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Ano 9 - N° 434 - 4 de Outubro de 2015

LUIZ CARLOS FORMIGA 
formigalcd@hotmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 

Luiz Carlos Formiga

Sono e sonhos

 
Como analisar o psiquismo noturno?

Erick Fromm afirma que “o inconsciente só o é em relação ao estado normal de atividade”, “são simplesmente estados mentais diversos, que se referem às modalidades existenciais diferentes”. Assim, podemos admitir  que  mente consciente constitui apenas parte do psiquismo total. Existe uma vida psíquica chamada de “inconsciência”. Esta atividade psíquica é o principal protagonista quando o sono retira a outra de cena. Na realidade o inconsciente acha-se representado naquela fração do sonho que se registra na memória consciente.

O que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos?  

O Livro dos Espíritos (O.L.E.), questão 404.

São verdadeiros no sentido de que apresentam imagens que para o Espírito têm realidade, porém que, frequentemente, nenhuma relação guardam com o que se passa na vida corporal. São também um pressentimento do futuro, permitido por Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro lugar a que a alma se transporta.

Não se contam por muitos os casos de pessoas que em sonho aparecem a seus parentes e amigos, a fim de avisá-los do que a elas está acontecendo?

Que são essas aparições senão as almas ou Espíritos de tais pessoas a se comunicarem com entes caros?

Quando tendes certeza de que o que vistes realmente se deu, não fica provado que a imaginação nenhuma parte tomou na ocorrência, sobretudo se o que observastes não vos passava pela mente quando em vigília?

O.L.E. q. 401.  A alma é um ser pensante que permanece ativo durante o sono?  Existem provas materiais da atividade da alma durante o sono?  Como interpretá-los?  Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

 “Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.” 

Relato de pesquisadores 

1. A enciclopédia de Diderot (Denis, 1713-1784), no verbete “Sonambulismo”, relata  a história de um jovem sacerdote que se levantava à noite, dirigia-se ao seu escritório e escrevia longos sermões e retornava ao leito. Existem  relatos da resolução de problemas matemáticos que não eram resolvidos quando os indivíduos estavam acordados.

2. Seis meses depois o indivíduo sonha com o local em que perdera o canivete. Ao despertar procura e acha o objeto (F.H. Myers, La Concience Subliminale, Annales Phychiques).

O Livro dos Espíritos, questão 402. Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?

“Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos,  quer deste mundo, quer do outro...”

Pode-se provocar sonhos por hipnose e induzir uma pessoa a sonhar com outra?

3. Sim, responde o Dr. Sherenk-Notzing (Munique-Alemanha) após experiência hipnótica com a sensitiva (clarividente) Lina. Seus resultados são muito importantes para a discussão do homem como um ser de natureza biopsicossocioespiritual. O pesquisador deu à sensitiva, a ordem pós-hipnótica de sonhar, na noite seguinte, com uma determinada pessoa, não esquecer o sonho e contá-lo no dia imediato. Pela manhã, ao acordar, e em presença dos pesquisadores, contou o que aconteceu durante a noite. A hipótese de uma transmissão, através do pensamento de um dos pesquisadores auxiliares, era inviável por vários motivos, até porque uma visita casual de uma amiga do Sr. F.L. foi relatada pela clarividente e identificada, posteriormente, com base na descrição da sensitiva. 

Visitas durante o sono 

O Livro dos Espíritos, questão 414. Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se durante o sono?

 “Certo e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.”

Sob o ponto de vista biomédico, como podemos perceber que uma pessoa está sonhando?

Por estranhos movimentos oculares produzidos em certa etapa do sonho. O período REM (rapid eye movements) é “paradoxal” porque no ápice do relaxamento vamos encontrar uma atividade intensa de numerosas estruturas cerebrais, com variação da frequência das ondas cerebrais e traçado próximo ao do estado de vigília. Há nessa fase anulação do olfato e paladar, mas as células nervosas enviam estímulos ao ouvido, aos olhos e ao sentido do equilíbrio. Quando acordadas neste período as pessoas eram capazes de contar um sonho.

Como interpretar o sonho que tivemos com um ente querido já desencarnado?

A tarefa não é muito fácil porque estamos mergulhados numa matéria muito densa. No entanto, o Espírito André Luiz (médico desencarnado) nos oferece um exemplo muito bom e que é encontrado no “Os Mensageiros” (FEB) capítulo 38, quando a neta sonha com a avó desencarnada e faz a interpretação da mensagem recebida. 

Dupla vista e sonho: algo em comum? 

O Livro dos Espíritos, q. 420. Podem os Espíritos comunicar-se, estando completamente despertos os corpos?

“O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia por todos os lados. Segue-se que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, se bem que mais dificilmente.”

O Livro dos Espíritos, questão 447. O fenômeno a que se dá a designação de dupla vista tem alguma relação com o sonho e o sonambulismo?

“Tudo isso é uma só coisa. O que se chama dupla vista é ainda resultado da libertação do Espírito, sem que o corpo seja adormecido. A dupla vista ou segunda vista é a vista da alma.”

Mas, como entender este sonho que fala do futuro. Como explicá-lo?

Allan Kardec, no Livro “A Gênese” discute o assunto na “Teoria da Presciência”.

André Luiz relata que Nieta fora transportada ao salão acolhedor de Dona Isabel.  Aniceto, espírito instrutor, aclara que numerosos irmãos encontram-se neste pouso de trabalho espiritual, na esfera a que os encarnados chamariam sonho.

Complementa dizendo que nestas ocasiões, no entanto, não é fácil transmitir mensagens de teor instrutivo utilizando lugares comuns contaminados de matéria mental mais grosseira.

No salão acolhedor de Dona Isabel, os espíritos André Luiz, Vicente e Aniceto observavam. Muitos recém-chegados pareciam convalescentes. Alguns se mantinham de pé, sob o amparo de braços carinhosos. Eram os amigos encarnados a se valerem do desprendimento parcial, pelo sono físico, que se reuniam a nós, aproveitando o auxílio de entidades generosas e delicadas. 

O caso Nieta e a avó desencarnada 

A maior parte não entendia com precisão, o que se lhes desejava dizer. Revelavam boa vontade na recepção dos conselhos, mas grande incapacidade de retenção. "Entre eles e nós existe um espesso véu. É a muralha das vibrações." "Eis por que raramente estão lúcidos ao nosso lado."

Aniceto amplia a instrução: "vejam aquela jovem senhora encarnada (Nieta), em conversa com a vovozinha que trabalha conosco em Nosso Lar.  André Luiz observa que uma anciã (avó desencarnada), de olhos brilhantes e gestos decididos, abraçava-se à neta”.

"Nieta   exclamava a velhinha, em tom firme  -, não dês tamanha importância aos obstáculos. Esquece os que te perseguem, a ninguém odeies. Conserva tua paz espiritual, acima de tudo. Tua mãe não te pode valer agora, mas crê na continuidade de nossa vida. A vovó não te esquecerá. A calúnia, Nieta, é uma serpente que ameaça o coração; entretanto, se a encararmos de frente, fortes e tranquilas, veremos a breve tempo, que a serpente não tem vida própria. É víbora de brinquedo a se quebrar como o vidro, pelo impulso de nossas mãos. E, vencido o espantalho, em lugar da serpente, teremos conosco a flor da virtude. Não temas, querida! Não percas a sagrada oportunidade de testemunhar a compreensão de Jesus!..."

A jovem não respondia, mas seus olhos semilúcidos estavam cheios de pranto. Demonstrava uma consolação divina, recostada ao seio carinhoso da devotada velhinha.

Perguntou André Luiz, intrigado, ao orientador. - Esta irmã se lembrará de tudo, ao despertar no corpo físico? 

Qualidade do desprendimento no sono 

Aniceto sorriu e esclareceu:

_ "Sendo a avó mais evoluída e, examinando ainda a condição dos planos de vida em que ambas se encontram, a jovem encarnada está sob domínio espiritual da benfeitora. Entre ambas há uma corrente magnética recíproca, salientando-se, porém, que a vovó amiga detém uma ascendência positiva. A neta não vê o ambiente com precisão, nem ouve as palavras integralmente”.

“Não nos esqueçamos que o desprendimento no sono é fragmentário e que a visão e audição, peculiares ao encarnado, se encontram nele também restritas.”

Aniceto complementa: "o fenômeno é mais de união espiritual que de percepções sensoriais, propriamente ditas.  A jovem está recebendo consolações, de Espírito a Espírito".

 Como a pergunta de André Luiz fora parcialmente respondida, Aniceto continua a explicação:

 "Ao despertar, Nieta não se recordará de todas as minúcias deste venturoso encontro que acabamos de presenciar.

Se Nieta não vai se recordar, de que então adiantou encontrar-se com a sua avó, em sonho?

Aniceto, que parecia saber a dúvida que passava pela mente de todos, ampliou: "acordará, porém, encorajada e bem disposta, sem poder identificar a causa da restauração do bom ânimo. Dirá que sonhou com a avó num lugar onde havia muita gente, sem recordar as minudências do fato, acrescentando que viu, no sonho, uma cobra ameaçadora, que logo se transformou em serpente de vidro, quebrando-se ao impulso de suas mãos, para transformar-se em perfumosa flor, da qual ainda conserva a lembrança agradável do aroma. Afirmará que soberano conforto lhe invadiu a alma e, no fundo, compreenderá a mensagem consoladora que lhe foi concedida”. 

O que se dá quando finda o sono 

Vicente, curioso, perguntou: - "não se lembrará das palavras ouvidas?"

Nieta precisaria ter adquirido profunda lucidez no campo da existência física – prosseguiu Aniceto, explicando – e devo esclarecer que recordará as imagens simbólicas da víbora e da flor, porque está em relação magnética com a veneranda avozinha, recebendo-lhes a emissão de pensamentos positivos. A benfeitora não fala apenas. Está pensando fortemente também. A neta, todavia, não está ouvindo ou vendo pelo processo comum, mas está percebendo claramente a criação mental da anciã amiga, e dará notícia exata dos símbolos entrevistos e arquivados na memória real e profunda. Desse modo, não terá dificuldade para informar-se quanto à essência do que a bondosa avó deseja transmitir-lhe ao coração sofredor, compreendendo que a calúnia, quando fere uma consciência tranquila, não passa de serpente mentirosa, a transformar-se em flor de virtude nova, quando enfrentada com o valor duma coragem serena e cristã.

André Luiz diz que a lição fora profundamente significativa, porque começara a adquirir amplas noções do intercâmbio entre as duas esferas e lembrou-se do longo esforço dos que indagam o mundo dos sonhos.

Quanta riqueza psíquica, suscetível de conquista, se pesquisadores conseguissem deslocar o centro de estudo, das ocorrências fisiológicas para o campo das verdades espirituais!

 

Fontes:

“A visão Espírita dos Sonhos” e “O Sonho de Nieta e o Pesadelo de Teresa”.

Portal A ERA DO ESPÍRITO -
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/INDICE_ArtigosLCF.html


 


 
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