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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 440 - 15 de Novembro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 6)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Em que circunstâncias se verificou a morte corpórea de Ludgério?

Discutindo com outro companheiro embriagado, comparsa habitual das extravagâncias alcoólicas, num dos bares em que se homiziavam, Ludgério foi acometido de grande loucura e, totalmente alucinado, tomou de uma faca exposta no balcão da espelunca, cravando-a, repetidas vezes, no antagonista, mesmo após tê-lo abatido e morto. A cena de sangue, odienta e ultrajante, provocou a ira dos passantes e comensais do repelente recinto que, inspirados pelos perversos e indigitados Espíritos vampirizadores, se atiraram contra o alcoólatra, linchando-o sem qualquer sentimento de humanidade, antes que a polícia pudesse ou quisesse interferir. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

B. Teria falhado a ajuda espiritual em favor de Ludgério?

Tal fora o pensamento do autor desta obra, até que o tempo, o grande consolador, o esclareceu com as luzes soberanas da lógica do Espiritismo. Após a morte física, ainda interessado no caso Ludgério, ele tentou encontrá-lo, sem o conseguir. Soube, por fim, que aquele que lhe fora vítima do homicídio infame era um dos comparsas anteriores, que se desaviera quando da partilha de terras que haviam sido espoliadas de camponeses humildes que lhes sofriam a dominação arbitrária, tornando-se-lhe igualmente adversário. Desde então, unidos pelos crimes, uma ponte de animosidade fora distendida entre eles. Como os adversários espirituais se vinculavam a ambos, encontraram campo vibratório propício para o assassinato de cunho espiritual. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

C. Por que, na visão do Dr. Inácio Ferreira, não temos conseguido avançar quanto seria desejável?

Isso decorre do fato de que, jugulados às ações que não soubemos praticar com a elevação necessária, repetimos comportamentos e, vitimados pela preguiça mental, formamos grupos de repetidores de lições que permanecem inaproveitadas. O egoísmo, esse algoz implacável de cada um de nós, tem sido o adversário declarado do nosso processo de desenvolvimento espiritual. Em face de sua dominação, resvalamos para o orgulho e a presunção, atribuindo-nos valores que estamos longe de possuir. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

Texto para leitura 

38. O mal devora aqueles que o vitalizam – Na continuidade do diálogo com o obsessor, o doutrinador disse-lhe que não podemos confundir a Doutrina do Mestre com os homens que dela se utilizam para atendimento das próprias misérias e paixões imediatistas. Longe dos sentimentos que apregoam, exploram e mentem, enganando-se a si mesmos e àqueles que se deixam conduzir pelas suas urdiduras. O Mestre ofereceu-se em holocausto, mesmo quando todos O abandonaram. O Espírito, contudo, foi enfático: “Nunca lhe concederemos ocasião de repetir o que já fez, e temos pressa em concluir a tarefa iniciada”. O doutrinador preferiu, em face disso, silenciar. O momento não era para discussão verbal, nem para debate inútil. As pessoas presentes no recinto, recolhendo-se em oração, escutaram então suas derradeiras palavras: “O mal devora aqueles que o vitalizam, nós o sabemos. Enquanto não chega a nossa vez, tornamo-nos os instrumentos hábeis para que essa lei se cumpra sem qualquer desvio...” Porque não existem violências em nossos compromissos para com a vida, o Espírito resolveu afastar-se do médium, ou foi retirado carinhosamente pelo Mentor. Posteriormente, o Instrutor disse que a hora era grave e que somente o esforço do paciente poderia modificar os planos de vindita elaborados pelos seus desafetos, o que parecia bastante difícil. Não passaram duas semanas, e todos ficaram cientes da tragédia em que se envolveu o pobre Ludgério, pondo fim à sua existência física. Discutindo com outro companheiro embriagado, comparsa habitual das extravagâncias alcoólicas, num dos bares em que se homiziavam, foi acometido de grande loucura e, totalmente alucinado, tomou de uma faca exposta no balcão da espelunca, cravando-a, repetidas vezes, no antagonista, mesmo após tê-lo abatido e morto. A cena de sangue, odienta e ultrajante, provocou a ira dos passantes e comensais do repelente recinto que, inspirados pelos perversos e indigitados Espíritos vampirizadores, se atiraram contra o alcoólatra, linchando-o sem qualquer sentimento de humanidade, antes que a polícia pudesse ou quisesse interferir. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

39. Teria falhado a ajuda espiritual em favor de Ludgério? – Todo linchamento, diz Manoel Philomeno, demonstra o primarismo em que ainda permanece o ser humano. Resulta da explosão do ódio que acomete os imprevidentes, que passam a servir de instrumentos inconscientes de hordas espirituais perversas, que dão vazão aos sentimentos vis através das paixões desordenadas. A hedionda cena do Calvário é bem o exemplo desse fenômeno de primitivismo em que estagiam muitos indivíduos. Aquele Homem, que somente amara e o bem fizera, fora escarnecido, abandonado, crucificado, após um julgamento arbitrário, apoiado pela massa que dele tanto recebera. E mesmo na cruz, inspirados pelas hostes selvagens da erraticidade inferior, bradavam irônicos, aqueles que se Lhe fizeram de inimigos de última hora: — Não és o Messias? Sai, então, da cruz para que vejamos e acreditemos... E estertoravam em alucinadas gargalhadas. Os jornais fizeram estardalhaço sobre o inditoso acontecimento, que somente após a morte foi possível a Manoel Philomeno compreender. Naquela ocasião, ele indagou a si mesmo se teria falhado a ajuda espiritual que se estava iniciando com futuras perspectivas de atenuar o processo obsessivo. Por que os desafetos conseguiram atingir as metas estabelecidas? Por qual razão não foi possível aprofundar terapias mais eficientes em favor dos desencarnados, quando da comunicação psicofônica de um deles? Outras indagações permaneceram bailando em sua mente, até que o tempo, o grande consolador, o esclareceu com as luzes soberanas da lógica do Espiritismo. Após a morte física, ainda interessado no caso Ludgério, ele tentou encontrá-lo, sem o conseguir. Soube, por fim, que aquele que lhe fora vítima do homicídio infame era um dos comparsas anteriores, que se desaviera quando da partilha de terras que haviam sido espoliadas de camponeses humildes que lhes sofriam a dominação arbitrária, tornando-se-lhe igualmente adversário. Desde então, unidos pelos crimes, uma ponte de animosidade fora distendida entre eles. Como os adversários espirituais se vinculavam a ambos, encontraram campo vibratório propício para o assassinato de cunho espiritual. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

40. Como julgar o criminoso que agiu induzido pelos obsessores – Ante esse fato doloroso, em outras circunstâncias, Manoel Philomeno sempre se perguntava como as leis julgariam os criminosos que houvessem sido vítimas dos seus inimigos desencarnados? Puniriam o homicida visível que, por sua vez, se tornara vítima de outros indigitados criminosos? E como alcançar aqueles que se encontram além das sombras terrenas em paisagens imortais excruciantes e permanecem odientos, se escasseiam recursos próprios para a análise e penetração nessas regiões? Eram essas interrogações que lhe ficaram e permaneciam interessando-o, em razão da frequente repetição de delitos dessa ordem e crimes outros sob a inspiração de seres espirituais desencarnados. Igualmente aí se incluem muitos suicídios, nos quais a insidiosa presença e indução de algozes desencarnados respondem pelo ato tormentoso, que diariamente arrebata em todo o mundo grande parcela da sociedade. Agora, certamente, ele teria oportunidade de conseguir respostas com os admiráveis estudiosos do assunto, quando fosse possível reunir mais detalhes a respeito de alguns irmãos delinquentes dentre os internados no Sanatório espiritual. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

41. Homicídios espirituais – Menos de uma semana após a noite de convivência reconfortante com Dr. Bezerra de Menezes, Manoel Philomeno recebeu novo convite, agora firmado por Dr. Inácio Ferreira, para participar de novo encontro que deveria ocorrer no anfiteatro do Nosocômio, e cujo tema que por ele seria debatido tinha por título Homicídios espirituais. À hora aprazada, ele dirigiu-se ao Sanatório da Esperança, onde, em belo recinto, se realizavam diversas conferências e se debatiam temas de interesse comum, pertinentes aos transtornos obsessivos. Alguns dos companheiros que ali se reuniam haviam exercido o sacerdócio médico na Terra, na área da psiquiatria, de que se desincumbiram a contento, porquanto conseguiram conciliar o conhecimento acadêmico com as informações salutares da Doutrina Espírita, que melhor elucidam as psicogêneses das diversas perturbações psíquicas, incluindo a cruel obsessão. Dr. Inácio Ferreira houvera experienciado com muito cuidado, enquanto no corpo físico, o tratamento de diversas psicopatologias incluindo as obsessões pertinazes, no Sanatório psiquiátrico que erguera na cidade de Uberaba, e que lhe fora precioso laboratório para estudos e aprofundamento na psique humana, especialmente no que diz respeito ao inter-relacionamento entre criaturas e Espíritos desencarnados. Ali estava também D. Maria Modesto Cravo, que se revelou abnegada servidora do Bem. De sua segura mediunidade se utilizavam os bons Espíritos, para o ministério do esclarecimento dos estudiosos, assim como para a prática da caridade. Durante muitos anos a digna dama submeteu-se às instruções dos seus abnegados Mentores, trabalhando com disciplina e devotamento, havendo, ao desencarnar, conseguido a palma da vitória, sendo mais tarde convocada para prosseguir no mesmo serviço em nossa esfera da ação. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.)

42. A Terra continua sendo para nós o colo de mãe generosa – No momento reservado para o início da conferência, adentraram o auditório, além do conferencista, o respeitável Eurípedes e D. Maria Modesto. Ato contínuo, e sem desnecessárias explicações, Eurípedes proferiu emocionada oração, logo apresentando o orador, que assomou à tribuna, enquanto seus acompanhantes sentaram-se à mesa. Dr. Inácio encontrava-se sereno e bem apessoado. Ante o silêncio que se fez natural, ele começou a exposição, utilizando-se da saudação que caracterizava os encontros entre os cristãos primitivos: “Que a paz de Deus seja conosco!” Em sua palestra, lembrou o orador que a Terra continua sendo para todos nós o colo de mãe generosa, que nem todos temos sabido preservar em elevado conceito. E asseverou: “Honrados com as oportunidades sucessivas do processo de crescimento interior, sempre nos apresentamos conforme as conquistas realizadas nas experiências anteriores que nos assinalam os passos, havendo contribuído para que rompêssemos as duras algemas da ignorância, da perversidade e do primarismo. Jugulados, porém, às ações que não soubemos praticar com a elevação necessária, repetimos comportamentos ou avançamos sempre tendo em vista a conquista interior de valores que jazem adormecidos. Vitimados pela preguiça mental, em grande número não conseguimos avançar quanto seria desejável, e, por isso, formamos grupos de repetidores de lições que permanecem inaproveitadas. O egoísmo, esse algoz implacável de cada um de nós, tem sido o adversário declarado do nosso processo de desenvolvimento espiritual. Face à sua dominação, resvalamos para o orgulho, a presunção, logo despertamos para a razão, atribuindo-nos valores que estamos longe de possuir. Por consequência, tornamo-nos hipersensíveis em relação à conduta pessoal, disputando créditos que não possuímos em detrimento das demais criaturas nossas irmãs”. (Tormentos da Obsessão, cap. 4 – Novos descortinos.) (Continua no próximo número.)

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita