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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 436 -18 de Outubro de 2015

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 

  

No dia do aniversário


Deve ser coisa de médium, na maior parte do tempo com metade do espírito pra fora da Terra. De tão desligada, só fui me lembrar de que fazia aniversário hoje, cerca de uns seis dias atrás, apesar de semanas antes, na Bienal, um amigo escritor, que comemora apenas um dia depois, ter mencionado o assunto,falando acerca de características semelhantes entre os do signo de Libra.

Mas não é sobre isso, o artigo. Quis compartilhar com os leitores a beleza da mensagem dos amigos benfeitores da Espiritualidade, na data, de entremeio à certeza da presença deles, e em especial à do meu mentor, desde uns dois dias anteriores – dada aquela sensação toda particularizada, que é a sua energia própria, marca d’água espiritual inebriante, como o aroma de um perfume delicioso de seu exclusivo uso – como se, por graça de antecipação, me visse transportada, de maneira mais efetiva, ao ambiente de seu convívio, nos cenários magníficos das dimensões de amor onde habita.

Acredito tratar-se de mensagem cujo conteúdo se faz útil, como maravilhoso reconforto, a todos os que se acham em situação de reencarnados, porque estamos em mesma estada transitória de aprendizado na matéria; e tendo em conta que contamos, cada um de nós, com nossos próprios mentores, benfeitores, familiares que nos acompanham e se interessam por nós, a partir do Mundo Maior.

Eis, portanto, queridos, a mensagem que, emocionada, compartilho, e que vem comprovar que os laços de amor perduram para sempre, e que nunca estamos separados por distância, dimensões, ou tempo, daqueles que sempre nos querem bem:
 

“Minha querida,


Representa, para nós, o mergulho periódico na matéria, de um ser muito amado, uma despedida sentida, como se faz na desencarnação dos de sua estima, que estão onde você se encontra, sem muitas diferenças para além de nos acharmos em situação de privilégio quanto às recordações do passado milenar, diferentemente de quem está reencarnado, com suas lembranças das vivências conosco apagadas, embora apenas de modo temporário.


É por isso que, de dentro da nossa condição, que nos permite esta percepção mais abrangente, infalivelmente, em cada data natalícia do nosso ente querido no plano material terreno – e apesar das saudades justas amenizadas somente pela certeza do reencontro num futuro mais ou menos breve –, fazemos por onde cercar de uma atmosfera impressiva de amor redobrado, de forma enfática, este que é o alvo do nosso saudosismo constante e dos nossos cuidados. Eis, assim, a razão das sensações abençoadas que experimenta nas últimas horas. Sim, querida! Como sempre, desde a sua despedida do nosso meio, do nosso verdadeiro Lar, seguimos contigo!


Veja, é ao ser amado, e somente apartado transitoriamente em viagem, que dedicamos todos os eflúvios da nossa presença e do nosso amor sincero!Em nada difere de quem se ausenta da matéria de volta ao nosso convívio, deixando também, entre quem segue reencarnado, a dor e as lágrimas pela ausência, daqueles a quem se liga por afeição, até o próximo reencontro.


Enquanto permanecem aí, minha querida, muitas vezes se fazem visitações aos túmulos, onde somente repousam os despojos inertes do corpo devolvido aos cuidados sábios da natureza divina.Mas os seres que são alvo destas homenagens, na Vida verdadeira, recebem, viva e instantaneamente, os benefícios das preces e da afetividade que lhes são dirigidas! Desencarnam, portanto, na materialidade; renascem no lar verdadeiro, entre os que os estimam!


Daqui, contudo, não visitamos túmulos – mas cercamos com a nossa presença e mesmas emissões de intenso amor o próprio ser somente temporariamente distanciado em tarefas, não raro, cansativas e difíceis, árduas, de aprendizado, auxílio mútuo e crescimento íntimo, nas regiões do mundo físico onde habita, durante o período em que tem confinada a sua consciência plena num corpo de carne,aonde lhes chegam, apesar de tudo, lembranças e sensações mais ou menos vívidas sobre a nossa existência, dependendo do grau de despertamento íntimo em que se encontre cada ser em sua caminhada!


Assim, e sem me alongar demais, lhe endereço, junto aos que daqui também a amam e conhecem a certeza do nosso feliz reencontro na verdadeira morada, o meu mais sincero amor, que retempera as saudades efetivas, somado à intenção de vê-la, não apenas nesta data, mas sempre, inabalável na convicção do caminho orientado pelo exemplo de Amor maior, deixado ao mundo pelo Mestre Jesus, e por todos os que, desde o princípio da jornada humana, nos amparam e norteiam a trajetória segundo as referências seguras de felicidade na intimidade da Luz divina, latente na essência de cada ser presente na Criação!


Caio Fábio Quinto. Em 04/10/2015.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita