitam deles.

Noutras épocas, quando se aproximava o natal, as pessoas ficavam felizes. Era uma felicidade efusiva e que aflorava lá de baixo, do inconsciente e as pessoas reviviam suas múltiplas infâncias em múltiplos corpos nos quais viveram outrora. Sim, havia as compras, os presentes, as ceias. Mas também havia o doce toque do piano por aquela adolescente, virtuose da família, nos momentos em que os convidados se reuniam. Havia o cálido sorriso da vovó, do vovô, a gravidez da primeira neta, segunda neta... Ainda tão jovem, mas que receberia mais um membro daquele clã. Os pais e as mães corriam de cá para lá tentando agradar a todos. E depois vinha o mais importante: a oração que todos faziam antes de tudo; dos presentes, dos abraços, das ceias. Ah que tempo generoso! Os panetones, as castanhas, uvas, sucos. Quantas sãs formalidades!

Sabemos que o Mestre Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Sabemos que foi uma justa posição ao dia dos festejos do Rei Sol pelos cristãos antigos. Porém Jesus não está se importando com datas e sim com sentimentos e avanços espirituais.

Hoje, contudo, aqueles momentos quase não acontecem como antes. Há sim encontros de familiares, trocas de presentes etc. Mas... Falta!

E o que falta? É o espírito do natal. A harmonia dos sinos, das músicas, dos sonhos, das lembranças do suave Menino. Ainda nos tempos anteriores havia a lágrima que descia pelas abençoadas recordações do nascimento de Jesus. Hoje, contudo...

É preciso que nos capacitemos para viver de novo aquele tempo. Que nossos jovens busquem nos álbuns de família as marcas daqueles encontros. Mas, antes, é preciso abrir-se para que Jesus de fato se faça presente em nós. O espírito do natal é este: abrir-se para o Mestre Divino. Muitos deste presente O desconhecem. Pouco se ouve falar Dele com a profusão de luzes que Dele são emanadas. Fala-se apenas de um Homem que viveu num tempo distante e que cura. Mas não falam das consolações, dos ensinamentos, dos caminhos por Ele abertos para que a humanidade se encontre e vá com galhardia para um tempo de profundos avanços espirituais.

Era noite de natal e, numa colônia espiritual próxima da crosta, os Espíritos se encontraram na praça. Dos planos superiores desciam pétalas, luzes, aromas, sons... É que aqueles irmãos e irmãs se reuniram para agradecer ao Divino Mestre a sublime renúncia de ter nascido entre nós. Nem de longe imaginamos os esforços que despendeu para ajustar-se a um corpo grosseiro como o nosso. Mas, vencendo todas as dificuldades, encarnou num corpo físico como o nosso e viveu por aqui durante quase quatro décadas falando-nos de Deus, como magno representante do Criador de todas as coisas e inteligência suprema.

Este é o momento para refletirmos e, se não pudermos presentear, cear ou encontrar todos os amigos e familiares que gostaríamos, façamos nosso encontro definitivo com Jesus, sentando-nos à mesa na qual Ele é o anfitrião.

Na noite de natal, olhemos para dentro de nós onde se encontra ainda viva a estrela de Belém, a manjedoura e os animais e falemos de nós para nós: “Glória a Deus nas alturas. Paz na Terra e boa vontade entre os homens”. Porém, que tudo isso aconteça mesmo e sempre em cada um de nós. Feliz Natal!

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita