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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 438 - 1° de Novembro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 4)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Que fatores assumem primazia em todos os processos socorristas?

Recursos terapêuticos inúmeros são utilizados no Sanatório Esperança, mas as bases de todos os procedimentos ali adotados são a musicoterapia, a preceterapia e a amorterapia. “O amor, porém, e a paciência — informou com ênfase Dr. Inácio Ferreira — assumem primazia em todos os processos socorristas, procurando amenizar a angústia e o desespero daqueles que se enganaram a si mesmos e sofrem as lamentáveis consequências.” (Tormentos da Obsessão, cap. 2 – O Sanatório Esperança.)

B. Qual o principal dever de um médium com relação à faculdade mediúnica de que é dotado?

Seu principal dever é dignificá-la mediante seu correto exercício. Trata-se de um campo muito vasto a joeirar, exigindo comportamento consentâneo com a magnitude de que se reveste. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

C. Ser médium significa estar desonerado dos testemunhos e das dificuldades que outras pessoas enfrentam no mundo?

Claro que não. A mediunidade pode ser uma provação dolorosa, que se transforma em tarefa de ascensão, ou um sublime labor missionário que, assim mesmo, não isenta o indivíduo dos testemunhos, das dificuldades, das renúncias e da vigilância constante que deve manter. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

Texto para leitura 

29. A fluidoterapia bem aplicada produz ótimos efeitos – Reportando-se às terapias utilizadas no Sanatório Esperança, Dr. Inácio explicou: “Musicoterapia, preceterapia, amorterapia são as bases de todos os procedimentos aqui praticados, que se multiplicam em diversificados métodos de atendimento aos sofredores, conforme as síndromes, a extensão do distúrbio, a gravidade do problema. Concomitantemente, as indiscutíveis terapias desobsessivas recebem cuidados especiais, particularmente nos processos de vampirização, para liberar aqueles que submetem as suas vítimas, internando-os logo depois para tratamento de longo curso; para cirurgias perispirituais de retirada de implantes perturbadores, que foram fixados no cérebro e prosseguem vibrando na área correspondente do psicossoma; para momentosas regressões a experiências pregressas em cujas vivências se originaram os enfrentamentos e os ódios, demonstrando-se que, inocentes, realmente não existem ante a Consciência Cósmica; para liberação de hipnoses profundas; para reestruturação do pensamento danificado pelas altas cargas de vibrações deletérias desde a vida física; para reencontros com afetos preocupados com a recuperação de cada um daqueles pertencentes à sua família emocional...”. Segundo ele, a fluidoterapia muito bem aplicada produz efeitos surpreendentes, tendo em vista aqueles que a utilizam, movimentando energias internas e trabalhando as da Natureza, que são direcionadas aos centros perispirituais e chakras, agindo no intrincado mecanismo das forças energéticas que constituem o Espírito. “O amor, porém, e a paciência — acentuou com ênfase — assumem primazia em todos os processos socorristas, procurando amenizar a angústia e o desespero daqueles que se enganaram a si mesmos e sofrem as lamentáveis consequências.” (Tormentos da Obsessão, cap. 2 – O Sanatório Esperança.)

30. A faculdade mediúnica é inerente ao Espírito – As informações prestadas pelo Dr. Inácio dão-nos a dimensão perfeita da grandeza espiritual de Eurípedes Barsanulfo, cuja dedicação à vivência do Evangelho, à luz do Espiritismo, dele fizera um verdadeiro apóstolo da Era Nova. Dando prosseguimento ao seu ministério de amor ao Mestre através do próximo colhido pelo vendaval da alucinação, com um grupo de abnegados mensageiros da luz erguera, sem medir esforços, aquele Nosocômio para o socorro aos enfermos da alma e o estudo preventivo da loucura, assim como das terapias próprias, com especificidade na área dos transtornos obsessivos de natureza mediúnica atormentada. Sendo a mediunidade uma faculdade inerente ao Espírito, que a deve dignificar mediante seu correto exercício, todos os seres humanos, de alguma forma, são-lhe portadores. Quando se expressa mais ostensivamente, em razão de compromissos espirituais anteriores, é campo muito vasto a joeirar, exigindo comportamento consentâneo com a magnitude de que se reveste. Ao mesmo tempo, em razão das defecções e conquistas morais do seu possuidor, situa-se em faixa vibratória correspondente ao grau evolutivo do indivíduo, produzindo sintonia com Entidades que lhe correspondem ao apelo de ondas equivalentes. Por isso mesmo, quando irrompe a mediunidade, não raro se transforma em grave tormento para o seu portador, por colocá-lo em campo diferente do habitual, expondo-o às mais diferentes condutas morais e mentais, procedentes do mundo espiritual, e que se sucedem de maneira volumosa e perturbadora. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

31. A mediunidade não isenta ninguém dos testemunhos e das dificuldades – Desequipado de conhecimento e de recursos para contrabalançar as ondas psíquicas e as sensações físicas delas decorrentes, experimenta o médium distúrbios nervosos, tais a ansiedade, a depressão, a insegurança, o mal-estar físico, as cefalalgias, os problemas de estômago, de intestinos, as tonturas, que resultam da absorção das energias negativas que lhe são direcionadas pelos próprios adversários, assim como por outros Espíritos, perversos uns, zombeteiros outros, malquerentes quase todos eles... É certo que jamais escasseia a misericórdia divina através do amor, da inspiração que verte do seu Guia espiritual na sua direção, das induções para a prática das virtudes, da oração e do dever, mas que nem sempre são captadas e decodificadas conforme seria necessário para os resultados imediatos. Pela tendência à acomodação e por decorrência das más inclinações que vicejam do passado de onde cada qual procede, mais facilmente se dá guarida às vinculações malfazejas do que à condução superior. Quando, no entanto, o medianeiro toma conhecimento das lições educativas do Espiritismo, especialmente através das diretrizes seguras de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, o roteiro de segurança se lhe desenha com maior eficiência, convidando-o a submeter-se ao compromisso sério de trabalhar pelo próprio como pelo bem comum. À medida que se moraliza, o médium se equipa de resistências para vencer as perseguições espirituais, que são um grande entrave ao êxito do seu ministério, particularmente tendo em vista as paixões inferiores que constituem um grande desafio a enfrentar a todo momento. A mediunidade, portanto, pode ser uma provação dolorosa, que se transforma em tarefa de ascensão, ou um sublime labor missionário que, assim mesmo, não isenta o indivíduo dos testemunhos, das dificuldades, das renúncias e da vigilância constante que deve manter. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

32. O caso Ludgério e os males do alcoolismo – Durante a mais recente vilegiatura terrena, lidando com portadores de mediunidade, Manoel P. de Miranda diz ter acompanhado não poucos indivíduos que derraparam em terríveis enganos, açodados pelos seus inimigos desencarnados, que lhes não concediam trégua. Isso acontecia, porque neles encontravam tomadas psíquicas para acoplarem os seus plugs, o que lhes permitia o intercâmbio sistemático e contínuo. Ele se recorda, por exemplo, do irmão Ludgério, que se iniciara no hábito destrutivo do alcoolismo desde muito jovem. Portador de faculdade mediúnica atormentada, por necessidade reparadora, foi reencontrado pelos inimigos desencarnados que, desde cedo, aos doze anos aproximadamente, o induziram à ingestão de bebidas alcoólicas, inicialmente nas festas familiares e nas de caráter popular muito comuns na cidade onde residia, para o arrastarem por longos anos aos mais abjetos comportamentos e experiências infelizes. Quando, pela primeira vez, Philomeno travou contato com esse paciente, defrontou-o, excitado e provocador, na sala das palestras doutrinárias da Casa Espírita onde o autor desta obra mourejava. Havia-se encerrado a reunião, dedicada ao estudo de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, quando Ludgério adentrou o recinto, visivelmente embriagado, agressivo, utilizando-se de palavras vulgares e gestos grosseiros. Gentilmente atendido por um dos membros da Instituição, desatou em gritaria e ameaças, que criaram um constrangimento geral entre as pessoas que se encontravam de saída e aquelas que permaneciam em conversação saudável e despedidas. O diretor da Casa, o irmão José Petitinga, que se mantinha entretecendo considerações sobre o tema abordado junto a um grupo de interessados, foi atraído pelo alarido inusitado, e acercou-se do enfermo, a fim de o atender. Com muita habilidade, tocando-lhe o braço e envolvendo-o em suave magnetismo, retirou-o da sala pública, conduzindo-o para um cômodo mais discreto, onde procurou dialogar com paciência e misericórdia. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.)

33. A dificuldade de conversar com uma pessoa embriagada – Era, porém, totalmente impossível qualquer conversação edificante, em razão do estado de alcoolismo do visitante inesperado, cujos centros do discernimento e da lógica se encontravam bloqueados. Assim mesmo, as palavras gentis do abnegado diretor provocaram mais rebeldia nos comparsas espirituais, que se locupletavam com os vapores alcoólicos que absorviam através do enfermo da alma, logo deixando-o, após imprecações e promessas de vinditas em altos brados, sem que conseguissem atemorizar ou perturbar o psicoterapeuta sereno. Ato contínuo, o paciente, sem o suporte fluídico dos seus perseguidores, entrou em ligeira convulsão, tremendo e vomitando violentamente, causando profunda compaixão. Logo depois desmaiou, permanecendo inconsciente por alguns minutos, tomado de palidez mortal e débil respiração. Formando um círculo de orações, Petitinga, Philomeno e mais alguns o envolveram em vibrações de revigoramento, aplicando-lhe passes restauradores de energias, que lhe facultaram recuperar a consciência vagarosamente. Passados esses momentos mais graves, a caridade cristã socorreu-o, conforme as circunstâncias do momento, envolvendo-o em esperanças e promessas de paz. Após ser-lhe providenciado o concurso monetário para alguma refeição, Ludgério afastou-se, ganhando a praça ensolarada. A impressão que ele deixou foi muito dolorosa. Tratava-se de um jovem de aproximadamente vinte e oito anos, que demonstrava o desgaste produzido pelo alcoolismo e a insegurança derivada do processo obsessivo pertinaz quão dilacerador. Contudo, a partir desse incidente, inspirado pelos seus Guias espirituais, ele retornou, em estado de sobriedade, às reuniões doutrinárias, uma ou outra vez, quando se comportava com relativa calma. Avançado o fenômeno obsessivo, já assinalava marcas irreversíveis nas telas mentais do paciente, que o levavam a confundir os conceitos que ouvia e a supor-se facilmente ofendido, quando algo o desagradava. (Tormentos da Obsessão, cap. 3 – Reminiscências.) (Continua no próximo número.)

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita