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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 9 - N° 442 - 29 de Novembro de 2015

 
 

 

A Leoa e a gruta

 

Certa vez, uma leoa estava procurando lugar para acomodar-se com seus filhotes, que nasceriam a qualquer momento. Achou uma gruta desocupada e ali se instalou.
 

Logo nasceram seus lindos filhotes, e ela os limpava com sua língua, toda feliz da família que tinha agora. E logo eles começaram a mamar, retirando das tetas da mãe o necessário a sua sustentação.

E naquela gruta tudo era alegria.

Um dia a Leoa saiu para passear com seus dois filhotes, mais crescidos e espertos para procurar comida e, ao voltar para a gruta, encontrou outra família instalada: era uma Loba.

Cheia de indignação, a Leoa começou a urrar, ameaçadora, acompanhada pelos filhotes que iniciavam suas tentativas de chamar atenção dos outros animais, ao ver a reação da mãe, entendendo que era um inimigo.

— O que está fazendo aqui? Esta casa é minha! — urrou a Leoa, feroz.

Ao ouvir isso, a Loba, que era um animal que sabia se defender diante do perigo, respondeu:

— Peço-lhe desculpas, dona Leoa, porém não sabia que esta gruta já estava ocupada! — E começou a chorar, lamentando-se.
 

— Caí numa armadilha e perdi-me da minha alcateia! Estou cansada de tanto caminhar e aguardo filhotes que estão para nascer. É época de começarem as chuvas e não tenho casa, nem sei para onde ir! Preciso arranjar um lugar para ficar!...

Depois, ela parou de falar e uivou, olhando para o alto:
 

— Ah! Que tristeza! Veja dona Leoa, vai chover e logo tudo estará molhado aqui na floresta. O que farei?...

A Leoa, que ainda tinha os filhotes pequenos, olhou para eles, depois para a Loba, e lembrou-se da dificuldade que tivera para encontrar aquela gruta. Então, cheia de piedade, concordou:

— Está bem, dona Loba. Pode ficar, mas não me aborreça. A gruta é grande e cada uma ficará num canto. Assim, não serei incomodada. Combinado?

Muito feliz, a Loba respondeu:

— Combinado. Sou-lhe muito grata, dona Leoa. A senhora é realmente muito generosa. Ficarei em qualquer canto, desde que possa ter meus filhotes em paz.

Resolvida essa questão, a Loba instalou-se. Assim, tanto a Leoa quanto a Loba procuraram viver bem, já que tinham que morar sob o mesmo teto.

Não demoraram muito, os filhotes da Loba nasceram e foram recebidos com alegria pela Leoa, que saiu a procurar alimento para a mamãe Loba e seus cinco filhotes. Chegando, distribuiu a comida entre todos, que ficaram satisfeitos.

Porém a Loba, animal perigoso e cheio de manhas, resolveu que iria ficar com a gruta para ela e seus filhotes somente. Assim, mais fortalecida pela alimentação que a Leoa lhe trazia, certo dia ela resolveu expulsar a Leoa. E, apesar de tamanho menor, era mais agressiva que a Leoa, que ela colocou para fora da gruta com os filhotes.

Sem ter para onde ir, a Leoa ficou preocupada, pois ameaçava tempestade e o céu estava escuro. Então, ela subiu em uma imensa árvore com sua família, acomodou-se num grande galho, abrigando-se debaixo da ramagem dele, e ali ficou mantendo os pequenos sob seu corpo.
 

Logo a tempestade caiu. Os raios e trovões assustavam os filhotes, que tremiam aconchegados ao corpo da mamãe Leoa.

Algumas horas depois, quando a tempestade havia passado, e o sol aparecia no meio das nuvens, a Leoa desceu da árvore com seus filhotes, agora alegres e brincalhões.

Andando pela floresta, a Leoa e seus pequenos se aproximaram da gruta onde moravam antes e um macaquinho que passava, ao vê-la, perguntou-lhe:

— Dona Leoa, a senhora sabe o que aconteceu com a Loba e seus filhotes, que viviam naquela gruta, pela sua bondade?

— Não, macaquinho. Não sei!

— Pois é, dona Leoa. A gruta foi inundada pela chuva e eles tiveram que sair rápido de lá para não morrerem afogados!

A Leoa agradeceu a informação do macaquinho, considerando:

— Então, a Loba me fez um favor! Porque, se eu estivesse lá, talvez tivesse morrido junto com meus filhotes. Lamento por ela e sua família.

Assim, a Leoa arrebanhou seus filhotes pensando que escapara de boa. A Loba quisera prejudicá-la e, na verdade, prejudicara a si mesma e à sua família. E murmurou baixinho:

— Meu ato de bondade foi bom, pois salvou-nos a vida. Que o Senhor ampare a Loba e seus filhotes onde estiverem! E que ela aprenda essa lição.  

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 12/10/2015.)         


                                                   
 


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