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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 436 -18 de Outubro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 2)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. É correto afirmar que na vida o divino amparo jamais nos falta?

Sim. É exatamente isso que Dr. Bezerra de Menezes disse ao grupo de Espíritos que foram ouvi-lo no Sanatório Esperança. Explicando por que muitos Espíritos acabam fracassando em seus projetos de soerguimento moral, ele disse: “É certo que nunca falta, a Espírito algum, o divino amparo, a inspiração e os meios hábeis para o êxito, mas muitos deles, logo despertam no corpo e atingem a idade da razão, são atraídos de retorno aos sítios de onde se deveriam evadir e às viciações que lhes cumpre vencer... As tendências inatas, que são reflexos dos compromissos vividos, impelem-nos para as condutas que lhes parecem mais agradáveis e que não lhes exigem esforços para superar. As conexões psíquicas, por afinidade, facilitam o intercâmbio com os desafetos da retaguarda, e sem o necessário empenho que, às vezes, impõe sacrifício e renúncia, fazem-nos tombar nas urdiduras bem estabelecidas para vencê-los, derrotá-los no empreendimento que deveria ser libertador”. (Tormentos da Obsessão, cap. 1 – Erro e punição.)

B. Onde se encontram as raízes do desequilíbrio que levam à delinquência?

Segundo Dr. Bezerra de Menezes, um estudo profundo, à luz da psicologia, nos faculta identificar no delinquente um enfermo emocional, cujas raízes do desequilíbrio se encontram nas experiências transatas de suas existências. “Culpa, remorso, desarmonia interior, desamor, que foram vivenciados, refletem-se em forma de comportamentos transtornados e atitudes infelizes que desbordam nas várias expressões do crime. Consequentemente, assistência específica, na mesma área psicológica, deveria ser utilizada para recuperar o paciente infeliz e conceder-lhe o direito à reabilitação, ao resgate do erro perante a vítima e a sociedade” – aditou o amorável Benfeitor. (Obra citada, cap. 1 – Erro e punição.)

C. A obsessão pode ser, em alguns casos, um dos fatores da delinquência?

Sim. “Dia virá – diz Dr. Bezerra de Menezes – em que os estudiosos do comportamento criminoso da criatura humana perceberão, além desses fatores que levam à delinquência, um outro muito mais grave e sutil, que necessita de profundos estudos, a fim de que se criem novos códigos de justiça para os infratores colhidos por essa incidência. Referimo-nos à obsessão, quando Espíritos adversários, desejando interromper-lhes a marcha evolutiva, induzem-nos à prática de delitos de toda ordem, tornando-se coautores de incontáveis agressões criminosas, que muitas vezes redundam em acontecimentos infaustos, irreversíveis.” (Obra citada, cap. 1 – Erro e punição.)

Texto para leitura

15. Cada indivíduo é a história viva dos seus atos – Já conhecido, e partícipe de outros cometimentos, Manoel P. de Miranda foi recebido pelo Dr. Bezerra de Menezes, com seu proverbial carinho e eloquente sabedoria, qual sucedera com os demais membros do grupo atencioso. Após breves instantes de saudações afetuosas e palavras introdutórias a respeito do tema, o venerável Mentor assim iniciou a palestra educativa: “A problemática do comportamento moral do ser humano encontra-se relacionada com o seu nível de progresso espiritual. Por essa razão, Jesus acentuou que mais se pedirá àquele a quem mais se deu, considerando-se o grau de responsabilidade pessoal, em razão dos fatores predisponentes e preponderantes para a conduta. Cada indivíduo é a história viva dos seus atos passados. A soma das suas experiências modela-lhe o caráter, as aspirações, o conhecimento e a responsabilidade moral. Invariavelmente, ao lado das conquistas significativas conseguidas em cada etapa reencarnacionista, não raro, gravames e quedas turvam a pureza dos seus triunfos, constituindo-lhe empecilhos para avanços mais expressivos”. (Tormentos da Obsessão, cap. 1 – Erro e punição.)

16. Nunca falta a Espírito algum o divino amparo – Prosseguindo em sua fala, Dr. Bezerra explicou que em razão de suas atitudes no passado renascem os Espíritos no clima moral a que fazem jus, nos grupos familiares compatíveis com as suas necessidades, portadores de compromissos próprios para o desenvolvimento dos valores éticos e morais relevantes. Não podendo eliminar as causas precedentes, de alguma forma fazem-se acompanhar por afetos ou adversários que se lhes permanecem vinculados à economia evolutiva. E acrescentou: “É certo que nunca falta, a Espírito algum, o divino amparo, a inspiração e os meios hábeis para o êxito, mas muitos deles, logo despertam no corpo e atingem a idade da razão, são atraídos de retorno aos sítios de onde se deveriam evadir e às viciações que lhes cumpre vencer... As tendências inatas, que são reflexos dos compromissos vividos, impelem-nos para as condutas que lhes parecem mais agradáveis e que não lhes exigem esforços para superar. As conexões psíquicas, por afinidade, facilitam o intercâmbio com os desafetos da retaguarda, e sem o necessário empenho que, às vezes, impõe sacrifício e renúncia, fazem-nos tombar nas urdiduras bem estabelecidas para vencê-los, derrotá-los no empreendimento que deveria ser libertador”. (Obra citada, cap. 1 – Erro e punição.)

17. A justiça de Deus está ínsita na vida – Na sequência, Dr. Bezerra lembrou que a justiça está ínsita em a natureza, e o desenvolvimento moral do ser amplia-lhe os conteúdos sublimes na consciência. A aplicação dos códigos da justiça na Terra vem-se dando conforme o grau de responsabilidade humana e o seu aprimoramento moral. Das grotescas e impiedosas punições do barbarismo e da Idade Média, para a moderna visão da ciência da Penalogia, houve uma identificação maior da mente humana com a justiça divina, lentamente incorporada aos códigos legais terrestres. Ainda estamos longe de uma justiça saudável e igualitária para todos, não obstante, já se pensa em diretrizes humanitárias a serem utilizadas, dignificando o delinquente e não apenas punindo-o. Isso porque o conceito sobre a justiça de Deus, mediante a evolução do pensamento e da consciência, elimina a arbitrariedade e a crueldade que eram atribuídas ao Criador, associado agora à ideia de misericórdia e amor, que nos oferece método de reeducação construtiva e terapêutica para todos os males. Observou o amorável benfeitor: “Quase sempre, quando se pensa em justiça, imediatamente ocorre o pensamento em torno do componente da punição, como se a sua fosse a finalidade do castigo, e jamais da equanimidade, da preservação da ordem e do dever. Tão associado tem-lhe estado esse reflexo, que se confunde o seu ministério de preservar o equilíbrio do indivíduo, da massa e das nações, mediante medidas coercitivas da liberdade, ao lado de recessões, embargos de alimentos e remédios, e dilacerações físicas, psicológicas e morais destruidoras do sentido da vida”. (Obra citada, cap. 1 – Erro e punição.)

18. No delinquente deparamos um enfermo emocional – Segundo Dr. Bezerra, um estudo profundo, à luz da psicologia, faculta identificar-se no delinquente um enfermo emocional, cujas raízes do desequilíbrio se encontram nas experiências transatas das existências. “Culpa, remorso, desarmonia interior, desamor, que foram vivenciados, refletem-se em forma de comportamentos transtornados e atitudes infelizes que desbordam nas várias expressões do crime. Consequentemente, assistência específica, na mesma área psicológica, deveria ser utilizada para recuperar o paciente infeliz e conceder-lhe o direito à reabilitação, ao resgate do erro perante a vítima e a sociedade.” Pensativo, o Benfeitor fez nova pausa e prosseguiu: “Além desses fatores psicológicos, outros mais, quando deficientes, contribuem para o erro da criatura humana, quais sejam: a educação no lar e a convivência familiar, o meio social, os recursos financeiros e o trabalho, a recreação e a saúde, que desempenham papel de infinita importância na construção da personalidade e no desenvolvimento dos sentimentos. Em uma sociedade justa, há predominância dos valores de que se desincumbem airosamente os governantes, dando conta das responsabilidades que assumiram perante o povo, sempre vigilantes no que diz respeito aos deveres em relação às massas. Infelizmente, ainda não viceja genericamente essa consciência, o que responde pelos altos índices da violência e da criminalidade, em razão das fugas espetaculares pelas drogas químicas, pela anarquia, pelo desbordar das paixões a que se entregam os indivíduos mais frágeis moralmente. Isso faculta-lhes a eventualidade da prática do delito, conforme se pode constatar na literatura do passado e do presente”. (Obra citada, cap. 1 – Erro e punição.)

19. O erro é sombra que acompanha quem o pratica – Depois de mencionar Dostoiewski e sua famosa obra Crime e Castigo, Dr. Bezerra lembrou que diversos autores, como Victor Hugo, Charles Dickens, Arthur Muller e muitos outros apresentam criminosos que se tornam simpáticos aos seus leitores, porque foram levados ao crime por circunstâncias ocasionais, desde que, portadores de elevados princípios, viram-se na contingência de errar, recebendo em troca punições perversas e injustas. “O erro é sombra que acompanha aquele que o pratica até que se dilua mediante a luz clara da reparação. Providenciados os meios hábeis para a renovação do equivocado, reeducando-o para a convivência social, é justo se lhe conceda o ensejo de prosseguir construindo o futuro, enquanto se sente liberado do desequilíbrio praticado.” (Obra citada, cap. 1 – Erro e punição.)

20. A obsessão como um dos fatores da delinquência – A fim de conceder aos que o ouviam ensejo de bem aprofundar reflexões, o amorável amigo fez uma nova pausa, e concluiu: “Dia virá em que os estudiosos do comportamento criminoso da criatura humana perceberão, além desses fatores que levam à delinquência, um outro muito mais grave e sutil, que necessita de profundos estudos, a fim de que se criem novos códigos de justiça para os infratores colhidos por essa incidência. Referimo-nos à obsessão, quando Espíritos adversários, desejando interromper-lhes a marcha evolutiva, induzem-nos à prática de delitos de toda ordem, tornando-se coautores de incontáveis agressões criminosas, que muitas vezes redundam em acontecimentos infaustos, irreversíveis. Trabalhando lentamente o campo mental das vítimas com as quais se hospedam psiquicamente, terminam por inspirar-lhes sentimentos vis, armando-as contra aqueles que, por uma ou outra circunstância, se lhes tornam inimigos, com ou sem razão. Transformando-se em adversários incansáveis, obstinadamente as perseguem ou as enfrentam em combates de violência, que terminam em tragédias... Sob outro aspecto, esses Espíritos utilizam-se daqueles com os quais têm sintonia mental e moral, para se desforçarem de quem os prejudicou anteriormente, e agora não são alcançados pela sua sordidez nem perversidade, praticando homicídios espirituais hediondos. As obsessões, nessa área, são muito expressivas”. Explicitando de forma muito clara o fenômeno e seus efeitos, Dr. Bezerra acrescentou: “O erro, em si mesmo, gera um clima psíquico nefasto, que atrai Espíritos semelhantes ao que se compromete moralmente, passando a manter sistemática sintonia e comércio emocional continuado. O castigo geral aplicado a todos quantos se fazem vítimas da criminalidade, sem diferença de situação ou conteúdo espiritual, torna-se injusto e mesmo odiento, transferindo-se para o mundo espiritual os efeitos desses conúbios desastrosos. A Divindade, porém, vela, e as Suas Leis sábias alcançam inapelavelmente todos os seres da Criação, facultando o processo evolutivo, mediante o qual será possível a felicidade que se anela. Cuidemo-nos, todos nós, de nos preservar do mal, suplicando o divino socorro, conforme propôs o incomparável Mestre, na Sua Oração dominical, buscando-Lhe o amparo e a inspiração, a fim de podermos transitar com equilíbrio pelos difíceis caminhos da ascensão espiritual.” (Obra citada, cap. 1 – Erro e punição.)

21. Eurípedes Barsanulfo, um ser interexistente – Terminado o colóquio com o venerável Benfeitor, Manoel P. de Miranda foi atendido por um dos diretores do Sanatório Esperança, o Dr. Inácio Ferreira, que lhe falou sobre o trabalho desenvolvido por Eurípedes Barsanulfo, quando ainda reencarnado e as origens do aludido Sanatório. Sobre Eurípedes, Dr. Inácio disse o seguinte: “Ser interexistente, viveu como apóstolo da caridade, possuindo extraordinários potenciais curadores e especial acuidade como receitista espiritual, dedicado ao socorro dos menos felizes. Nunca se negou a socorrer quem quer que fosse, mesmo àqueles que o perseguiam de forma inclemente, e que, ao enfermarem, não encontrando recursos hábeis para o reequilíbrio, buscavam-no, dele recebendo o concurso superior para o prosseguimento da jornada evolutiva. Desencarnando jovem, vitimado pela epidemia da gripe espanhola, que assolou o mundo, prosseguiu como missionário de Jesus amparando milhares de vidas que se lhe vincularam, especialmente na região por onde deambulara na recente existência encerrada”. E acrescentou: “O seu nome tornou-se bandeira de esperança, e com um grupo de cooperadores devotados ao Bem, alargou o campo de trabalho socorrista, ampliando as áreas de atendimento sob a inspiração do Psicoterapeuta por excelência. Não se limitando a socorrer exclusivamente os viandantes do carro físico, acompanhou, também, após a desencarnação, muitos daqueles que lhe receberam o concurso, neles constatando o estado deplorável em que retornavam à Pátria, vencidos por perseguidores cruéis que os obsidiavam, ou vitimados por ideoplastias terríveis derivadas dos atos a que se entregaram, enlouquecendo de vergonha, de dor e de desespero após o portal do túmulo”. (Obra citada, cap. 2 – O Sanatório Esperança.) (Continua no próximo número.)

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita