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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 435 -11 de Outubro de 2015

CLÁUDIO BUENO DA SILVA
Klardec1857@yahoo.com.br
Osasco, SP (Brasil)

 


Alguém já voltou pra
dizer como é?


Uma frase muito ouvida entre frívolos ou indiferentes é a de que “não se sabe o que há depois da morte, já que ninguém voltou pra dizer como é”.

O respeito ao próximo nos impõe a obrigação de sermos condescendentes e indulgentes com aqueles que pensam assim. Não se pode condená-los. O desconhecimento talvez se deva ao fato de não terem tido acesso a informações dessa ordem, não estarem preparados para o entendimento, ou até mesmo ao comodismo e à preguiça intelectual que levam muitos a desconsiderar os temas importantes da vida.

É curioso notar como mostram desinteresse se o assunto vem à tona. A impressão que dão é que não existem Espíritos, não se comunicam, e pronto! Se não dizem isso, sabemos que pensam assim. Desconhecem os fenômenos e as pesquisas psíquicas por completo.

Contudo, os temas espiritualistas sempre foram amplamente comentados na literatura e na imprensa mundiais; a cultura popular e as tradições dos povos estiveram o tempo todo cheias de histórias místicas que as comunidades cuidaram de disseminar. As Artes sempre contribuíram muito para a sugestão da transcendentalidade. Atualmente os veículos de comunicação discutem fartamente essas questões. A literatura espírita enche prateleiras de livrarias, bancas, feiras, displays em redes de mercado e shoppings. O problema da morte, da sobrevivência depois dela, da comunicabilidade entre homens e Espíritos está fartamente estudado e descrito numa quantidade incalculável de obras, em muitos idiomas.

Os Espíritos sempre contaram como é o seu mundo e nos últimos séculos (principalmente XIX e XX), de forma mais organizada, têm descrito em minúcias o que pensam, o que fazem, como vivem no lado “invisível” da vida. Há milhares de páginas falando disso.Desse modo, alguns descrentes, que antes eram refratários, têm se aproximado das ideias espiritualistas que poderão abrir-lhes caminhos importantes para melhor compreensão da vida e de sua superior finalidade. Mas falta muito ainda! A maioria não percebe nada!

Não há maldade neles, antes, ingenuidade e desinteresse. São bons, cumprem seus deveres e vão vivendo, mas estão visceralmente ligados ao corpo, sensíveis apenas àquilo que diz respeito às suas relações vitais com o trabalho, o descanso, a alimentação, os compromissos sociais, a sobrevivência, enfim... O que foge à esfera do pragmático está distante das suas cogitações. Vivem descuidados, esquecidos da alma, onde se “oculta” um mundo real e fascinante de que eles sequer suspeitam.

Não há premeditação nesse modo de ser, e sim instinto, que flui com naturalidade. Absorvidos pela densidade da vida material, com seus problemas e seus atrativos, não conseguem enxergar novos caminhos. Quase não olham para os lados e raramente olham para o alto.

É assim que nos deparamos com irmãos que não ouvem música (a clássica lhes causa sono), não gostam de flores, de vegetação; têm ojeriza aos animais; não leem nem se dispõem a estudar; desprezam programas culturais em favor da agitação ou do ócio; vinculam o prazer ao vício; associam progresso ao acúmulo de bens; não se abalam com o infortúnio alheio...

Não há como julgá-los por não terem acuidade espiritual, sensibilidade estética, preocupações filosóficas, senso crítico. São pessoas como quaisquer outras, humanamente falando. Fazem parte da mesma humanidade heterogênea, inteligente, pobre, sensível, egoísta, civilizada, brutal... São partes de um todo social que, malgrado os pessimistas, avança, progride devagar, mas progride.

Allan Kardec deixou à posteridade um grande ensinamento, inspirado pelo evangelho e baseado na verdadeira caridade: “os fortes devem ajudar os fracos, os que estão na dianteira, auxiliar os retardatários”.

Esse pensamento simples estimula a solidariedade humana e, mostrando que o indivíduo é superior ao que lhe está atrás, mas inferior ao que lhe está à frente, instituía igualdade entre os homens.

Portanto, ninguém é melhor que ninguém nem superior absoluto. Há relatividade em tudo. O senhor Tempo convencerá os indiferentes quanto aos saberes do Espírito que regerão a sociedade humana, aí sim, chamada civilizada.

E, respondendo direta e enfaticamente à pergunta inicial, dizemos: - Sim, muitos já voltaram. Uma legião imensa já veio contar, em detalhes, como é “lá”.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita