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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 441 - 22 de Novembro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 7)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Por que há pessoas que desdenham Jesus e seus ensinamentos?

Muitos de nós, incapazes de discernir o que podemos fazer em relação ao que devemos, atribuímo-nos recursos de que não dispomos. Ao invés de nos esforçarmos por viver a lídima fraternidade, nos separamos em grupos que se hostilizam reciprocamente, semeando discórdias e divisionismos ingratos, que se nos transformam em algemas de sombra e de dor. E mesmo quando convidados por Jesus para uma saudável mudança de conduta, as vaidades intelectuais hauridas nas Academias ou fora delas nos assaltam, conduzindo-nos à soberba e fazendo-nos desdenhar o Mestre. Em decorrência dessa perturbadora atitude, derrapamos em lamentáveis situações de angústia e de desajuste, que nos têm mantido distantes do conhecimento profundo do Espírito. É essa postura doentia, gerada pela vaidade e sustentada pelas ilusões do corpo, que nos tem desviado do roteiro que deveríamos seguir, a fim de conquistarmos por definitivo a plenitude na vida eterna. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

B. De que modo se dá a aprendizagem, tão importante no processo que nos conduzirá à perfeição?

Segundo Dr. Inácio Ferreira, mesmo nas aparentes existências malsucedidas as pessoas adquirem valores que irão contribuir para a sua plena realização, porquanto nada permanece inútil nesse processo ascensional. A aprendizagem é, portanto, conseguida através do erro e do acerto, da percepção do fato e de como realizá-lo, bem como da iluminação, que são verdadeiras metodologias para aprimorar cada aluno na Escola da vida. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

C. Como se inicia o processo obsessivo?

Ele se inicia de forma sutil e perversa. Salvo os casos de agressão violenta, a obsessão instala-se nos painéis mentais através dos delicados tecidos energéticos do perispírito até alcançar as estruturas neurais, perturbando as sinapses e a harmonia do conjunto encefálico. Ato contínuo, o quimismo neuronial se desarmoniza, dando lugar aos distúrbios da razão e do sentimento. Noutras vezes, a incidência da energia mental do obsessor sobre o paciente invigilante irá alcançar, mediante o sistema nervoso central, alguns órgãos físicos que sofrerão desajustes e perturbações, registrando distonias correspondentes e comportamentos alterados. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

Texto para leitura 

43. Por que há pessoas que desdenham o Mestre – Na sequência de sua fala, Dr. Inácio disse: “Esse comportamento malsão tem-nos gerado antipatias que poderiam ser evitadas, atritos que não se encontravam programados, preconceitos que somente nos têm retido na retaguarda. Incapazes de discernir o que podemos fazer em relação ao que devemos, atribuímo-nos recursos de que não dispomos; ao invés de nos esforçarmos por viver a lídima fraternidade, nos separamos em grupos que se hostilizam reciprocamente, semeando discórdias e divisionismos ingratos, que se nos transformam em algemas de sombra e de dor. Mesmo quando convidados por Jesus para uma saudável mudança de conduta, as vaidades intelectuais hauridas nas Academias ou fora delas nos assaltam, conduzindo-nos à soberba e fazendo-nos desdenhar o Mestre que não frequentou Escolas especializadas, por considerarem-nO mito ou arquétipo embutido em nosso inconsciente. Em decorrência dessa perturbadora atitude, derrapamos em lamentáveis situações de angústia e de desajuste, que nos têm mantido distantes do conhecimento profundo do Espírito, somente ele capaz de nos libertar totalmente da ditadura do ego. É essa postura doentia, gerada pela vaidade e sustentada pelas ilusões do corpo, que nos tem desviado do roteiro que deveremos seguir, a fim de conquistarmos por definitivo a plenitude na vida eterna”. E o nobre instrutor acrescentou: “Soa, no entanto, o momento próprio para a nossa definição espiritual frente aos desafios que nos chegam e aos apelos que nos são dirigidos de toda parte, seja dos corações aflitos no corpo físico ou daqueloutros que se perderam nos dédalos das paixões primitivas de que ainda não se conseguiram libertar. Não é, desse modo, por acaso, que aqui nos reunimos mais uma vez sob as bênçãos do sábio Psicoterapeuta, que é Jesus”. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

44. A aprendizagem é conseguida através do erro e do acerto – Houve uma breve pausa, para facultar-nos acompanhar com atenção os enunciados oportunos. Suave brisa perpassava pelo amplo anfiteatro. Todos nos mantínhamos serenos e atentos, sintonizados com o pensamento do expositor, que logo prosseguiu lembrando-nos que a grandeza da vida se expressa através de inumeráveis maneiras, porquanto, envolvido pelo corpo físico ou sem ele, estua rico de vida o ser espiritual. Enquanto mergulhado no denso véu da carne, entorpece-lhe parte do discernimento e a visão global se lhe torna limitada. No entanto, ao despir-se do envoltório material, é recuperada a plenitude das funções, podendo avaliar o resultado das experiências vividas, das construções edificadas e dos planos anteriormente traçados, se foram executados conforme sua elaboração ou se houve malogro entre a intenção e a ação. Jamais lhe falta, porém, a divina misericórdia amparando, inspirando, conduzindo, ensejando o crescimento infinito do Espírito, embora, em face da rebeldia que se demora na conduta de expressiva maioria, eis que o homem adia de novo a felicidade, equivocando-se, para depois reparar, comprometendo-se, para mais tarde recuperar-se, adquirindo resistências, para vencer o mal que nele permanece, avançando sempre e sem cessar. Dr. Inácio explicou então que mesmo nas aparentes existências malsucedidas a pessoa adquire valores que irão contribuir para a sua plena realização, porquanto nada permanece inútil nesse processo ascensional. A aprendizagem é, portanto, conseguida através do erro e do acerto, da percepção do fato e de como realizá-lo, bem como da iluminação, que são verdadeiras metodologias para aprimorar cada aluno na Escola da vida. E aduziu: “É mediante esse agir e arrepender-se, quando equivocado, que surgem as vinculações dolorosas, exigindo reparações igualmente aflitivas. Isso, porque, raramente, o erro é individual. Quase sempre acontece envolvendo outras pessoas com as quais se convive ou junto a quem se estabelecem programas de afetividade, de interesses comuns, de lutas necessárias. E toda vez que alguém defrauda a confiança, ou burla o respeito e a dignidade de outrem, estabelecem-se vínculos perturbadores entre o agente e a sua vítima que, destituída de elevação moral, ao invés de esquecer e perdoar, atormenta-se nos cipoais da vingança, desejando cobrar os males de que se crê objeto. Não estando preparados para entender que o mecanismo do progresso exige disciplina e testemunho, os temperamentos arbitrários rebelam-se e se propõem fazer justiça com as próprias mãos, em atentado grave contra a ordem estabelecida e a própria Vida”. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

45. Ninguém pode ser juiz em causa própria – Prosseguiu o nobre instrutor lembrando que ninguém pode ser juiz honesto em causa própria, por impossibilidade de harmonizar ou de eliminar as emoções que ditam comportamentos quase sempre egoísticos e perturbadores. Assim, as malhas da rede obsessiva se vão estabelecendo, vinculando negativamente uns indivíduos aos outros, aqueles que se agridem e se desconsideram. Por consequência, a obsessão é pandemia que permanece quase ignorada, embora a sua virulência, para a qual, na sua terrível irrupção, ainda não cogitaram os homens de providenciar vacinas preventivas ou terapias curadoras. Tão antiga e remota quanto a própria existência terrestre — por decorrência das afinidades perturbadoras entre os homens — todos os Guias religiosos se lhe referiram com variedade de designações, sempre utilizando-se dos mesmos métodos para a sua erradicação: o amor, a piedade, a paciência e a caridade para com os envolvidos na terrível trama. Desejando que o auditório absorvesse as reflexões psicológicas e históricas da sua proposta, Dr. Inácio silenciou por breves segundos e depois prosseguiu: “Graças à valiosa contribuição científica do Espiritismo no laboratório da mediunidade, constatando a sobrevivência do ser e o seu intercâmbio com as criaturas terrestres, a obsessão saiu do panteão místico para fazer parte do dia a dia de todos aqueles que pensam. Enfermidade de origem moral, exige terapêutica específica radicada na transformação espiritual para melhor, de todos aqueles que lhe experimentam a incidência. Ocorre, no entanto, como é fácil de prever-se, que essa psicopatologia, qual sucede com outras tantas, sempre apresenta, no paciente que a sofre, graves oposições para o seu tratamento. Quando, ainda lúcido, o mesmo se recusa receber a conveniente orientação, e, à medida que se lhe faz mais tenaz, as resistências interiores se expressam mais vigorosas. De um lado, em razão da vaidade pessoal, para não parecer portador de loucura, particularmente porque assim se sente, e, por outro motivo, quando sob os camartelos das obsessões, porque o agente do distúrbio cria dificuldades no enfermo, transmitindo-lhe reações violentas, para ser evitado o tratamento especial”. Ele disse, então, que em todos os casos o tempo exerce o papel elevado de convencer a vítima da parasitose espiritual quanto à necessidade de submeter-se aos cuidados libertadores. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

46. A obsessão se inicia de forma sutil – Focalizando de modo especial o tema obsessão, Dr. Inácio asseverou: “Iniciando-se de forma sutil e perversa, a obsessão, salvados os casos de agressão violenta, instala-se nos painéis mentais através dos delicados tecidos energéticos do perispírito até alcançar as estruturas neurais, perturbando as sinapses e a harmonia do conjunto encefálico. Ato contínuo, o quimismo neuronial se desarmoniza, face à produção desequilibrada de enzimas que irão sobrecarregar o sistema nervoso central, dando lugar aos distúrbios da razão e do sentimento. Noutras vezes, a incidência da energia mental do obsessor sobre o paciente invigilante irá alcançar, mediante o sistema nervoso central, alguns órgãos físicos que sofrerão desajustes e perturbações, registrando distonias correspondentes e comportamentos alterados. Quando se trata de Espíritos inexperientes, perseguidores desestruturados, a ação magnética se dá automaticamente, em razão da afinidade existente entre o encarnado e o desencarnado, gerando descompensações mentais e emocionais. Todavia, à medida que o Espírito se adestra no comando da mente da sua vítima, percebe que existem métodos muito mais eficazes para uma ação profunda, passando, então, a executá-la cuidadosamente. Ainda, nesse caso, aprende com outros cômpares mais perversos e treinados no mecanismo obsessivo as melhores técnicas de aflição, agindo conscientemente nas áreas perispirituais do desafeto, nas quais implanta delicadas células acionadas por controle remoto, que passam a funcionar como focos destruidores da arquitetura psíquica, irradiando e ampliando o campo vibratório nefasto, que atingirá outras regiões do encéfalo, prolongando-se pela rede linfática a todo o organismo, que passa a sofrer danos nas áreas afetadas”. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

47. Muita falta faz a palavra de Jesus no coração de todos nós – Completando as explicações sobre o mecanismo da ação obsessiva, Dr. Inácio aduziu: “Estabelecidas as fixações mentais, o hóspede desencarnado lentamente assume o comando das funções psíquicas do seu hospedeiro, passando a manipulá-lo a bel-prazer. Isso, porém, ocorre, em razão da aceitação parasitária que experimenta o enfermo, que poderia mudar de comportamento para melhor, dessa forma conseguindo anular ou destruir as induções negativas de que se torna vítima. No entanto, afeiçoado à acomodação mental, aos hábitos irregulares, compraz-se no desequilíbrio, perdendo o comando e a direção de si mesmo. Enquanto se vai estabelecendo o contato entre o assaltante desencarnado e o assaltado, não faltam a este último inspiração para o bem, indução para mudança de conduta moral, inspiração para a felicidade. Vitimado, em si mesmo, pela autocompaixão ou pela rebeldia sistemática, desconsidera as orientações enobrecedoras que lhe são direcionadas, acolhendo as insinuações doentias e perversas que consegue captar. Muita falta faz a palavra de Jesus no coração e na mente das criaturas humanas em ambos os lados da vida. Extraordinária fonte de sabedoria, as Suas lições constituem mananciais de saúde e de paz que plenificam, assim que sejam vivenciadas, imunizando o ser contra as terríveis perturbações de qualquer ordem. Mas o mundo ainda não compreende conscientemente o significado do Mestre na sua condição de Modelo e Guia da humanidade, o que é lamentável, sofrendo, as consequências dessa indiferença sistemática”. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.) (Continua no próximo número.)

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita