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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 443 - 6 de Dezembro de 2015

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

 

Tempo de renovação 


“As estações sucedem-se no seu ritmo imponente. O Inverno é o sono das coisas; a Primavera é o acordar; o dia alterna com a noite; ao descanso segue-se a atividade; O Espírito ascende às regiões superiores para tornar a descer e continuar com forças novas a tarefa interrompida.”  (Léon Denis, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, capítulo XVII.)

Estas palavras de Léon Denis, vistas de um ângulo apenas, mostram ciclos evolutivos de unidades em si como se cada coisa caminhasse independentemente umas das outras: as estações do ano, os dias e noites, o nascer e o renascer.

Há, todavia, que se entender que enquanto uns descansam outros trabalham, nessa eterna sucessão entre o fim e o recomeço. Para que o Inverno durma seu sono, a Terra trabalha no seu movimento de translação em torno do Sol; para que o dia se faça, quem trabalha permanentemente é o Sol; no descanso da Alma trabalham as células do corpo, refazendo suas energias para outras atividades; o Espírito, no mundo espiritual,  é o arquiteto de sua moradia futura, mas é ele mesmo,  quando  encarnado, que faz a construção. 

É nestes ciclos entre o bem e o mal, a guerra e a paz, o amor e o ódio, entre o nascer e o renascer, que a Alma se refaz e progride, desfazendo-se do mal, da guerra, do ódio, até não mais renascer. Mas ninguém caminha independente dos outros. Sempre estamos acompanhados em nossas lições e tarefas. Ninguém nasce sozinho, ninguém sabe tudo sozinho, exceto Deus.

A Lei de Sociedade nos impõe a lei de cooperação ou de auxílio mútuo e esta nos impõe a obrigação de respeitar o direito dos outros para que se cumpra a Lei Divina, que dá a cada um segundo suas obras. O homem, portanto, ao realizar sua atividade, deve ligar-se à ideia de fraternidade e do respeito ao próximo, sem egoísmo e orgulho, que são os sinais vermelhos na caminhada do Espírito ou sinal de trânsito interrompido rumo à libertação, como disse André Luiz.

Nós, encarnados, estamos no inverno para a Alma, ou tempo de renovação para o Espírito. Junho, julho e agosto é tempo de inverno no Hemisfério Sul, mas também é tempo de renovação para outras colheitas.

Neste fim de milênio estamos num ciclo evolutivo da Humanidade e num tempo de refazimento para a nova jornada como Mundo de Regeneração. A Natureza dá seus passos, cabe a cada Alma acompanhá-la, pelo menos, se não quiser ficar para trás. 

A Natureza, entretanto, não dá saltos, caminha incessante e imperceptível. Também nós não mudaremos de uma hora para outra em nosso comportamento se não  revermos os próprios atos; nem o Brasil será o coração do mundo se não se extirparem de seus caminhos as gorduras egoístas que perturbam a circulação do bem e dos bens. Está na hora de reflexão mais profunda para cada Alma deste mundo, encarnada ou desencarnada, se não quiser passar pelas consequências de suas atitudes reprováveis.

Quando Jesus disse: “Dai a César o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus”, certamente não quis dizer que o mundo de César estava excluído do mundo de Deus. Ele propôs que não misturássemos nossa intenção, fugindo aos compromissos assumidos como Espírito, mas que burilássemos nossa inteligência no exercício do progresso material e aprimorássemos nossa moral na prática do bem. Se religiosos cegos dessa realidade espiritual pensam que podem ganhar o paraíso pelo arrependimento e confissões, um espírita, por certo, sabe que a lei de causa e efeito existe sempre,  porquanto a Sabedoria divina se encontra na liberdade de escolha que dá a cada um, para que cada qual possa assumir suas responsabilidades.  Deus não castiga nem premia. Sua lei se aplica aos que não se arrependem e aos que se arrependem, aos confessados ou não, na medida exata das intenções que realizam suas obras.

Estamos no inverno para a Alma, ou tempo de renovação para o Espírito. Aproveitemos esta oportunidade, renovemo-nos, revendo nosso comportamento egoísta e orgulhoso, e ajudemos a renovar os outros, a família, os amigos, a Pátria, para que na Primavera tenhamos um mundo melhor, com flores o tempo todo, para alegrar a vida de todos nós; e para que tenhamos  perfume permanente para coroar a vitória dos que têm a paz na consciência pelo dever cumprido. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita