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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 438 - 1° de Novembro de 2015

ANDRES GUSTAVO ARRUDA
andres.gustavo57@hotmail.com
Caxias do Sul, RS (Brasil)

 

 
A virtude dos fortes

“Sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que não possuís,
como se trouxésseis um vestuário para ocultar as
deformidades do vosso corpo.”
(Lacordaire, O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item XI.)


O progresso moral do ser demanda, como é cediço, muito tempo e muito esforço, através dos quais o homem vai amealhando novas experiências, conhecimentos e virtudes, que, por extensão, fazem nele emergir as forças interiores da alma. Contudo, à medida que o homem dá mais importância aos bens terrenais do que aos espirituais – os únicos que lhe podem assegurar a verdadeira felicidade–, apega-se ao exterior, tira Deus do centro e coloca-se no lugar d’Ele.

Há, neste sentido, uma interessante frase do Espírito Paulo de Tarso, inserta na quarta parte, cap. II, pergunta n.º 1009 de O Livro dos Espíritos: “Gravitar para a unidade divina, esse é o objetivo da Humanidade”. Gravitar, em sentido estrito, significa girar em torno. Nesta perspectiva, a bem de nosso progresso, devemos deixar Deus no centro. Para isso, porém, é necessário que sejamos humildes.

Quando o orgulho sobressai em nossas atitudes, ficamos presos às nossas próprias limitações e incapazes, portanto, de avançar para as conquistas superiores. Na sociedade terrena atual viceja, de modo geral, o culto ao materialismo, disso resultando numa completa inversão de valores. Neste diapasão, adverte Joanna de Ângelis[1] que:
 

Há uma confusão muito grande entre os valores éticos que alçam os indivíduos aos patamares da grandeza moral e aqueles que degradam, que vendem sensações soezes, como se a existência humana devesse estar sempre num circo, dando prosseguimento indefinido ao burlesco, ao cínico, ao despudor... 

Em assim sendo, a falta de resistências morais dá azo a que permaneçamos, não raramente, adstritos a comportamentos impostos por indivíduos que se consideram heróis da atualidade. Ante isso, cumpre-nos citar novamente o pensamento da Benfeitora Espiritual acima mencionada[2]
 

O heroísmo não se expressa através da vilania, da deformidade, do grotesco, mas, sim, em decorrência da coragem e da envergadura que caracterizam os espíritos fortes, humanos e dignificadores da sociedade.

[...] Todo e qualquer investimento aplicado na transformação dos recursos espirituais para melhor e do esforço contínuo em favor da promoção da sociedade constitui ato de heroísmo. Não apenas aqueles que tornam os seus realizadores conhecidos e comentados pelo grupo social, mas especialmente quando passam ignorados, constituindo admirável empreendimento interior em benefício da harmonia. (Grifos nossos.) 

Desta forma, inferimos que é ato de coragem lutar contra toda essa onda de materialismo e insensatez que grassa em nosso planeta nestes turbulentos dias. Para tal, é preciso ter coragem para fazer diferente. E ser humilde é fazer diferente, pois a humildade é panaceia contra os males originados pelas suscetibilidades do amor-próprio. Eis por que consideramos a humildade como sendo a virtude dos fortes.


 

[1]Jesus e Vida, p. 176.

[2] Ob. cit., p. 177.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita