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O Espiritismo responde
Ano 9 - N° 441 - 22 de Novembro de 2015
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Em carta data de 12 de novembro e publicada nesta edição, o leitor Domingos Antero da Silva, de Limeira (SP), escreveu-nos o seguinte: 

Na literatura espírita encontramos informações de que, dentre os exilados de Capela, os egípcios foi um dos povos que retornaram a Capela. Como pode isto ter ocorrido se os relatos bíblicos colocam os egípcios como o povo que escravizou e explorou os hebreus (povo escolhido para receber o Cristo) e era um povo de muitos deuses? Será que a escravização do povo hebreu foi uma estória e não história? O que propiciou a volta dos egípcios ao planeta Capela? Há literatura espírita sobre isto? 

A ideia de que a chamada raça adâmica, representada na figura de Adão e seus descendentes, foi constituída por Espíritos exilados de um planeta distante para a Terra, está presente na obra de Allan Kardec, no cap. XI, item 45, do livro A Gênese, em que se lê: 

A raça adâmica apresenta todos os caracteres de uma raça proscrita. Os Espíritos que a integram foram exilados para a Terra, já povoada, mas de homens primitivos, imersos na ignorância, que aqueles tiveram por missão fazer progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida. Não é esse, com efeito, o papel que essa raça há desempenhado até hoje? Sua superioridade intelectual prova que o mundo donde vieram os Espíritos que a compõem era mais adiantado do que a Terra. Havendo entrado esse mundo numa nova fase de progresso e não tendo tais Espíritos querido, pela sua obstinação, colocar-se à altura desse progresso, lá estariam deslocados e constituiriam um obstáculo à marcha providencial das coisas. Foram, em consequência, desterrados de lá e substituídos por outros que isso mereceram. (A Gênese, cap. XI, item 45.) 

Apesar disso, a única obra realmente confiável que trata do assunto é o livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier no período de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938. É nela que se relata toda a saga relacionada com a vinda dos chamados “exilados de Capela” e sua localização em diversos pontos do nosso planeta.

O Egito antigo teria sido um deles, ao qual Emmanuel dedicou o cap. IV da obra citada, intitulado “A civilização egípcia”. Nesse capítulo o leitor encontrará os motivos pelos quais os Espíritos que formaram a civilização egípcia teriam sido os primeiros a retornar ao planeta de origem.

Eis, extraídas desse capítulo, algumas informações que nos ajudarão a compreender tal fato: 

1. Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do Bem e no culto da Verdade. Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina.  

2. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. 

3. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. 

4. Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas. 

5. Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do Homem e da Natureza. As massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes festividades exteriores da religião. Já os sacerdotes da época conheciam essa fraqueza das almas jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as expressões esotéricas de suas lições sublimadas. 

6. As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual. Os papiros nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido, e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas.  

7. A assistência carinhosa do Cristo não desamparou a marcha desse povo cheio de nobreza moral. Enviou-lhe auxiliares e mensageiros, inspirando-o nas suas realizações, que atravessaram todos os tempos provocando a admiração e o respeito da posteridade de todos os séculos. 

8. Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservaram-se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões. (A Caminho da Luz, cap. IV.)

Acerca da suposta escravização do povo hebreu pelos egípcios, devemos ver tal ideia com bastante reserva. Afinal, José do Egito, que chegou a um importante cargo na alta administração do Egito, foi um dos filhos de Jacó e Raquel, sobre o qual, aliás, vale a pena ler a obra O Chanceler de Ferro, romance mediúnico de autoria de John Wilmot Rochester, psicografado pelo médium Wera Krijanowsky.
 
 


 
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