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Brasil
Ano 9 - N° 435 -11 de Outubro de 2015
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)
 
 

Divaldo Franco fez a conferência de abertura do Congresso Espírita do
Rio Grande do Sul

O evento, em sua oitava versão, realizou-se na
turística e bela cidade de Gramado

 
Em sua característica habitual, não se permitindo ficar inativo com relação ao Espiritismo, Divaldo Franco, médium e orador espírita, semeador de escol, aproveitou parte da manhã do dia 1º de outubro para conceder, a convite, uma entrevista para a TVFERGS, a TV da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, abordando temas diversos.

No final da tarde, início da noite, o Paulo de Tarso dos dias atuais apresentou-se no Palácio dos Festivais para proferir a conferência O Céu e o Inferno à Luz do Espiritismo. A Presidente da FERGS, Maria Elisabeth da Silva Barbieri, saudou os participantes destacando a alegria em recebê-los, desejando que os corações sejam aquecidos e as almas repletas de esclarecimentos e consolações.

Divaldo Franco apresentou uma panorâmica histórica, notadamente na França, onde alguns pensadores e líderes políticos, após a Revolução Francesa de 1789, decidiram abandonar a ideia de Deus, a sua existência, adotando o materialismo. Já no século seguinte, o XIX, o Século das Luzes, a humanidade viu florescer o crescimento científico, e grandes nomes de pensadores, artistas, filósofos, cientistas, como Paul Pierre Broca, médico, anatomista, descobridor do centro de uso da palavra no cérebro humano, e tantos outros dedicados pesquisadores como o fisiologista Jean-Martin Charcot, médico e cientista francês, professor no Hospital da Salpêtrière, em Paris/França, foram apresentando respostas para indagações antigas.

De um lado florescia a ciência, cética, fria, de outro, a humanidade recebia em 1804 aquele que mais tarde seria conhecido como Allan Kardec, apresentando e desenvolvendo a ciência espírita a partir do ano de 1857, com o lançamento de O Livro dos Espíritos. Adentrando o Século XX, o conhecimento científico continuou a se ampliar, beneficiando a humanidade, ensejando que novos conceitos fossem incorporados nas artes, no conhecimento em geral, principalmente após a Segunda Guerra Mundial.

O Materialismo ganhava a Terra, porém Jesus permanecia em germe na intimidade dos seres.  

O céu e o inferno são estados de consciência 
 

O sentimento transcendente foi perpassando a dura barreira do academicismo materialista e se instalando na mente de homens iluminados e as duas grandes áreas – ciência e espiritualismo – trilham seus caminhos em busca de respostas cada vez mais esclarecedoras. A mensagem cristã, tocando de forma indelével a criatura humana, sedimenta-se, oportunizando-lhe conquistas ini-

Divaldo com amigos na banca de livros

gualáveis no campo da elevação moral.

Tocando os corações, Divaldo Franco, mestre da oratória, narrou a comovente história vivenciada pela eminente e tradicional família Stanford, da Califórnia, no início do Século XX. Leland Stanford Jr. é o personagem central, motivador de mudanças. Com a morte de Leland, sua mãe transformou-se radicalmente, desfazendo-se de seu patrimônio em favor dos necessitados, principalmente dos órfãos. Em homenagem ao filho desencarnado muito jovem, em Florença/Itália, vítima da febre tifoide, Jane Stanford fundou a Universidade Stanford, em Palo Alto/EUA, como memorial ao filho. A narrativa envolvendo Leland Jr. e crianças de um orfanato em São Francisco, na Califórnia, foi capaz de comover o público que lotava o Palácio dos Festivais.

O céu e o inferno são estados de consciência. O estado de plenitude, de individuação, o sentido da vida, a plenitude de possuir o reino dos céus no íntimo é viver no céu. Os tormentos nos situam no inferno. Que cada um saiba viver segundo a doce ternura de Jesus Cristo, pensando nos céus de esperanças que aguardam o ser humano, desenvolvendo o sentimento de gratidão a Deus, não postergando a felicidade.

A dor é uma bênção que faz com que as infrações à Lei Divina sejam corrigidas. As palavras incentivadoras, e finais, do Embaixador da Paz no Mundo, Divaldo Franco, foram no sentido de exortar a criatura humana a fazer todo o bem possível, ser solidário para não ser solitário.

Após proferir o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco foi calorosamente aplaudido, ficando o público de pé, agradecendo-lhe as lídimas palavras de exaltação ao bem, ao amor e a vida. 

Espíritas de todo o Brasil vieram ao Congresso 

No período matutino, Divaldo Franco visitou o local onde se desenvolveu o 8º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, o Centro de Eventos Serra Park. Acompanhado pela Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, a Sra. Maria Elisabeth da Silva Barbieri, percorreu o espaço de comercialização de livros expostos de diversas editoras, a área de recepção, o auditório, os ambientes dedicados a exposições temáticas, as destinadas ao Congressinho – atendendo às necessidades específicas de crianças e jovens. Em continuidade, participou de uma reunião privativa com a Diretoria da FERGS. Finalizando a visita, Divaldo almoçou no local, acompanhado pela Presidente Bete Barbieri e demais voluntários, que desde há vários dias encontravam-se em faina frenética.

A abertura do 8º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul contou com a participação da Orquestra Sinfônica de Gramado, que, sob a regência do Maestro Bernardo Grings, executou lindas sinfonias que encantaram o público.



Estando a mesa diretiva do Congresso composta pelo Presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), Jorge Godinho Barreto Neri; pela Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul (FERGS), Maria Elisabeth da Silva Barbieri, e sua Diretoria Executiva; pela Secretária de Turismo de Gramado, Rosa Helena Volk, representando o Prefeito Nestor Tissot; por diversas lideranças espíritas municipais, estaduais e nacional; e naturalmente pelo orador Divaldo Pereira Franco, teve início, oficialmente, o 8º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul no Centro de Eventos Serra Park, ao entardecer do dia 2 de outubro de 2015.

A Presidente da FERGS, acolhendo o público, saudou-o, informando que estavam inscritos no Congresso que se iniciava espíritas procedentes dos vinte e seis Estados brasileiros, mais o Distrito Federal, além de representantes do Uruguai, da Argentina e de Cuba. O tema central do Congresso foi O Amanhecer de uma Nova Era: Colhendo Esperanças e Consolações.
 

Divaldo Franco proferiu a conferência de abertura historiando fatos ocorridos e seus personagens no período que antecedeu a vinda do Cristo à Terra.

Esse período foi de preparação, ocorrido sob o império de Caio Júlio César Octavio, que primou pelo desejo de governar com ética, com moral, envidando esforços por

construir a paz no Império, que havia permanecido quase seiscentos anos em guerras sucessivas. Naquele período a Terra estava estabelecendo uma trégua com os grandes conquistadores. Logo, a história seguiu seu curso com as ações de Herodes, o Grande, um dos homicidas seriais da época. Preparava-se, portanto, o nascimento de Jesus.

A dor é a gentil escultora da plenitude 

Delineado o período, nasceu Jesus em uma noite estrelada de abril em uma singela estrebaria. Jesus teve a coragem de estabelecer o exercício do amor como nenhum outro logrou fazer. Psicoterapeuta por excelência, suas ações dividiram a história da humanidade, como assevera Ernest Renan, que o classificou como um homem incomparável. As ações de Jesus representavam, então, o início da saída da noite escura em direção ao dia banhado pela luz solar potente.

Na casa de Simão Bar Jonas, à beira do mar da Galileia, Jesus atraiu uma multidão, como de hábito, ávida por curas e milagres. Dentre os muitos estropiados encontrava-se o paralítico Nathanael Ben Elias, de Cafarnaum. Depois de esforços, foi ele levado à presença do Mestre Nazareno, que, inquirindo- sobre o desejo de curar-se, e olhando-o com ternura e compaixão, concedeu-lhe o solicitado. Nathanael, exultante, ergueu-se e passou a andar, após quase vinte e um anos sem movimentar-se.

Outras inúmeras curas foram realizadas naquela memorável assembleia na casa de Simão Bar Jonas, que, entusiasmado pela presença do Meigo Rabi em sua casa e com as curas ali operadas, notou que Jesus estava cansado. Interrompeu as atividades e levou o Mestre a sentar-se sobre uma pedra à beira do mar da Galileia. Simão percebeu a tristeza no semblante do Rabi.  Indagado, respondeu que chorava de compaixão, de tristeza por alguns dos recém-curados, como Nathanael, que, em busca de fazer o que não pôde durante a paralisia, se deixou perder nos prostíbulos. “Simão, disse Ele, eu não vim para colocar remendos novos em panos velhos e rotos, nem colocar vinho novo em odres velhos e sujos.”

Divaldo, continuando sua narrativa histórica, apresentou a caminhada da humanidade até os dias atuais, demorando-se um pouco mais nas narrativas referentes ao advento da Doutrina Espírita, suas obras e conteúdo. Destacou que a dor é a gentil escultora da plenitude, é uma bênção.  Salientou, como fizera no início de sua conferência, que os dias de hoje são como aqueles que precederam a chegada do Mestre Nazareno. A violência em todos os níveis sociais, intelectuais, desvios de caráter ético-morais, foram as características daquele passado e que ora a humanidade atual experimenta.

Preparando a finalização da conferência, Divaldo Franco, o Semeador de Estrelas, narrou as bem-aventuranças, fazendo o encerramento com o Poema da Gratidão. O público, tomado por um sentimento de plenificação e enlevo, aplaudiu o conferencista de forma calorosa, de pé, reconhecendo o trabalho esclarecedor, consolador e portador de esperanças. 

O seminário Sexo e Sociedade 
 

Na tarde seguinte, dia 3 de outubro, Divaldo Franco voltou a falar no 8º Congresso Espírita, quando ministrou o seminário Sexo e Sociedade.

Divaldo Franco, com sua verve característica, citou, à luz de sua própria emoção, a sentença de Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma

Gandhi, líder da independência da Índia e de paquistaneses, que asseverava: todo aquele que conseguisse atingir o mais elevado nível de amor seria capaz de neutralizar o ódio de milhões de criaturas humanas.

Divaldo, empolgante e cativante, abordando o tema em tela, e para demonstrar a importância e a compreensão sobre o assunto, utilizou-se da classificação desenvolvida por Peter Ouspensky, discípulo de Gurdjieff, classificando a humanidade em dois grupos. O primeiro, formado pelas pessoas fisiológicas, em maior número, são as que se encontram no nível de consciência de sono, alimentam-se, dormem e procriam. O segundo, composto pelos indivíduos psicológicos, em menor número, formado pelos que estão com a consciência desperta, são os que, além das três atividades dos primeiros, também amam, são solidários, caridosos, transcendentes.

Emilio Mira y Lopes, sociólogo, médico psiquiatra e psicólogo, destacou o orador, afirma que a criatura humana difere dos outros animais porque possui cinco características: 1. Personalidade; 2. Conhecimento; 3. Identificação; 4. Consciência de si; e 5. Individuação, ou consciência cósmica. Cada uma dessas características foi desdobrada por Divaldo Franco, ampliando o conhecimento.

Desenvolvendo o tema consciência, Divaldo apresentou as conclusões de Peter Ouspensky que classificou o ser humano em quatro níveis de consciência:

1. Consciência de sono é o primeiro nível. Neste está a grande maioria, com raras exceções. É o estágio primário na escala de evolução.

2. O segundo nível é o de consciência desperta. A criatura humana alcança o discernimento, dá-se conta que sua existência tem um significado psicológico.

3. Consciência de si mesmo é o terceiro nível estabelecido. Neste nível o autor apresenta as funções da máquina – o ser humano. A primeira função é a intelectiva. A segunda é a emocional. Na ordem estão as funções instintiva, motora e sexual. A sexta função é a emotiva superior e a intelectiva superior é a sétima. Estas funções devem ser administradas por essa consciência de si mesmo.

4. Peter Ouspensky denominou o quarto nível como o de consciência objetiva, que Allan Kardec chamou de consciência cósmica.

O sexo deve ser praticado saudavelmente 

Exemplificando, narrou a história de um jovem que tentava vencer-se a si mesmo e aos seus fortes apelos sexuais. Após desejos de mudanças para melhor, e recebendo nobres conselhos e apoio, tentando sublimar o conflito, naufragou em águas turvas, pois que sua vontade era dúbia, terminando por ser assassinado pelo parceiro ocasional.

Essa história está contida no livro Sexo e Consciência, baseado em temas abordados por Divaldo Franco, ao longo de muitos anos. Obra organizada por Luiz Fernando Lopes, proporciona lições e esclarecimentos de grande valor para uma inspiradora aprendizagem.

Apresentando, também, a excelência do Espiritismo, que permite ao homem alcançar patamares mais elevados de consciência desperta, Divaldo Franco destacou que nessa data, 3 de outubro, nascia, no ano de 1804, o ínclito codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Na atualidade, o homem, em grande número, encontra-se no período do erotismo, em que busca, com tormentos, o desfrutar das sensações sem nenhuma vinculação com o amor sublime. A falta de consciência na prática do sexo leva milhões de seres humanos aos mais diversos transtornos afetivos. O sexo deixou o departamento genésico para subir à cabeça e tornar-se o condutor de incontáveis existências. Está na hora de voltarmos a praticá-lo saudavelmente, afirmou o inolvidável orador.

É necessário que o ser humano, sublimando a função sexual, direcione-se para a solidariedade, a fraternidade, o doar-se ao seu semelhante. A função do sexo é atividade sublime, geradora de emoções, devendo ser exercida com amor. O sexo deve ser acompanhado de consciência, dignificando-o. É uma bênção que Deus deu ao homem para reconstruir as forças, cabendo a cada um educar as suas funções sexuais através da consciência. É, igualmente, fonte de intercâmbio de energias.

Finalizando, retomou a frase inicial desse seminário: todo aquele que conseguisse atingir o mais elevado nível de amor seria capaz de neutralizar o ódio de milhões de criaturas humanas. Durante todo o seminário Divaldo se utilizou da técnica do riso, ou risoterapia, levando o público, em diversos momentos, a desenvolver o bom humor. O tema, assim, tornou-se mais ameno e de grande proveito, pois que o público, reconhecido, o aplaudiu de pé, freneticamente. Respirava-se no local a paz e a harmonia.


Nota do autor:

 
As fotos que ilustram esta reportagem são de Jorge Moehlecke.
 




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita