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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 437 -25 de Outubro de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Médiuns e Mediunidade

Cairbar Schutel

(Parte 14) 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Médiuns e Mediunidade, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1923 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). O estudo basear-se-á na 7ª edição da obra, publicada em 1977.

Questões preliminares 

A. O que alimenta a prática do charlatanismo?

O interesse pessoal, o amor ao ouro, às glórias, ao poder. O charlatanismo tem-se aproveitado de todas as verdades novas para deturpar-lhes os fins, em proveito dos embusteiros que não trepidam, a bem dos seus interesses, em menosprezar mesmo as coisas mais sagradas, sem se importarem nem um pouco com a verdade. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.)

B. Em que consiste a mediunidade receitista?

A mediunidade receitista é uma faculdade como as demais, suscetível de desenvolvimento e sujeita às mesmas regras que devem orientar os médiuns escreventes e falantes. Os médiuns receitistas diferem dos médiuns curadores, porque se limitam a transmitir, pela palavra ou pela escrita, receitas ou fórmulas medicinais para o tratamento dos doentes. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.)

C. É verdade que todos os fenômenos espíritas são suscetíveis de fraude ou de mistificação?  

Todos não, mas quase todos são suscetíveis de fraude, de mistificação, desde o simples fenômeno de escrita até às manifestações físicas de materializações, que são as mais complexas. É por isso que o exame crítico e a análise racional são recomendados pelos Espíritos superiores, visto que a Verdade sempre aparece. Por mais que queiram empaná-la, subjugá-la, ela brilha, aparece, e quando a julgam morta, ela se apresenta rediviva, ressuscitada como Jesus na Judeia depois da Crucificação. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.)

Texto para leitura 

233. A fotografia espírita não pode ser senão o resultado de um fenômeno físico. Podemos, pois, catalogar esta faculdade no número das de efeitos físicos. É uma mediunidade interessantíssima que precisa ser cultivada em todos os círculos espíritas de estudo e experimentação. Conquanto pareçam raros os médiuns fotógrafos, são em maior número do que se pensa. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVII – Médiuns fotógrafos.) 

234. A mediunidade fotográfica se desenvolve como as demais, pelo exercício, em dias e horas certas, fazendo-se as experiências sempre no mesmo local. Os trabalhos experimentais se pedem fazer à luz do dia, à luz elétrica com lâmpada de luz intensa, ou mesmo na obscuridade. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVII – Médiuns fotógrafos.) 

235. Temos feito diversas experiências de fotografia invisível, com resultados promissores. O nosso sistema de operar consiste no seguinte: preparamos a máquina, focalizamos o médium sentado em frente da objetiva; depois de havermos preparado a lâmpada de magnésio, que colocamos sobre a câmara escura, apagamos as luzes, abrimos o chassis e esperamos de 20 a 30 minutos conforme a ordem do Espírito Guia. No momento dado explodimos o magnésio, fechamos o chassis antes de fazer a luz, e levamos a chapa para o quarto escuro a fim de ser revelada. Estas experiências devem ser feitas, no mínimo, duas vezes por semana. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVII – Médiuns fotógrafos.) 

236. A revelação das chapas pode ser feita segundo a arte fotográfica, com amidol, hidroquinona ou metol. A fotografia tirada na obscuridade exige sempre mais tempo na exposição da chapa, e deve ser revelada com hidroquinona. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVII – Médiuns fotógrafos.) 

237. Quando se opera à luz natural, deve-se seguir o mesmo processo que para as fotografias ordinárias; os 20 ou 30 minutos de concentração do médium, para que o Espírito tenha tempo de manipular os fluidos com que deve se manifestar na placa, devem ser feitos com obturador fechado, porque do contrário inutilizará a chapa. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVII – Médiuns fotógrafos.) 

238. Uma lição prática da arte fotográfica que pode ser dada por qualquer amador, muito auxiliará o experimentador. Já dissemos que é um fenômeno interessante, uma demonstração patente da imortalidade, devendo, por isso mesmo, ser essa mediunidade cultivada nos centros espíritas. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVII – Médiuns fotógrafos.) 

239. O charlatanismo tem-se aproveitado de todas as verdades novas para deturpar-lhes os fins em proveito dos embusteiros que não trepidam, a bem dos seus interesses, em menosprezar mesmo as coisas mais sagradas. O amor ao ouro, às glórias, ao domínio, tem se colocado, em todos os tempos, acima do amor a Deus e ao próximo, prejudicando sobremaneira este princípio básico da Religião, da Ciência, da Filosofia, da Arte. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

240. No círculo da Religião, que deveria constituir os liames de ininterrupta solidariedade do Espírito humano, abrangendo todas as demais ramificações dos conhecimentos da Humanidade, vemos as múltiplas chamadas "religiões" estabelecendo a desunião, a discórdia, a divisão da família humana; "religiões" que têm à sua frente homens que se dizem eruditos, de moral e da viva fé, mas que outra coisa não são que adoradores das grandezas terrenas, déspotas que trazem em algema a alma do povo, sonegando-lhe os princípios básicos da Verdade que já deveria ter felicitado o nosso mundo. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

241. A Lei Divina, até hoje, permanece oculta aos olhos das gentes, como a luz abafada sob o alqueire da má fé que impera sob a ação sacerdotal. O espírito do Evangelho, sufocado pela letra que mata não tem acesso às inteligências. Cada "religião", sob a direção de homens astutos e interesseiros, faz realçar o dogma, os sacramentos, seus próprios mandamentos, em detrimento dos Mandamentos Divinos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

242. A ciência, a seu turno, deixou há tempo de ser uma escada ascensional do progresso do Espírito para aparecer tal como se vê: um bazar de quinquilharias, onde a mercancia é o objeto dominante. Haja vista a Medicina com os seus múltiplos soros e vacinas, xaropes e elixires, fonte corrosiva para a saúde pública, e ao mesmo tempo fonte de riqueza para os seus "sacerdotes".(Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

243. Esta justa consideração que lembramos, não atinge os verdadeiros médicos, que são, positivamente, em número diminuto. Nem tampouco queremos menosprezar a terapêutica alopata, homeopata, ou a dosimétrica, porque em todas elas existe um fundo de verdade, prejudicado pelos abusos da Medicina exploradora e mercantil. Não pensem os leitores, portanto, que execramos a Medicina em suas modalidades físicas, para abraçá-la em sua ação psíquica. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

244. Estão longe ainda os tempos de adoção geral da fluidoterapia, dadas a deficiência mediúnica e a materialidade em que se encontra a Humanidade. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

245. Os próprios Espíritos Superiores prescrevem medicamentos, e é por esse motivo que existem os médiuns receitistas, diversidade de médiuns de que nos lembramos agora, depois de havermos enumerado as demais faculdades. Estes diferem dos médiuns curadores, porque se limitam a transmitir, pela palavra ou pela escrita, fórmulas medicinais para o tratamento dos doentes. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

246. A mediunidade receitista é uma faculdade como as demais, suscetível de desenvolvimento e sujeita às mesmas regras que devem orientar os médiuns escreventes e falantes. Mas, dizíamos, a ciência deturpada, mercantilizada, materializada em todas as suas manifestações, inutiliza, abate, destrói todo o caráter da sabedoria, mas aquela sabedoria que vem do Alto e que é uma das asas que a Deus conduzem. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

247. Como se poderia livrar o Espiritismo da fraude do interesse pequenino, da mistificação, se vemos a mistificação e a fraude açambarcando todas as manifestações divinas? A mistificação, o embuste, tornou-se neste mundo coisa tão natural que o observador atento não deveria estranhar suceder o mesmo ao Espiritismo, quer seja em sua modalidade doutrinária, quer em sua manifestação positiva de experimentação e investigação, tal como o é a parte chamada prática desta Revelação. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

248. Como nem todos têm olhos para ver o que se passa no mundo e a nossa obrigação, entregando este livro à publicidade é orientar os experimentadores, auxiliar o critério e o discernimento dos leitores, não poderíamos, antes de lhe pôr o ponto final, desenvolver este capítulo, do qual também tratou o Espírito da Verdade, na obra da Codificação Kardecista, intitulada: O Livro dos Médiuns. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

249. Pelo estudo dos livros espíritas, o leitor compreenderá melhor o que é o Espiritismo, e o que são mistificações e fraudes espíritas, assim como se preparará para distinguir o médium verdadeiro do falso, e o médium desinteressado do médium traficante. Jesus manda reconhecer a árvore pelo fruto, acrescentando que os frutos maus não podem provir de árvore boa e vice-versa. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

250. Tanto os médiuns quanto os fenômenos necessitam de estudo consciencioso e escrupuloso, que deve ser feito com a máxima calma, tolerância, boa fé, sem ideias preconcebidas nem exigências descabidas. A análise, fria, orienta pela boa vontade de encontrar e abraçar a Verdade: esta é a que deve prevalecer nos meios de experimentação e estudo. Não cessamos de aconselhar aos médiuns um verdadeiro espírito de lealdade e de sinceridade, notando que a fraude, a mistificação, mesmo com o bom desejo de salientar a Verdade, prejudicam imensamente a marcha triunfal do Espiritismo. Jesus manda reconhecer a árvore pelo fruto, acrescentando que os frutos maus não podem provir de árvore boa e vice-versa. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

251. Cumpre-nos, entretanto, não deixar passar a seguinte consideração: quase todos os fenômenos espíritas são suscetíveis de fraude, de mistificação, desde o simples fenômeno de escrita até às manifestações físicas de materializações, que são as mais complexas. Mas, como a falsa medicina, a medicina mercenária não destrói a verdadeira Medicina, assim também os falsos fenômenos não destroem os fatos já constatados por todos os cientistas do mundo, até mesmo pelos que não abraçam ainda a Teoria Espírita. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

252. A Verdade sempre aparece. Por mais que queiram empaná-la, subjugá-la, ela brilha, aparece, e quando a julgam morta, ela se apresenta rediviva, ressuscitada como Jesus na Judeia depois da Crucificação. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) 

253. Lembremo-nos das palavras de Jesus aos que lhe queriam seguir as pegadas: “Buscai o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo”. O Evangelho é o fundamento sobre o qual se assentam as obras de Allan Kardec, ou seja, a grande, a incomparável filosofia Espírita. Estudá-lo é robustecer o critério e obter auxílio do Alto para o discernimento perfeito da Verdade, para o conhecimento e a distinção entre os fatos e as fraudes, as verdadeiras manifestações e as mistificações. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVIII – Charlatanismo - Mistificação - Fraudes espíritas - Médiuns interesseiros.) (Continua no próximo número.)  



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita