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O Espiritismo responde
Ano 9 - N° 436 -18 de Outubro de 2015
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Uma leitora de São Paulo (SP), em carta publicada nesta mesma edição, pergunta-nos: 

“Em que sentido a riqueza pode ser uma prova? Qual é a finalidade de prova assim, que tanto as pessoas na Terra almejam? Basta ver uma casa lotérica nos finais de semana, apinhada de pessoas que sonham com um dos prêmios sorteados pela Caixa Econômica Federal.”

De fato, é difícil acreditar que a riqueza, tanto quanto a beleza estonteante, constitua uma das provas que necessitamos enfrentar em nossa passagem pela experiência reencarnatória.

Tal é, no entanto, o ensinamento espírita.

Riqueza e pobreza nada mais são que provas, pelas quais o Espírito necessita passar, tendo em vista um objetivo mais alto, que é atingir a meta a que estamos destinados, ou seja, a perfeição.

Com esse propósito, Deus concede a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes. Aliás, segundo relatos inúmeros feitos por autores respeitáveis, tais provas são com frequência escolhidas pelos próprios Espíritos antes de sua imersão no corpo.

Tanto uma quanto outra – ensina o Espiritismo – são provas difíceis, visto que, se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfêmia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando-lhe, muitas vezes, seus objetivos.

A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação.

A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.

Jamais esqueçamos: a existência corpórea, por mais longa, é passageira e a morte do corpo priva o homem de todos os recursos materiais de que eventualmente disponha no plano terráqueo.

Pobres e ricos retornam, portanto, à vida espiritual em idênticas condições, o que mostra que a condição de rico e a condição de pobre não passam de expressões transitórias.

Evidentemente, nenhuma das provas citadas constitui obstáculo à chamada salvação. Se fosse assim, Deus, que as concede, teria dado a seus filhos um instrumento de perdição, ideia que repugna à razão.

No tocante à riqueza, não é difícil perceber que, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, além de arriscada, pode ser até mais perigosa que as demais provas que nos aparecem ao longo da vida.

Certamente foi isso que Jesus quis enfatizar quando declarou que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus. O Mestre fazia alusão aos males e às ilusões a que a riqueza pode conduzir o homem desprevenido, constituindo, porém, um erro deduzir de suas palavras que ao rico esteja vedado o acesso à salvação, ou seja, à ascensão a planos evolutivos mais elevados.

Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria outorgado aos homens. Mas, longe disso, se a riqueza não constitui elemento direto de progresso moral, é, sem dúvida, poderoso elemento de progresso intelectual.

Com ela pode o homem melhorar a situação material do mundo em que vive, ampliar a produção de bens, criar maiores e melhores recursos sociais por meio do estudo, da pesquisa e do trabalho. Eis por que é considerada elemento de progresso.

Se, todavia, o indivíduo que a detém se torna egoísta, orgulhoso e insaciável, e a desvia do seu objetivo providencial, prestará contas de seus atos ante a Justiça Divina, enquanto outros terão, por sua vez, oportunidade de fruí-la e provar, por suas atitudes, que é possível vencer essa difícil prova.

Numa interessante mensagem que o leitor pode conferir no cap. II, Segunda Parte, do livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, aquela que se chamou na Terra condessa Paula, desencarnada aos 36 anos de idade em 1851, declarou o seguinte: 

“Em várias existências passei por provas de trabalho e miséria que voluntariamente havia escolhido para fortalecer e depurar o meu Espírito; dessas provas tive a dita de triunfar, vindo a faltar no entanto uma, porventura de todas a mais perigosa: a da fortuna e bem-estar materiais, um bem-estar sem sombras de desgosto. Nessa consistia o perigo. E antes de o tentar, eu quis sentir-me assaz forte para não sucumbir. Deus, tendo em vista as minhas boas intenções, concedeu-me a graça do seu auxílio. Muitos Espíritos há que, seduzidos por aparências, pressurosos escolhem essa provas, mas, fracos para afrontar-lhes os perigos, deixam que as seduções do mundo triunfem da sua inexperiência.” 

Após as palavras acima reproduzidas, a ex-condessa Paula acrescentou: 

"Trabalhadores! estou nas vossas fileiras: eu, a dama nobre, ganhei como vós o pão com o suor do meu rosto; saturei-me de privações, sofri reveses e foi isso que me retemperou as forças da alma; do contrário eu teria falido na última prova, o que me teria deixado para trás, na minha carreira. Como eu, também vós tereis a vossa prova da riqueza, mas não vos apresseis em pedi-la muito cedo. E vós outros, ricos, tende sempre em mente que a verdadeira fortuna, a fortuna imorredoura, não existe na Terra; procurai antes saber o preço pelo qual podeis alcançar os benefícios do Todo-Poderoso.” (O Céu e o Inferno, Segunda Parte, cap. II, A condessa Paula.)


 
 


 
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