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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 438 - 1° de Novembro de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Médiuns e Mediunidade

Cairbar Schutel

(Parte 15) 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Médiuns e Mediunidade, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1923 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). O estudo basear-se-á na 7ª edição da obra, publicada em 1977.

Questões preliminares 

A. Quando começaram na Terra as manifestações dos chamados mortos?

A manifestação dos "mortos" remonta a eras que se perdem na noite dos tempos. Desde que o mundo existe, os Espíritos nunca deixaram de patentear aos homens a sua imortalidade. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.)

B. Como os médiuns eram chamados na Antiguidade?

Eram eles chamados de profetas, sibilas, pítias e já obedeciam naquela época tão remota a um regime especial. Viviam nos templos, onde se conservavam isolados das gentes. Inúmeros eram os videntes espalhados por toda a parte, e era crença comum, naqueles tempos, que bastava ao indivíduo dormir num templo para adquirir esse dom. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.)

C. Qual foi o grande mérito da Codificação dos ensinos espíritas?

Deve-se a ela o surgimento da doutrina espírita, porque, embora o Espiritismo fosse tão velho quanto o mundo, as manifestações não haviam sido organizadas, sistematizadas, não podendo, portanto, aparecer no domínio público os ensinos que os Espíritos transmitiam com o auxílio dos médiuns. O aparecimento franco, claro, do Espiritismo data, portanto, da Codificação dos ensinos espíritas, levada a efeito pelo grande missionário Hippolyte Léon Denizard Rivail, que assinou seus livros com o nome de Allan Kardec, que ele tivera em uma de suas precedentes encarnações. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXX - A missão do codificador.)

Texto para leitura 

254. A crença na aparição e manifestação dos "mortos" remonta a eras que se perdem na noite dos tempos. Desde que o mundo existe, os Espíritos nunca deixaram de patentear aos homens a sua imortalidade. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

255. Se remontarmos à época dos oráculos, tão venerados pela filosofia pagã, veremos o papel saliente dos profetas (médiuns) e das manifestações dos "mortos", como que exaltando o sentimento e a razão humana, para lhe descortinar as manifestações da Vida eterna. Era tão grande a influência da profecia sobre os povos, que estes mandavam construir os templos sobre fendas do solo, donde diziam sair exalações que davam o poder da inspiração profética. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

256. Além do Templo de Delfos, o mais célebre de todos, pelas portentosas manifestações que procediam dos seus médiuns, destaca-se o de Júpiter Amon, na Líbia; o de Marte, na Trácia; o de Vulcano, em Heliópolis; o de Esculápio, o de Ísis e muitos outros de importância religiosa nos antigos tempos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

257. Os médiuns tinham, na Antiguidade, os nomes de profeta, sibila, pítia, e se purificavam pelos sacrifícios, obedientes a um regime especial. Vivendo nesses templos, onde se conservavam isolados das gentes, bebiam água inspirada e antes de subirem à tripeça mascavam folhas de louro colhidas perto da nascente de Castália. Inúmeros eram os videntes espalhados por toda a parte, e era crença, naqueles tempos, que bastava ao indivíduo dormir num templo para adquirir esse dom. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

258. O povo da China, cuja cronologia remonta a mais de 30 mil anos, entregava-se à evocação dos Espíritos dos avoengos. Na Pérsia os fenômenos espíritas fizeram prosélitos. Em Acaia chegava-se a ver os Espíritos com o auxílio de um espelho que havia num poço no Templo de Ceres. Os historiadores dizem que no Egito Antigo os sacerdotes possuíam poderes sobrenaturais: "faziam prodígios, invocavam os mortos". (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

259. A História está repleta de fatos, que outra coisa não são que aparições e comunicações espíritas vivificando o sentimento religioso. O Velho Testamento é um repositório de fenômenos interessantíssimos, que lembram os costumes israelitas, sua história, sua vida protegida sempre pelos Espíritos dos "mortos". (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

260. Moisés, o grande médium, libertador dos judeus escravizados à tirania do Egito, vidente, audiente e escrevente, vê Jeová na sarça do Horeb e no Sinai, onde escreve as Tábuas da Lei, escuta vozes no propiciatório da Arca da Aliança e produz maravilhas que a nenhum homem ainda foi dado fazer. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

261. Todas as grandes personalidades da Antiga Dispensação se distinguiram pelas suas faculdades mediúnicas. José, sub-rei do Egito, comunicava-se com Espíritos, que lhe apareciam "num copo d’água" (copo mágico). Esdras, com o auxílio do Espírito reconstituiu a Bíblia que se havia perdido. Samuel, Jeremias, Malaquias, Jó, Isaías, Ezequiel, Daniel, Oseias, Amós, Jonas, Miqueias, Sofonias, Naum – todos mantinham relações com os "mortos". (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

262. O rei Saul evocou o Espírito de Samuel por intermédio de uma pitonisa de Endor. Joel, tomado por um Espírito, anunciou a multiplicação dos dons mediúnicos e as manifestações dos Espíritos, com as seguintes palavras: "E há de ser que depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos velhos sonharão; vossos mancebos terão visões. E também sobre os meus servos e minhas servas naqueles dias derramarei o meu Espírito". (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

263. No Novo Testamento são importantes as manifestações e aparições, sob o império de Jesus, que, tendo vindo dar cumprimento à Lei e não revogá-la, apareceu e se comunicou com os seus discípulos, depois da crucificação e da "morte", mas não só com os doze, como também se manifestou a mais de 500 pessoas, segundo afirmam os Evangelhos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

264. Entre os demais povos e religiões, a manifestação dos Espíritos salienta-se como luz a iluminar aos homens a Terra Prometida. Buda, Maomé, Zoroastro e todos os reformadores foram dotados de faculdades mediúnicas e se diziam assistidos por Espíritos. Sócrates tinha o seu daimon, Espírito tutelar, ou gênio. Pitágoras comunicava-se com as Entidades do Espaço; Lutero conversava com o demônio (anjo). (Médiuns e Mediunidade, cap. XXIX - Manifestações dos Espíritos através dos séculos.) 

265. Como dissemos, o Espiritismo é tão velho quanto o mundo, e ainda mais porque, antes que o mundo existisse já existia o Espiritismo. Acontece, porém, que as manifestações não haviam sido organizadas, sistematizadas, não podendo, portanto, aparecer no domínio público os ensinos que os Espíritos transmitiam com o auxílio dos médiuns. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXX - A missão do codificador.) 

266. O aparecimento franco, claro, do Espiritismo data da Codificação dos Ensinos Espíritas, e das suas respectivas manifestações positivas pelo grande missionário Hippolyte Léon Denizard Rivail, que se apresentou com o nome de Allan Kardec, que tivera em uma de suas precedentes encarnações. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXX - A missão do codificador.) 

267. A missão da Codificação Espírita obedece precisamente à ordem do Mestre dos Mestres, lembrada no cap. XIII do Evangelho de Mateus: "Todo o escriba instruído no Reino dos Céus, é semelhante a um pai de família, que do seu tesouro tira coisas novas e velhas". O trabalho de Allan Kardec foi justamente este: relembrar todos esses fatos de ordem psíquica registrados pela História, ajuntar, estudar, selecionar, codificar os fenômenos modernos; coligir sistematicamente, de maneira admirável, com sublimado critério, os ensinos transmitidos pelos Espíritos; enfeixá-los em livros e oferecer à luz da publicidade esse corpo bem formado, para que seja estudado por todos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXX - A missão do codificador.) 

268. A obra de Allan Kardec é inexcedível. De fato, de todos os Espíritos que têm vindo à Terra, ele é o verdadeiro mensageiro de Jesus, sob cuja direção agiu. No curto espaço de tempo em que o Mestre entregou sua obra à meditação dos Espíritos de boa vontade, pouco mais de meio século, pode-se dizer que o Espiritismo avassalou o mundo; os seus livros estão traduzidos em quase todas as línguas; acrescendo ainda a nota bem característica de não ter caído de sua Palavra um i, um til, embora os sábios do mundo todo se tivessem reunido para lançá-la por terra, e os sacerdotes de todas as Igrejas a combatessem por todos os meios e modos que a malícia humana engendra. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXX - A missão do codificador.)

269. Sem contar com elemento algum da Terra, sem apoio dos governos ou dos poderosos, o Espiritismo, acionado tão somente pela Força Divina, vai conquistando almas, consolando corações, enaltecendo inteligências e estreitando cada vez mais as relações das duas Humanidades, a terrena e a espiritual. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXX - A missão do codificador.)

270. A missão da Codificação é inapreciável e brevemente aparecerá o complemento da Palavra, porque o Espiritismo é a Doutrina da Evolução, e, na proporção da elevação moral e científica dos povos, novas verdades virão enriquecer os tesouros da inteligência. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXX - A missão do codificador.)

271. O leitor encontrará o Histórico da Missão Kardecista no livro Obras Póstumas, de Allan Kardec, que recomendamos à atenção de quem nos lê. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXX - A missão do codificador.) (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita