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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 436 -18 de Outubro de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Médiuns e Mediunidade

Cairbar Schutel

(Parte 13) 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Médiuns e Mediunidade, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1923 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). O estudo basear-se-á na 7ª edição da obra, publicada em 1977.

Questões preliminares 

A. Para bem discernir a qualidade dos Espíritos que se comunicam em nossas reuniões, que conselho foi dado aos homens pelo evangelista João?

"Amados, não creais em todo o Espírito, mas provai os Espíritos, para ver se vêm de Deus, porque muitos falsos profetas têm aparecido no mundo." Essa recomendação está contida no cap. IV da 1ª Epístola escrita por João, autor do 4º evangelho canônico e do Apocalipse. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.)

B. Existe um critério para distinguirmos os Espíritos que se manifestam em nossas sessões?

Sim. Para a distinção dos Espíritos devemos usar o mesmo critério que usamos na distinção dos homens, pela linguagem e pelo trato. Allan Kardec propõe uma comparação bem interessante, que serve positivamente de norma para o julgamento que devemos fazer dos Espíritos que se comunicam. Diz ele: "Suponhamos que um homem receba vinte cartas de pessoas que não conhece; pelo estilo, pelos pensamentos e enfim por um milhão de circunstâncias, julgará quais são as instruídas ou ignorantes, polidas ou malcriadas; superficiais, profundas, frívolas, orgulhosas, sérias, levianas, sentimentais. O mesmo acontece aos Espíritos; deve-se considerá-los como correspondentes que nunca vimos, e perguntar-se o que se devia pensar do saber e caráter de um homem que dissesse ou escrevesse coisas semelhantes. Pode-se estabelecer como regra invariável e sem exceção que a linguagem dos Espíritos está sempre na razão do grau de sua elevação. Não só realmente os superiores não dizem senão coisas boas, mas também dizem-nas em termos que excluem qualquer trivialidade; por muito boas que possam ser, se forem desbotadas por uma expressão que demonstre baixeza, é um sinal indubitável de inferioridade; com mais forte razão se o conjunto das comunicações ferir as conveniências com expressões grosseiras”. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.)

C. Que cuidado devemos ter com as comunicações mediúnicas que recebemos?

O Espírito de São Luís deu-nos, a esse respeito, um conselho que devemos meditar e procurar adotar sempre em nossos trabalhos: "Qualquer que seja a confiança legítima que vos inspirem os Espíritos que presidem os vossos trabalhos, há uma recomendação que não cessaremos de repetir, e que deveis ter sempre na ideia quando vos entregardes aos estudos: é que deveis pensar, refletir e sujeitar ao rigoroso e severo exame da razão todas as comunicações que receberdes, e que não deixeis, logo que qualquer ponto vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações necessárias para vos certificardes". (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.)

Texto para leitura

214. As sessões práticas devem ser privativas, com número reduzido de assistentes convencionados, que deverão ser assíduos às reuniões. Elementos estranhos prejudicam de certa forma o bom resultado dos trabalhos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXV – Organização dos centros de estudo e experiências.) 

215. A pessoa que dirige a sessão deve contar com um bom Guia Espiritual e esforçar-se pelo próprio aperfeiçoamento, procurando desembaraçar-se das paixões más. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXV – Organização dos centros de estudo e experiências.) 

216. A união é indispensável, porque sem união não há amor fraternal; sem união os experimentadores podem ser vítimas de Espíritos zombeteiros e ignorantes. É preciso evitar divergências e discórdias, que só contribuem para desviar as atenções do verdadeiro fim da reunião. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXV – Organização dos centros de estudo e experiências.) 

217. O ciúme é terrível atrativo dos Espíritos inferiores; a inveja é um ímã que atrai Espíritos egoístas e orgulhosos, que prejudicam sobremodo o bom curso dos trabalhos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXV – Organização dos centros de estudo e experiências.) 

218. O silêncio e o recolhimento são condições essenciais para comunicações sérias. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXV – Organização dos centros de estudo e experiências.) 

219. Convém deixar o Espírito falar e em poucas palavras pedir-lhe que se dê a conhecer, auxiliando também aos assistentes a compreenderem o motivo da sua manifestação. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXV – Organização dos centros de estudo e experiências.) 

220. É indispensável, enfim, boa ordem para que se obtenha bom resultado, e os próprios Espíritos Guias encarregar-se-ão do mais, desde que se mantenha no núcleo a unidade de espírito pelo vínculo da paz. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXV – Organização dos centros de estudo e experiências.) 

221. A distinção dos Espíritos é um trabalho de interesse para o estudante e para os centros constituídos. Esta parte experimental do Espiritismo é a que apresenta mais dificuldades, justamente pelos embaraços com que lutam os investigadores no discernimento dos Espíritos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

222. Não há dúvida de que, para bem discernir os Espíritos, é preciso ser dotado de uma faculdade mediúnica, denominada pelo Apóstolo Paulo, no cap. XII, 10, da 1ª  Epístola aos Coríntios: DOM DO DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS. Trata-se de uma mediunidade como outra qualquer e que exige muito estudo, muito trabalho, muita perspicácia. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

223. A formação do critério influi valorosamente para a posse desse DOM. O homem de critério, em geral, é médium discernidor. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

224. As pessoas criteriosas são meditativas, observadoras, reservadas; embora excessivamente racionais, quando têm a felicidade de conhecer o Espiritismo, deixam agir o sentimento onde a razão não atinge, e os Mensageiros do Senhor lhes são solícitos para os auxiliarem nos estudos e investigações a que se entregam. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

225. Os Espíritos que vêm se comunicar são aqueles mesmos que viveram em forma carnal neste mundo: uns atingiram uma esfera de conhecimentos e virtudes que lhes dão a santidade; outros continuam tal qual eram na Terra: menos bons, turbulentos, viciosos, zombeteiros. Entre um e outro extremo é inumerável o grau de adiantamento e progresso.  

226. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, faz um esboço da Escala Espírita, cuja leitura recomendamos a todos, para maior esclarecimento da matéria que nos prende a atenção. Também em O Livro dos Médiuns ele trata magistralmente do assunto. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

227. Os evangelistas de todas as idades não têm se esquecido de recomendar aos neófitos o discernimento dos Espíritos, para o bom resultado de seus estudos no campo espinhoso da experimentação. Nos primeiros tempos do Cristianismo as comunicações com os Espíritos se intensificaram tanto que o Evangelista João, na 1ª Epístola, cap. IV, 1, diz: "Amados, não creais em todo o Espírito, mas provai os Espíritos, para ver se vêm de Deus, porque muitos falsos profetas têm aparecido no mundo". (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

228. A prece de coração, feita com verdadeiro desejo de obter conhecimentos, favorece sobremodo a boa assistência espiritual. O Mestre dos Mestres, segundo refere o Evangelista Lucas, cap. XI, v. 10, dizia: "Aquele que pede, obtém; o que procura encontra; abrir-se-á ao que bater. Se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, com muito mais forte razão vosso Pai Celestial enviará um BOM ESPÍRITO aos que lho pedirem". (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

229. Para a distinção dos Espíritos devemos usar o mesmo critério que usamos na distinção dos homens, pela linguagem e pelo trato. Allan Kardec propõe uma comparação bem interessante, que serve positivamente de norma para o julgamento que devemos fazer dos Espíritos que se comunicam. Diz ele: "Suponhamos que um homem receba vinte cartas de pessoas que não conhece; pelo estilo, pelos pensamentos e enfim por um milhão de circunstâncias, julgará quais são as instruídas ou ignorantes, polidas ou malcriadas; superficiais, profundas, frívolas, orgulhosas, sérias, levianas, sentimentais. O mesmo acontece aos Espíritos; deve-se considerá-los como correspondentes que nunca vimos, e perguntar-se o que se devia pensar do saber e caráter de um homem que dissesse ou escrevesse coisas semelhantes. Pode-se estabelecer como regra invariável e sem exceção que a linguagem dos Espíritos está sempre na razão do grau de sua elevação. Não só realmente os superiores não dizem senão coisas boas, mas também dizem-nas em termos que excluem qualquer trivialidade; por muito boas que possam ser, se forem desbotadas por uma expressão que demonstre baixeza, é um sinal indubitável de inferioridade; com mais forte razão se o conjunto das comunicações ferir as conveniências com expressões grosseiras”. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

230. Eis outras observações sobre o assunto feitas por Kardec: "A linguagem deixa ver sempre a origem, quer pelo pensamento que traduz, quer pela forma; e, ainda quando o Espírito quisesse iludir a respeito da sua suposta superioridade, bastaria conversar algum tempo com ele para apreciá-lo. A bondade e a benevolência são ainda atributos essenciais dos Espíritos bons. Não têm ódio aos homens, nem aos Espíritos; lamentam as fraquezas, criticam os erros, mas sempre com moderação, sem fel nem animosidade. Cumpre também notar, para o bom discernimento, que a inteligência por si só não é sinal de superioridade; a inteligência, a bondade, a moral, precisam caminhar a par”. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

231. Um Espírito pode ter uma linguagem muito rica, uma terminologia complicada, demonstrar, enfim, conhecimentos, mas ser inferior em moralidade. O mesmo acontece, também com a maioria dos doutos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) 

232. O Espírito de São Luís deu-nos o seguinte conselho, que muito orientará os estudantes: "Qualquer que seja a confiança legítima que vos inspirem os Espíritos que presidem os vossos trabalhos, há uma recomendação que não cessaremos de repetir, e que deveis ter sempre na ideia quando vos entregardes aos estudos: é que deveis pensar, refletir e sujeitar ao rigoroso e severo exame da razão todas as comunicações que receberdes, e que não deixeis, logo que qualquer ponto vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações necessárias para vos certificardes". (Médiuns e Mediunidade, cap. XXVI – Discernimento dos Espíritos.) (Continua no próximo número.)



 


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