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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 435 -11 de Outubro de 2015

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 



Os extremos da luta pela vida

 


A vida no atual estágio evolutivo em que nos encontramos no planeta Terra apresenta extremos interessantes que devemos observar, parar para refletir e absorvermos as lições de que necessitamos.


Vejamos um trecho da reportagem contida na revista VEJA, edição 2445 de 30 de setembro de 2015, página 91: O parto chega ao fim. A mãe ainda não pode acolher o filho nos braços. O bebê é carinhosamente levado a um canto da sala e cercado por médicos que o examinam velozmente. Os profissionais registram uma queda brusca de temperatura no organismo da criança. A pele fininha, com vasos quase expostos, e a escassa gordura do corpo não armazenam o calor a contento. O processo tem de ser drasticamente interrompido. O bebê é envolto em um saco de plástico fino, feito de polietileno, para frear a perda calórica. Incapaz de respirar sozinho, recebe suporte de oxigênio por meio de uma cânula que entra na boca, passa pela garganta e vai até os pulmões. Ele é acomodado sobre um colchão térmico. A cabecinha é protegida com uma touca de lã. A mãe o vê sair. Ele é levado para a UTI do hospital, onde permanecerá por no mínimo dois meses, tempo necessário para que os órgãos amadureçam e se fortaleçam com a ajuda de aparelhos. O sistema digestivo do corpinho frágil não consegue digerir alimentos, tampouco o leite materno é aceito com naturalidade. As paredes das artérias do cérebro são tão finas que podem se romper a qualquer instante. Os rins têm pouca capacidade de filtrar o sangue.

Assim correm os primeiros minutos da vida de um bebê nascido com 28 semanas de gravidez, apenas 1 quilo e 29 centímetros de comprimento. Hoje, seis a cada dez crianças com medidas assim, tão diminutas, conseguem sobreviver sem nenhum tipo de sequela.


Segundo uma médica neonatologista de um grande hospital da cidade de São Paulo, houve um espetacular avanço nos recursos que podem ser empregados para proporcionar a sobrevivência dessas crianças prematuras e, o que é muito importante, sem sequelas para a vida futura delas. Superarão as dificuldades iniciais do nascimento antecipado e poderão ter um desenvolvimento absolutamente normal com o transcorrer da idade.


Cirurgias já são realizadas quando se detecta problemas que podem ser resolvidos com a abertura do útero da mãe antes do nascimento da criança! Isso sem contar as vacinas que previnem doenças que levavam ao óbito antes do advento desse recurso. E, se não matavam, deixavam sequelas graves, tais como a paralisia infantil, cujos adultos dos dias de hoje expõem, através de determinadas limitações físicas, o sinal desse mal que os alcançou quando ainda na infância.


Tudo isso para podermos refletir na incoerência brutal da luta para salvar uma criança que vem ao mundo antes do tempo previsto e a violência covarde do crime do aborto que invade o útero materno e aniquila o ser indefeso e inocente que nele se desenvolve! Não existe ainda vida como pretendem justificar inutilmente os defensores do aborto? Então, por que não se deixa morrer aqueles que vêm ao mundo antes de cumprir o prazo que a natureza precisa para que sejam viáveis? Por que tantos recursos para a criança prematura e por que tanta violência através dos diversos métodos para provocar o aborto?


É o ser humano oscilando entre o bem e o mal, entre a luz e a sombra, ao sabor de seu livre-arbítrio, semeando méritos ou dolorosas colheitas de acordo com as suas escolhas.


Ainda esses dias me perguntaram no Centro por que um casal que deseja ardentemente ter filhos e já empregou todos os recursos possíveis da medicina, com exceção da inseminação artificial devido aos recursos financeiros necessários e que não possuem, não conseguia realizar seu sonho de acalentar nos braços um filho tão ansiosamente esperado, enquanto mães abandonam seus filhos mal acabam de nascer? Por que Deus permite a concepção àquela que não deseja e não auxilia àquela que ardentemente assim busca pela maternidade?


Embora seja contra a utilizar a “bola de cristal” de que muitos espíritas se valem para decifrar o presente conjecturando sobre o passado que desconhecemos, respondi que a questão que me foi apresentada trazia a resposta em si mesma. Se a pessoa realmente não tinha dúvidas sobre a Justiça perfeita de Deus e se a resposta não estava em fatos atuais, só poderia estar localizada em pretéritas existências, sem mergulhar em hipóteses que não temos o mínimo conhecimento de causa para elaborar.


Uma coisa, porém, é certa: o ser humano oscila como vegetação frágil ao sabor dos ventos de suas escolhas. Uma ocasião investe toda a sua capacidade para salvar aquele que retorna fisicamente antecipado ao nosso mundo. Outra hora assaca com toda a violência de que ainda é portador contra as portas da reencarnação, bloqueando-as aos necessitados desse retorno que um dia poderemos ser nós mesmos. Para entender, só Deus! E, para corrigir, também. E como corrige!
 


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita