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Internacional
Ano 9 - N° 437 -25 de Outubro de 2015
ENIO MEDEIROS
acdtintas@gmail.com
Santa Cruz do Sul, RS (Brasil)
 
 

Divaldo Franco na Argentina

O orador esteve no início de outubro em Buenos Aires, onde
falou aos espiritistas de várias regiões do país e do exterior


Extremamente afetuoso e reconhecidamente amigo, Divaldo Franco, como de hábito quando se encontra em Buenos Aires, visita dois corações amigos, duas senhoras que fundaram a Institución Espírita Juana de Ángelis, que está completando 50 anos de profícua existência, consolando e esclarecendo. As senhoras Julia e Alicia Ferraro, anfitriãs, juntamente com o Sr. Francisco Condoleo, que também visitava o lar abençoado, são os três fundadores que ainda se encontram reencarnados. As duas irmãs recebem Divaldo há 50 anos.

Durante a visita, que ocorreu no dia 6 de outubro, em clima amável e de grande felicidade, todos unidos, estudaram uma bela página de O Evangelho segundo o Espiritismo. Logo após, Divaldo recordou fatos vividos nestes 50 anos e deixou evidentes os sacrifícios, a imensa abnegação destes, que são exemplos vivos de trabalho na causa do Cristo. Foram momentos inolvidáveis. Em agradecimento, oraram ao Senhor da vida pela bênção de conhecer o Espiritismo. 

Institución Espírita Juana de Ángelis, 50 anos de fundação

No dia seguinte, 7 de outubro, Divaldo Franco, atento aos seus compromissos evangélicos e de amor, participou de reunião íntima para trabalhadores da Institución Espírita Juana de Ángelis, com sede na Rua Ruy Díaz de Guzmán 174, Departamento "2" del barrio de Barracas, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, em comemoração dos cinquenta anos de fundação. Participaram, também, como convidados, amigos espíritas da região.

Divaldo externou a sua emoção de estar nessa Instituição, que visita desde a sua fundação. Cinquenta anos foram decorridos, sempre com a presença do amor. Educador por excelência, Divaldo Franco falou sobre as recentes dificuldades de saúde que experimentou e de outras tantas, agradecendo a Deus a oportunidade de vivenciá-las.

Passando em revista o pensamento sobre o que dizer, qual mensagem a trazer, lembrou o historiador Heródoto de Halicarnasso, que narra a existência de um Ser supremo, que é a causa única do Universo. A criatura humana tem, no entanto, optado pelo materialismo. Logrou as maiores conquistas tecnológicas, mas ainda segue inquieta em busca da felicidade real. Citando Sócrates, destacou a necessidade de a criatura humana desenvolver o autoconhecimento, de buscar o Deus interno.

Sobre a mediunidade, apresentou vários casos de visões à distância, narrou que após a morte de Dante Alighieri seu filho teve um sonho e nele escutou seu pai detalhar onde se encontravam os 13 cantos da Divina Comédia, completando a obra com os versos que falam sobre o Paraíso. Os fenômenos mediúnicos fazem parte da vida, e graças a eles a Institución Espírita Juana de Ángelis existe.

Narrou etapas de sua vida de forma alegre e jovial, provocando risos que sempre nos trazem o bem-estar, que desarmam o ser que se arma diante dos desafios do quotidiano.

Discorreu sobre como a vida passa rápido. Nestes 50 anos, 53 de Argentina, viu passar por estes caminhos homens e mulheres de caráter incomum.

Era, pois, disse ele, uma verdadeira honra estar nesta casa hoje, com amigos especiais. Destacou, em seguida, a excelência do Espiritismo, da alegria de viver, dessa doutrina que liberta.

A meta da vida, disse, não é ter, mas ser; é encontrar o estado numinoso, de consciência. Citando Victor Frankl, disse que toda a vida deve ter uma meta, uma meta de imortalidade. É necessário que os espíritas tenham por meta a iluminação, que possam voltar a olhar uma flor, a encontrar beleza no amanhecer, o amor que não exige, mas doa, pois que o verdadeiro sentido da vida é amar!

Jesus foi o primeiro ser psicológico da humanidade, pois centrou seus ensinos no amor, na vivência do amor. O espírita é alegre. Boas novas não se aplicam com carranca, mas com alegria, bom ânimo; afinal trata-se de uma doutrina de liberdade e conforto moral.

Deixando seu otimismo e a certeza na imortalidade e na reencarnação, disse que no próximo cinquentenário estará de volta, em uma nova roupagem física, para comemorar o centenário da Institución Espírita Juana de Ángelis. 

Na Confederación Espiritista Argentina 

No dia 8 de outubro, o incansável e abnegado trabalhador da vinha do Senhor, Divaldo Pereira Franco foi recebido na Confederação Espírita Argentina, localizada na Rua Sánchez Bustamante, 463 – Ciudad Autónoma de Buenos Aires, com muito carinho. Estava sendo ansiosamente aguardado por todos. Presentes irmãos de diversas regiões da Argentina, como do Ushuaia, no extremo sul da argentina, de Córdoba, Rosário, Baia Blanca, Mar del Plata, Mendonça, La Plata, e também do Uruguai, do Paraguai e do Brasil.

Em homenagem aos 50 anos de fundação da Institución Espírita Juana de Ángelis, representando os fundadores, o Sr. Francisco Condoleo recebeu o carinho de todos. O atual presidente, Sr. Gustavo Martinez, ao fazer uso da palavra, fez referências a Jesus, aos fundadores que se encontram na Pátria Espiritual, à mentora Joanna de Ângelis e ao querido Divaldo Franco, emocionando a todos os presentes.

Divaldo Franco, o Semeador de Estrelas, relembrando os corações amigos que passaram nestes últimos 50 anos, relatou a presença dos amigos que agora, do além-túmulo, na vida que prossegue em outra faixa vibratória, vieram trazer até ali, neste momento especial, as vibrações do seu carinho.

No século XVII, três filósofos que afirmavam que não poderiam crer naquilo que não conseguiam ver destacaram que também não poderiam crer em Deus, que de fato não existia para eles. O atomismo era, segundo eles, o deus a ser aceito. Tudo que há na matéria é uma evolução dos átomos. Tudo se encaminha para o caos e o aniquilamento. Afirmavam, igualmente, que a religião era um equívoco.

Com o advento do Iluminismo, no século XVIII, com Voltaire, Jean Jacques Rousseau, a humanidade se adentrava no chamado materialismo histórico. Em 1812 Napoleão Bonaparte fez um contrato com o Vaticano, trouxe de volta a crença em Deus. A história do mundo, no século XIX, se transformou. Nesse período um novo filósofo traria a doutrina do positivismo, uma balança entre o materialismo e o espiritualismo, denominada de filosofia da humanidade.

Em sua brilhante abordagem dos fatos históricos, Divaldo destacou a trajetória do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que em 18 abril de 1857 lançou O Livro dos Espíritos, iniciando uma era nova, a era do Espiritismo. Para ideias novas, dizia o ínclito codificador, eram necessários termos novos. Apresentou então uma proposta religiosa para religar a criatura ao Criador. Investigando essa nova doutrina, grandes nomes da história, como Cesare Lombroso, William Crookes, entre outros, validaram a novel doutrina através de suas pesquisas sérias e isentas.

Na área da psiquiatria e da psicologia, em 1889, Jean-Martin Charcot, médico e cientista francês, professor no Hospital da Salpêtrière, em Paris, França, abriu as portas da faculdade para que Freud pudesse declarar que o cérebro humano possui o subconsciente, ao que Jung, corroborando, acrescentou a existência do inconsciente. Mais tarde Freud apresentaria o superconsciente: o cérebro seria qual um edifício de três andares. Quase todos, na humanidade terrestre, atuam no nível instintivo, como herança do inconsciente profundo.

Em 1905 Albert Einstein apresentou a teoria da relatividade; começava, assim, a Física moderna. Crer na matéria, hoje, é falta de cultura, ignorância da relatividade. Estamos diante de um mundo novo, os átomos dão a impressão de algo que não existe. Einstein afirmava que tudo o que há no Universo são ondas, energias, tudo invisível, transitando em ondas que não se confundem, que não se veem, mas que aí estão. 

Para onde estamos nós caminhando? 

Divaldo fez referência ao movimento hippie, na década de 1960/70, que facultou a liberação da mulher, rumando, porém, para a libertinagem, em uma confusão com a liberdade. Nesse momento a mulher adentrou-se nos vícios, numa suposta superioridade relativamente aos homens.

Na busca por afirmar-se, o homem vive entre três valores, que se destacam equivocadamente: o individualismo, ensejando uma sociedade muda; o advento de um novo alfabeto, onde as relações humanas acontecem somente pelas redes sociais; e a busca desenfreada pelo simples prazer sexual e pelas drogas. Para onde estamos nós caminhando? – indagou o conferencista, salientando em seguida que o verdadeiro papel do sexo deve ser exercido com ternura, com diálogo, com amor, distinguindo-nos, afinal, dos animais, que também fazem sexo e não se amam. Amamos de fato, ou necessitamos do outro? O amor é como uma brasa: necessita que se tire a camada dura do exterior que o quotidiano vai acomodando em nossas vidas.

Estamos num momento revolucionário, em que o materialismo domina. Vivemos em uma sociedade dividida entre os visíveis e os invisíveis. Passamos por pessoas que não são percebidas, são desconsideradas, enquanto políticos e personalidades internacionais de grandes órgãos agem de forma corrupta e são tratados com reverência a que, devido à sua conduta equivocada, não fazem jus.

Referindo-se ao papa Francisco, elogiou o grande missionário do amor, que descobre os irmãos invisíveis, buscando os que sofrem, um missionário que repudia o luxo, a abastança, despojado como Jesus Cristo. Prega e vive Jesus.

Educador de escol, Divaldo Franco explanou sobre as provas científicas da existência de Deus, dando uma verdadeira aula de biologia, de anatomia, de física, de química, sem deixar de conduzir a plateia para momentos de descontração com sua forma jovial, narrando vivências próprias e dando, assim, um toque de humor, de leveza à conferência.

Reportando-se à forma como a sociedade humana vem configurando as relações afetivas entre pais e filhos, Divaldo narrou a emocionante história do casal Stanford, da Califórnia (EUA), e de seu filho Leland Stanford Jr., fazendo referência aos pais que colocam em segundo plano a família e os filhos, no intuito de ganhar dinheiro para dar presentes e objetos, com que supõem compensar sua ausência. Sugeriu Divaldo que não nos preocupemos em dar presentes, mas que busquemos dar a nossa presença, em momentos de convivência e amor. Amor é convivência, afirmou o nobre orador. João, o Evangelista, asseverou que Deus é amor. O amor é a alma do Universo, é a lei mais poderosa do Universo. Desejou que todos descubram o amor, recordando que aquele que ama é feliz.

No final da conferência, o nobre orador foi aplaudido efusivamente. Os presentes, visivelmente emocionados, não se continham, tamanha a gratidão. Apesar do grande número de participantes, o clima era de muita harmonia, de ternura e gratidão, evidenciando o valor da família espírita argentina, muito gentil, verdadeiros amigos e irmãos.




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita