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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 444 - 13 de Dezembro de 2015

JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal

 


Chico
Xavier:
homem bom ou vedeta?


Quando optamos por opinar, concordar ou discordar, corremos o risco de ser mal interpretados, de ser amados ou detestados. É normal, isso faz parte da natureza do ser humano.

Convencionou-se, há muito tempo, em muitos espíritas, um conceito desvirtuado de "caridade".

Os bons Espíritos nos ensinaram que "Fora da caridade não há salvação", isto é, que somente trilhando o caminho da "caridade" para conosco e para com o próximo, nos seus múltiplos matizes, evoluiremos espiritualmente e mais depressa.

Na grande maioria, nós, espíritas reencarnados, somos padres e freiras de outrora, e é natural que tragamos no nosso bojo psíquico arquivos sedimentados do tempo do catolicismo, tentando, atualmente, impregnar a prática espírita com essas reminiscências.

É muito comum confundir-se, no dia a dia, "caridade" (característica espiritual) com complacência com o erro, com a asneira, com práticas antidoutrinárias, algumas que chegam a colocar em causa a imagem da Doutrina dos Espíritos.

Alguns dos espíritas, querendo aparentar bondade, sugerem que devamos calar perante o erro, que em nome do bom nome do Espiritismo não devemos apontar o erro, fugindo assim, quase sempre, à responsabilidade de dizer "desculpe, mas não concordo, pois isso não é Espiritismo".

Querem estar de bem com todos, com quem acerta e com quem erra, acabando muitas vezes por resvalar na crítica, às escondidas, o que denota a tibieza espiritual e psicológica que ainda temos na Terra.

O Espírito Erasto, em "O Livro dos Médiuns", aconselha que mais vale repelir 10 verdades do que aceitar uma mentira.

Allan Kardec sempre denotou uma personalidade correta, justa e assertiva, a tal ponto que afirmou que, no dia em que a ciência dita "oficial" provasse que um único ponto do Espiritismo estivesse errado, este seria abandonado.

A isso, se chama... bom senso!!!

A melhor maneira de imortalizar a memória de Chico Xavier é respeitá-la, tentando ser simples, humilde, desapegado e servidor, como ele sempre o foi na Terra...

Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) foi a maior antena psíquica do século XX, um Espírito nobre, cuja grandiosidade certamente desconhecemos.

Sendo a simplicidade em pessoa, deixou à Humanidade preciosa joia: a sua obra psicografada de mais de 400 livros.

Paralelamente, e quiçá tão ou mais importante como a sua obra, deixou o seu exemplo de "Homem de Bem", conforme ensina "O Evangelho segundo o Espiritismo", exemplo de simplicidade, de serviço ao próximo, furtando-se sempre ao destaque, e procurando sempre ser o maior servidor, e não ser servido.

Este foi o "Homem Bom" que eu conheci pelos livros, pelas entrevistas, pelos relatos, pelos dados históricos recentes.

Como se não bastasse o pseudoespírito "Dr. Inácio Ferreira" vir todas as semanas do Além atualizar um blog e, num processo evolutivo regressivo, estar pior no Além do que quando estava na Terra, ditando livros (autênticas aberrações doutrinárias) por meio de um médium brasileiro, anda por aí um outro Chico Xavier – vedeta, criado à imagem dos seres humanos que o criaram.(1)

É o Chico-Xavier dos mausoléus, é o Chico Xavier que disse coisas a pessoas durante a vida, que nunca disse publicamente quando estava na Terra (muito estranho, sabendo-se da assertividade de Chico Xavier). É o Chico Xavier dos "Encontros dos amigos do Chico Xavier" (uma reedição das confrarias ou das ordens religiosas?), como se não houvesse um espírita lúcido que não tivesse um grande preito de gratidão por esse nobre Espírito, benfeitor da Humanidade. É o Chico Xavier da "pomadinha Chico Xavier"!!!

Haja bom senso!!!

A memória de Chico Xavier deve ser imortalizada, não só na sua obra literária, mas principalmente no seu exemplo de "Homem de bem", de Espírito nobre, de missionário na Terra.

A melhor maneira de imortalizar a sua memória é respeitá-la, tentando ser simples, humilde, desapegado e servidor, como ele sempre o foi na Terra e, não, criando-se um "santo dos espíritas" com o respectivo "merchandising" acoplado.

O Chico Xavier-vedeta que por aí anda nada tem a ver com o Espiritismo.

O Chico Xavier ­– Homem de bem –, esse, sim, foi, é, e será sempre um exemplo para todos nós.

Da minha parte, vou tentar ser como ele, nem que seja... um bocadinho!

Quanto ao resto, fica aquela frase: "a cada um de acordo com as suas obras".


P.S.: Não conheço pessoalmente as pessoas que inventaram o "Chico Xavier-vedeta", nem nada me move contra elas. Na qualidade de espírita, livre-pensador, não questiono pessoas (seres imortais, meus irmãos em Deus), mas sim atitudes, opiniões (todas elas passageiras) que ferem, na minha ótica, a memória do médium Chico Xavier, ferem o bom senso e a imagem séria da "Doutrina dos Espíritos".


(1)
Vedeta (ê) é o mesmo que vedete: pessoa que sobressai. Popularmente, aqui no Brasil, o vocábulo vedete está relacionado a toda pessoa que deseja aparecer, ter sucesso a qualquer custo.
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita