WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória
Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 9 - N° 441 - 22 de Novembro de 2015

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O que é o Espiritismo

Allan Kardec

(Parte 19 e final)
 

Concluímos nesta edição o estudo do livro O que é o Espiritismo, obra que surgiu em Paris em julho de 1859. O estudo foi aqui apresentado em 19 partes. As páginas citadas no texto sugerido para leitura referem-se à 20ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. As respostas às questões propostas encontram-se após o texto mencionado.

Questões para debate

A. Qual é a causa dos males que afligem a humanidade? 

B. Qual a explicação espírita para o fato de muitas pessoas nascerem na indigência enquanto outros nascem na opulência?   

C. Qual é a situação da alma logo depois da morte do corpo? 

Texto para leitura 

183. Na morte natural, o desprendimento da alma se opera gradualmente e sem abalo, começando, às vezes, mesmo antes que a vida esteja extinta. Na morte violenta, por suplício, suicídio ou acidente, os laços são partidos bruscamente; o Espírito, surpreendido, fica como que tonto com a mudança nele efetuada, e não acha explicação para a sua situação. Um fenômeno mais ou menos comum em tal caso é pensar que não esteja morto, podendo essa ilusão durar muitos meses e até muitos anos. Nesse estado, ele se locomove, julga ocupar-se dos seus negócios e mostra-se espantado de não lhe responderem quando fala com alguém. (Cap. III, item 149, pp. 210 e 211.) 

184. A mesma ilusão post mortem se nota, fora dos casos de morte violenta, em muitos indivíduos cuja vida foi absorvida pelos gozos e interesses materiais. (Cap. III, item 149, pág. 211.) 

185. Livre do invólucro material, o Espírito de uma criança morta em tenra idade volta a ter as faculdades que tinha antes da sua encarnação. Como não passou mais que alguns instantes na vida corpórea, não sofre modificação nas faculdades. (Cap. III, item 154, pág. 212.) 

186. O Espírito de um menino pode falar como um adulto, porque pode ser um Espírito adiantado. Se algumas vezes adota a linguagem infantil é para não tirar à mãe o encanto que sempre está ligado à afeição de um ente frágil, delicado e adornado com as graças da inocência. (Cap. III, item 154, pág. 212.) 

187. A entrada no mundo dos Espíritos não dá à alma todos os conhecimentos que lhe faltavam na Terra. Depois da morte, elas progridem mais ou menos, segundo sua vontade, e algumas se adiantam muito, mas precisam pôr em prática, durante a vida corporal, o que adquiriram em ciência e moralidade. (Cap. III, item 156, pág. 213.) 

188. Os Espíritos têm ocupações na vida espiritual relacionadas com o seu grau de adiantamento. (Cap. III, item 159, pág. 214.) 

189. A Igreja reconhece hoje que o fogo do inferno é todo moral e não material, mas não define a natureza dos sofrimentos. Segundo os Espíritos, essas penas não são uniformes: variam infinitamente, segundo a natureza e o grau das faltas cometidas, sendo quase sempre essas faltas o instrumento do seu castigo. Assim é que certos assassinos são obrigados a conservar-se no próprio lugar do crime e a ver suas vítimas incessantemente; que o homem de gostos sensuais e materiais conserva esses pendores juntamente com a impossibilidade de satisfazê-los; que certos avarentos julgam sofrer o frio e as privações que suportaram na vida por sua avareza; que outros se conservam junto aos tesouros que enterraram, com medo de que os roubem, etc. Em uma palavra, não há um defeito, uma imperfeição moral, um ato mau que não tenha, no mundo espiritual, seu reverso e suas consequências naturais. Para isso, não existe necessidade de um lugar determinado e circunscrito. Onde quer que se ache o Espírito perverso, o inferno estará com ele. (Cap. III, item 160, pág. 215.) 

190. Além dos sofrimentos materiais, há as penas e provas materiais que o Espírito, se não está depurado, experimenta numa nova encarnação, na qual é colocado em condições de sofrer o que fez a outrem sofrer; de ser humilhado, se foi orgulhoso; miserável, se foi avarento; infeliz com seus filhos, se foi mau filho, etc. A Terra é, assim, um dos lugares de exílio e de expiação, um purgatório, para os Espíritos dessa natureza, do qual cada um se pode libertar melhorando-se suficientemente para merecer habitação em mundo melhor. (Cap. III, item 160, pp. 215 e 216.) 

191. A prece é sempre útil às almas sofredoras. Os bons Espíritos a recomendam e os imperfeitos a pedem como meio de aliviar os seus sofrimentos. Além do consolo que propicia, a prece exorta o devedor ao arrependimento. (Cap. III, item 161, pág. 216.) 

192. A felicidade dos bons Espíritos consiste em conhecer todas as coisas, não sentir ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que infelicitam os homens. O amor que os une é, para os bons Espíritos, a fonte de suprema felicidade, pois não experimentam as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. O estado contemplativo seria uma coisa estúpida e monótona. A vida espiritual é, ao contrário, plena de atividades incessantes pelas missões que os Espíritos recebem do Ser Supremo, como seus agentes no governo do Universo. (Cap. III, item 162, pp. 216 e 217.) 

Respostas às questões propostas

A. Qual é a causa dos males que afligem a humanidade? 

Os males da humanidade da Terra são a consequência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contacto de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros. (O que é o Espiritismo, capítulo III, item 132.)

B. Qual a explicação espírita para o fato de muitas pessoas nascerem na indigência enquanto outros nascem na opulência?   

Esse efeito tem, evidentemente, uma causa. Se essa causa não é encontrada na vida presente, deve achar-se antes desta. O Espiritismo nos mostra que mais de um homem nascido na miséria foi rico e considerado numa existência anterior, na qual fez mau uso da fortuna que Deus o encarregou de gerir. Nem sempre, porém, uma vida penosa é fruto de expiação; muitas vezes é prova escolhida pelo Espírito, que vê nela um meio de avançar mais rapidamente, conforme a coragem com que saiba suportá-la. A riqueza é também uma prova, mais perigosa até que a miséria, pelas tentações que dá e pelos abusos que enseja. O exemplo dos que passaram pela Terra demonstra ser ela uma prova em que a vitória é mais difícil. (Obra citada, capítulo III, item 134.) 

C. Qual é a situação da alma logo depois da morte do corpo? 

No momento da morte tudo se apresenta confuso. É-lhe preciso algum tempo para se reconhecer. O tempo da perturbação sequente à morte é muito variável; pode ser de algumas horas, como de muitos dias, meses e mesmo de muitos anos. Essa perturbação nada tem de penosa para o homem de bem, mas é cheia de ansiedade e de angústias para o indivíduo cuja consciência não é pura e amou mais a vida corporal que a espiritual. (Obra citada, capítulo III, itens 144, 145 e 153.) 

 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita