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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 443 - 6 de Dezembro de 2015

ANTONIO CESAR PERRI DE CARVALHO
acperri@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)

 

 

Refugiados na Europa


Em novembro, por ocasião de viagem a cidades suíças e a Viena, principalmente nesta última, manifestamos interesse em conhecer a realidade dos refugiados de países do Oriente Médio que têm chegado à capital austríaca. Não há apenas sírios, mas também iraquianos e afegãos.

Como se sabe, a Áustria é um dos roteiros dos refugiados, como rota de passagem ou para permanência. Soubemos que ali já aconteceram momentos críticos, quando algumas estações ficaram superlotadas, com o agravamento do fechamento de algumas fronteiras e a suspensão temporária de algumas rotas ferroviárias.

Estivemos numa das estações vienenses, a Westbannhoff, onde ao lado funciona uma sede da Cáritas, que é uma grande instituição católica internacional. Ali, os refugiados são temporariamente albergados, recebem roupas e material de higiene pessoal e são encaminhados para postos de atendimento governamental onde frequentam cursos de alemão e são orientados para ocupações de trabalho. Junto à Cáritas, atuam muitos voluntários, principalmente os que falam o árabe. Ali soubemos que há plantonistas brasileiros e conhecemos, em instituição espírita, pessoas que fazem campanhas em favor dos refugiados e também uma assistente social que lida com eles em trabalho junto a órgão assistencial governamental.

Claramente se percebe que os refugiados são egressos de várias condições sociais. Na Cáritas vimos pessoas de excelente aparência escolhendo roupas doadas. Nas cercanias e na própria estação vimos família sentada no chão e muitos jovens circulando com alguns poucos pertences. No conjunto, o cenário é triste e provoca muitas reflexões sobre as condições do mundo de nossos dias.

O governo da Áustria tem oferecido condições de permanência para muitos refugiados. Todavia, em diálogos com amigos, verificamos que ocorrem posições diferentes no seio da população: os que apoiam e aqueles que tendem a uma reação discriminatória e contrária. Inclusive, alguns interlocutores se mostraram preocupados com eventuais acirramentos de posturas autóctones.  

Em diálogos e após palestras nossas, inclusive na Suíça, fizeram-nos perguntas sobre a visão espírita a respeito da relação entre Europa e as populações que emigram do Oriente Médio e da África, em condições dramáticas. Evidentemente que os mecanismos reencarnatórios com base na lei de causa e efeito e o popular conceito da “lei do retorno” esclarecem tais situações. Ao longo de milênios e até recentemente quantos equívocos se estabeleceram nas relações entre os países e os descendentes dos povos do entorno do Mar Mediterrâneo e da Europa em geral!

O momento grave – tangenciando questões políticas, econômicas, sociais, religiosas e de segurança – somente poderá ser amenizado, como comentaram nossos interlocutores, com ação coordenada da União Europeia, e entendemos que com amplo apoio dos vários segmentos da sociedade, mas pautados em princípios de respeito à diversidade, fraternidade e solidariedade. Como a essência dos ensinos do Cristo pode ser valiosa para o balizamento de ações realmente humanitárias!

Como reflexão lembramos que o ex-doutor da Lei, o intimorato Paulo de Tarso, chegou a Roma como prisioneiro e sobrevivente de naufrágio durante a travessia do Mediterrâneo... (Atos). Nos seus escritos o apóstolo da gentilidade anotou sobre o esforço de sermos “embaixadores do Cristo” (2 Cor. 5:20), e este relatou a parábola do bom samaritano como balizamento para a “regra áurea”! 
 

Antonio Cesar Perri de Carvalho, ex-presidente da FEB e da USE-SP, é membro da Comissão Executiva do CEI e do Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier.


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita