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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 433 - 27 de Setembro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 40 e final)

Concluímos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares 

A. Como deve ser praticada a mediunidade? Tem o médium direito de cobrar pelos benefícios que distribui?

Kardec tratou objetivamente do assunto no cap. XXVI d’ O Evangelho segundo o Espiritismo, quando escreveu: “A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos muita vez à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes, até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam”. Na sequência, concluiu: “Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam”. (Trilhas da Libertação. Providências Finais, pp. 320 e 321, e Considerações Últimas, pp. 322 e 323.)

B. Qual é, na visão holística, o ponto-chave do quesito doença-saúde?

Somos remanescentes do nosso próprio passado; todos os atos pretéritos encontram-se insculpidos em nosso perispírito e é daí que procedem as emanações geradoras de harmonia ou desequilíbrio catalogado como tragédia, insucesso ou enfermidade. A ação desenvolvida no corpo físico, mesmo quando nos proporciona refazimento, é este de breve duração, porque a causa geradora prossegue emitindo ondas desorganizadas que afetam o conjunto celular, produzindo recidiva ou desarticulando outros implementos em áreas diferentes, porém vinculadas entre si. O conhecimento do perispírito e a terapia de profundidade – a mudança mental e comportamental do Espírito reencarnado – tornam-se o ponto-chave do quesito binomial doença-saúde. (Obra citada. Considerações Últimas, pp. 323 e 324.)

C. A mediunidade poderá, um dia, contribuir para a compreensão do ser holístico que somos, alargando os horizontes terrenos, de modo que as enfermidades experimentem terapias menos violentas, menos amputadoras, todas trabalhadas no campo da energia?

Sim. Chegará, em nosso orbe, o momento em que o homem e a mulher holísticos serão considerados plenamente, quando a paranormalidade se lhes tornar um natural sexto sentido, como o Prof. Richet, ao seu tempo, definiu a mediunidade. Quando as faculdades PSI se tornarem normais e o desdobramento dessas potencialidades parapsíquicas e mediúnicas alargarem os horizontes terrenos, as enfermidades experimentarão terapias menos violentas, menos amputadoras, todas trabalhadas no campo da energia. Nessa ocasião, a mediunidade exercida com consciência de responsabilidade oferecerá valioso contributo para a compreensão do ser holístico. Mas esse exercício mediúnico será praticado com Jesus, não remunerado, não exaltado, destituído de estrelismo, de exibicionismo. (Obra citada. Considerações Últimas, pp. 324 a 326.)

Texto para leitura

157. Mediunidade é coisa santa e deve ser praticada santamente – Terminadas as explicações do Mentor, o dedicado Ernesto aplicou recursos anestesiantes em Adelaide, enquanto a induzia, dizendo: “Amanhã você recordará este saudável encontro, que lhe voltará à mente com suavidade. Neste momento repouse em paz. Durma!” A senhora relaxou e entrou em sono tranquilo, sendo recambiada ao corpo físico pelos abnegados trabalhadores espirituais da Casa. (Com precisão e equilíbrio, as últimas providências pertinentes à excursão conduzida pelo dr. Carneiro chegavam ao término e todos aqueles que haviam participado dos compromissos espirituais encontravam-se conscientes das suas responsabilidades futuras, cumprindo-lhes a desincumbência feliz, clareados pelas luzes do Evangelho e do Espiritismo.) Findos os trabalhos socorristas, Vicente convidou os amigos a se dirigirem ao salão destinado às reuniões doutrinárias, o qual se encontrava adornado com guirlandas de mirto e rosas, que caíam em festões bem elaborados. O local estava repleto de trabalhadores da Casa e seus amigos, bem como de encarnados em desdobramento parcial pelo sono. Sobre o estrado, na parte posterior à entrada, uma mesa e três cadeiras compunham o cenário do lugar reservado aos comentários, palestras e conferências espíritas. Vicente convidou o dr. Carneiro e Ernesto a assomarem à mesa e, depois de breves considerações em torno do evento, passou a palavra ao Médico baiano, que, após saudar as pessoas presentes, tomou de um exemplar d’ “O Evangelho segundo o Espiritismo” e leu, pausadamente: “A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos muita vez à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes, até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam”. (Providências Finais, pp. 320 e 321, e Considerações Últimas, pp. 322 e 323.)

158. O ponto-chave do quesito doença-saúde – Na sequência da leitura, dr. Carneiro leu o trecho final do texto escrito por Kardec: “Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam” (“O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. XXVI, item 10). Terminada a leitura, dr. Carneiro teceu as seguintes considerações: “A Medicina holística, perseguindo a saúde integral, não poderá dissociar do ser humano a importante realidade espiritual. Os binômios mente-cérebro, espírito-matéria, que alguns estudiosos examinaram individualmente e que outros transformaram em uma unidade organicista, devem receber novo enfoque, no qual o espírito, perispírito e matéria estejam reunidos num trinômio, a fim de facultarem o perfeito entendimento do complexo humano. Como o Espírito foi criado por Deus essencialmente simples e ignorante, a sua fatalidade é a perfeição relativa, que lhe cumpre alcançar etapa a etapa. À medida que se conscientiza, estabelecendo os paradigmas de comportamento saudável, desenvolve os valores adormecidos no imo e avança com equilíbrio no rumo do alvo que o aguarda. Identificando o indivíduo atual como remanescente do seu próprio passado, todos os atos pretéritos encontram-se-lhe insculpidos no perispírito, de onde procedem as emanações geradoras de harmonia ou desequilíbrio catalogado como tragédia, insucesso ou enfermidade. A ação desenvolvida no soma, mesmo quando lhe proporciona refazimento, este é de breve duração, porque a causa geradora prossegue emitindo ondas desorganizadas que afetam o conjunto celular, produzindo recidiva ou desarticulando outros implementos em áreas diferentes, porém vinculadas entre si. O conhecimento do perispírito e a terapia de profundidade – a mudança mental e comportamental do Espírito reencarnado – tornam-se o ponto-chave do quesito binomial doença-saúde”. Dr. Carneiro silenciou por breve momento, a fim de permitir ao auditório correta assimilação do seu pensamento, e prosseguiu: “Em boa hora os terapeutas da autoestima encaminham os seus pacientes para um trabalho de interiorização psíquica, na tentativa do autodescobrimento, onde se localizam os fatores básicos da sua existência. Após esse autoencontro, torna-se possível a identificação das causas reais dos distúrbios que os afetam. Conhecidas as geratrizes do fenômeno perturbador, mais factíveis se tornam as providências para a sua erradicação e por via de consequência os seus efeitos danosos”. (Considerações Últimas, pp. 323 e 324.)

159. A mediunidade nobre jamais subirá aos palcos – Na continuidade de sua explanação, dr. Carneiro ponderou: “Adicione-se ao perispírito a problemática das alienações mentais e patologias orgânicas que decorrem da influência dos Espíritos enfermos, dos obsessores, gerando distúrbios no campo da energia com as lamentáveis ocorrências em forma de doenças. Impossível dissociarmos, dos problemas que afetam a saúde, a presença da obsessão. O intercâmbio mental entre os desencarnados e as criaturas humanas é belo capítulo da Ciência Espírita, graças ao qual se demonstram a imortalidade da alma, a reencarnação, a Justiça Divina e a gênese de muitas ocorrências terrestres. O Espírito é o ser preexistente ao corpo e a ele sobrevivente. O perispírito é o seu envoltório plástico maleável, constituído de energia específica. E o corpo físico é a condensação da energia primitiva elaborada pelo Espírito. Aprofundando-se a sonda no âmago da energia pensante, encontra-se a vida inteligente, estuante, causadora do ser físico. O reducionismo, que pretende tornar o ser humano um grupamento de células que o acaso reuniu, vai cedendo lugar à visão espiritualista, e esta à compreensão espiritista. Assim sendo, quanto mais avança a Física Quântica no campo das partículas e subpartículas, mais detém os campos de energia, detectando-a na sua forma primordial. O conhecimento, portanto, do corpo, das suas necessidades e exigências, leva à identificação do ser profundo que o aciona e o comanda. Inevitavelmente esse holismo conduzirá à aceitação do ser complexo e à solução dos seus múltiplos desafios na sua viagem. Nestes dias de convivência espiritual estudamos juntos, alguns dos presentes, várias patologias físicas e psíquicas holisticamente, tendo dado preferência ao fator imortalista, mergulhados como nos encontramos no sublime oceano da sobrevivência. Com essa compreensão, recorrendo à psicanálise reencarnacionista, encontramos as matrizes determinantes das afecções, aflições e comportamentos dos nossos assistidos, trabalhando nas suas respectivas áreas, e os resultados foram plenamente satisfatórios”. Ditas estas palavras, o Mentor caminhou para o encerramento da palestra, asseverando: “Antevemos com júbilo o momento em que o homem e a mulher holísticos serão considerados plenamente, quando a paranormalidade se lhes torne um natural sexto sentido, como o Prof. Richet, ao seu tempo, definiu a mediunidade. Quando as faculdades PSI se tornarem normais e o desdobramento dessas potencialidades parapsíquicas e mediúnicas alargarem os horizontes terrenos, as enfermidades experimentarão terapias menos violentas, menos amputadoras, todas trabalhadas no campo da energia. Nesse sentido, a constatação da psiconeuroimunologia já enseja a confirmação antecipada dessa perspectiva abençoada. Nesses futuros próximos dias, a mediunidade exercida com consciência de responsabilidade oferecerá valioso contributo para a compreensão do ser holístico. Esse exercício mediúnico, porém, será com Jesus, não remunerado, não exaltado, destituído de estrelismo, de exibicionismo. Tomando cuidado com o dar de graça o que de graça se recebe, o ínclito Codificador do Espiritismo advertiu, elucidando que a mediunidade nobre jamais subirá aos palcos e a sua gratuidade, conforme lemos, é sempre condição sine qua non para merecer respeito, confiança e apoio espiritual relevante”. (Considerações Últimas, pp. 324 a 326.)

160. Dois meses depois, as despedidas – Encerrando a explanação, exortou o ilustre Médico: “Trabalhemos todos por esses programados dias do amanhã, oferecendo a nossa cota, na certeza de que logo chegarão, felicitando-nos, bem como ao planeta que nos tem sido formoso lar-escola de evolução”. Calando-se e concentrando-se fortemente, o Mentor dirigiu, em seguida, uma prece a Jesus, o Mestre Incomparável, na qual, reconhecendo sua condição de discípulo imperfeito, agradeceu ao Senhor a incessante ajuda recebida nas atividades socorristas realizadas naqueles dias e rogou suas bênçãos para todos aqueles que partilharam de suas preocupações e tarefas, na excursão que ali se encerrava. Ao terminar a oração, dr. Carneiro tinha os olhos úmidos e, nimbado de claridades siderais, parecia um ser angélico momentaneamente materializado diante dos que o viam. Ondas perfumadas em brisas contínuas varriam o recinto, ao tempo que, do teto, caíam flutuantes flocos de substância luminosa como pétalas de rosas, que se diluíam ao tocar os amigos presentes, penetrando-os, balsâmicos. Ninguém se atreveu a quebrar o silêncio que pairava no ambiente. Dr. Carneiro acercou-se, então, do irmão Vicente e o abraçou, comovidamente, agradecendo-lhe a estada no seu Núcleo-Escola de bênçãos. Chegara o momento das despedidas, passados dois meses de trabalho, nos quais a equipe dirigida pelo Médico baiano tentara diminuir a perseguição do Soberano das Trevas, que despertava em todos  eles real comiseração. No retorno à Colônia espiritual, que logo se processou, a caravana estava acrescida da participação do dr. Hermann, que iria estagiar ali, preparando-se para o seu futuro trabalho, estruturado em novas bases. (Considerações Últimas, pp. 326 a 328.)

Fim
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita