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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 431 - 13 de Setembro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 38)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares 

A. Tuqtamich, o ex-siberiano, sofrera uma transformação perispiritual que impressionou muito o autor desta obra. Como ocorre semelhante processo?

Dr. Carneiro esclareceu: “A plasticidade do perispírito responde por essas ocorrências. Maleável quase ao infinito, ele se comporta sempre conforme a orientação da mente, portanto do Espírito, que nele plasma todas as manifestações. Descarregando ondas de energia específicas nas tessituras delicadas da sua organização sutil, elas expressam esses conteúdos mediante contínuos fenômenos de representação. Durante o diálogo que mantivemos, ele assumiu a personificação demoníaca por ideoplastia, valendo-se de impressos modeladores conscientes. Da mesma forma, ao ser recolhido nas regiões inferiores, após conveniente adestramento mental, ele logrou recompor a aparência de quando se encontrava na Terra, qual se aplicasse uma máscara trabalhada de dentro para fora, que era mantida pela vontade consciente”. Agora, recolhido para tratamento, Tuqtamich se apresentava tal qual se encontrava realmente. Nele estavam impressos seus atos e comportamentos, em processo de recomposição, qual ocorrera para dar-se a degeneração. A aparência siberiana como a diabólica eram máscaras trabalhadas pela mente agindo no perispírito e imprimindo-as conforme a ideação. “Para tal tentame – acrescentou o médico – é necessário grande controle mental, bem orientado, isto é, conduzir o pensamento com vigor.” (Trilhas da Libertação. Reflexões e Aprendizado, pp. 305 e 306.)

B. O desligamento do médium Davi contou com a ajuda dos benfeitores espirituais?

Sim. Ele já estava em processo de decomposição cadavérica quando dr. Carneiro, dr. Hermann e Miranda foram até o cemitério onde os despojos carnais do médium haviam sido sepultados. Dr. Carneiro pediu, então, ao dr. Hermann que cirurgiasse o cordão de prata, deslindando delicadamente os inúmeros fios de que se constitui, preso ao chakra coronário, enquanto ele desligava, concomitantemente, as fixações na área umbilical. (Obra citada. Reflexões e Aprendizado, pp. 307 a 309.)

C. Duas pessoas que se matam para se encontrarem na vida espiritual conseguem sucesso em tal propósito?

Não. E foi isso que o autor desta obra observou próximo de onde estava a sepultura do médium Davi. A cena era realmente confrangedora. Em uma sepultura coberta de vasos floridos, um Espírito profundamente triste, em pranto copioso, tocava violino, enquanto a seu lado, amargurada, padecendo convulsões contínuas, jovem mulher gritava, alanceada:  “Por que não vieste comigo? Deixaste-me morrer e fugiste? Para onde foste, desgraçado?! Ai de mim, nesta noite fria e solitária!” A jovem parava um pouco e repetia as mesmas perguntas, inspirando compaixão. O violinista, por sua vez, interrompia a música e, desesperado, interrogava: “Martina, responde. Onde te ocultas? Matei-me para estar contigo para sempre. Quem te arrebatou de mim? Ouve, é para ti que toco...”. Eram os Espíritos de duas pessoas que haviam optado pelo suicídio duplo através de soníferos tomados simultaneamente. Depois de sofrerem o torpor e a alucinação por mais de dez anos, imantados pelo duplo crime, encontravam-se próximos, mas ainda não se viam, nem se ouviam. Era-lhes negado aquilo que desejaram recorrendo ao suicídio. (Obra citada. Reflexões e Aprendizado, pp. 309 e 310.)

Texto para leitura

149. A importância da mente na transformação do perispírito – Dr. Carneiro esclareceu que Tuqtamich teria, evidentemente, momentos de lucidez, mas o seu despertar seria assinalado pelas dores comburentes do arrependimento, em razão das vozes que acusariam sem cessar na consciência: os inumeráveis pedidos de clemência que negou; os apelos de misericórdia, que desprezou; os soluços intérminos que lhe despertaram zombaria; as vozes asfixiadas no sangue aos borbotões... Simultaneamente voltariam as visões das cenas terríveis que se imprimiram na alma e ficaram encobertas pelas nuvens da indiferença, da insensibilidade... “Todo esse suplício, porém, terá o seu término, que começa – lembrou o Mentor – na disposição para reparar, para conquistar a vitória sobre si mesmo, sobrepondo o ser espiritual ao animal, ao selvagem interior.” – “Chamou-me a atenção – disse Miranda – a transformação perispiritual por ele sofrida. Já a houvera visto antes, entretanto, repetiu-se em vários dos seus acompanhantes. Como entendê-la? Ele se apresentava com aparência  antes  normal, quando  odiento. Depois, como se deu esse processo?” Dr. Carneiro esclareceu: “A plasticidade do perispírito responde por essas ocorrências. Maleável quase ao infinito, ele se comporta sempre conforme a orientação da mente, portanto do Espírito, que nele plasma todas as manifestações. Descarregando ondas de energia específicas nas tessituras delicadas da sua organização sutil, elas expressam esses conteúdos mediante contínuos fenômenos de representação. Durante o diálogo que mantivemos, ele assumiu a personificação demoníaca por ideoplastia, valendo-se de impressos modeladores conscientes. Da mesma forma, ao ser recolhido nas regiões inferiores, após conveniente adestramento mental, ele logrou recompor a aparência de quando se encontrava na Terra, qual se aplicasse uma máscara trabalhada de dentro para fora, que era mantida pela vontade consciente”. Após ligeira pausa, o Mentor prosseguiu: “Recorde-se de O retrato de Dorian Gray, da autoria de Oscar Wilde. Todas as ações de Dorian eram plasmadas no seu retrato até que, ao desencarnar, o infeliz retrato recompõe-se, e o corpo mostra as marcas degenerativas da conduta reprochável do seu autor. Trata-se de uma bela demonstração do perispírito e sua plasticidade, que Wilde desconhecia, mas que tão bem apresentou. Tuqtamich é o que vemos. Aí estão impressos, os seus atos e comportamentos, no Espírito rebelde em processo de recomposição, qual ocorrera para dar-se a degeneração... A aparência siberiana como a diabólica eram máscaras trabalhadas pela mente agindo no perispírito, e imprimindo-as conforme a ideação. Para tal tentame é necessário grande controle mental, bem orientado, isto é, conduzir o pensamento com vigor”. O caso comprovava o acerto do conceito querer é poder. Desde que se queira com firmeza, pode-se fazer o planejado. Dizia Jesus: – Se tiverdes fé... “A fé – aditou dr. Carneiro –  é o alinhamento da razão naquilo que se crê. Nessa tônica agem hoje, na Terra, todas as terapias da autoestima, ensinando os indivíduos a aprender a correta condução da mente, das aspirações.” (Reflexões e Aprendizado, pp. 305 e 306.)

150. Dr. Hermann ajuda no desprendimento final de Davi – É evidente que a responsabilidade dos indivíduos não se alterará apenas à força de palavras, se eles não se recuperarem, reparando os males antes praticados. Mas, na visão holística da futura Medicina, o conhecimento da mente (Espírito) e do perispírito será fundamental para a compreensão do ser humano, dos fenômenos das enfermidades e dos processos da saúde. Reportando-se à modificação perispiritual do ministro das Trevas, dr. Carneiro afirmou que o mesmo processo se deu com relação aos seus companheiros, vítimas dos mecanismos equivocados de fixação mental. Alguns deles, que se tornaram usurpadores das energias dos encarnados displicentes com os quais se afinavam, mantinham o pensamento de que eram lobos humanos e foi tal ideia que lhes plasmou a forma degenerada, que ocultavam sob as máscaras de ideoplastias vivas, sustentadas no campo fluídico do perispírito maleável. O amor de Deus, que não esquece a ninguém, sempre alcança os calcetas, os desertores, os ingratos, trazendo-os de volta, pelos mesmos caminhos percorridos, que se fazem palmilhados mediante o recolhimento das urzes e dos destroços das construções arrebentadas, que ficaram ao abandono. É a Lei de justiça, igual para todos, a revelar-nos que somos os autores do nosso destino, de acordo com os próprios níveis de evolução e responsabilidade, que nos facultam as correspondentes realizações. (Nesse momento, chegou à Casa o irmão Ernesto, que viera solicitar auxílio para o desligamento de Davi, cujo processo de decomposição cadavérica avançava, transmitindo compreensíveis sensações ao seu Espírito. Dr. Carneiro, dr. Hermann e Miranda acompanharam Ernesto até o cemitério.) Chegando à campa onde foram inumados os despojos carnais do médium, viu-se que ele se encontrava entorpecido sobre a sepultura, um pouco agitado e observado, a regular distância, por terrível grupo de galhofeiros desencarnados e usurpadores de energias. Amigos Espirituais, porém, defendiam o espaço onde seu corpo fora sepultado e alguns desencarnados até mesmo oravam ao lado do túmulo, agradecidos ao amigo pelos favores recebidos, fato que produzia ondas luminosas que cobriam a pequena área. As cenas que têm lugar nas necrópoles sempre são pungentes. Espetáculos dolorosos de algozes e vítimas em pugnas intermináveis se alternam, ao lado de afetos dedicados labutando na ajuda aos seres amados. Vigilantes do amor, cuidadosos, socorrendo; mensageiros conduzindo correspondências dos que ficaram na Terra, as quais são depositadas nos mausoléus e tumbas como se fossem posta-restante, onde os destinatários vêm periodicamente recolher as notícias. Além disso, grupos de Entidades Nobres revezam-se no labor iluminativo, orientando os que vagueiam errantes sem se poderem desprender do recinto. Os doestos e crivos acusatórios contra Davi multiplicavam-se entre chacotas e ditos impiedosos. Dr. Carneiro pediu, então, ao dr. Hermann que cirurgiasse o cordão de prata, deslindando delicadamente os inúmeros fios de que se constitui, preso ao chakra coronário, enquanto desligava, concomitantemente, as fixações na área umbilical. (Reflexões e Aprendizado, pp. 307 a 309.)

151. O caso da aluna que se suicidou com o namorado – Logo que Davi pôde ser retirado, foram-lhe aplicadas energias especiais para dispersar as emanações fluídicas que se exteriorizavam dos órgãos em processo degenerativo. Carregado carinhosamente pelo renovado cirurgião, Davi foi conduzido à Casa espírita para posterior remoção à Colônia espiritual, onde se hospedaria por largo período. O sono reparador que o dominava era a providencial misericórdia do Amor, a fim de diminuir-lhe as fortes impressões deixadas pelo fenômeno da morte. (Uma cena confrangedora chamou a atenção de Miranda no cemitério, logo depois do atendimento prestado a Davi. Em uma sepultura coberta de vasos floridos, um Espírito profundamente triste, em pranto copioso, tocava violino, enquanto a seu lado, amargurada, padecendo convulsões contínuas, jovem mulher gritava, alanceada:  “Por que não vieste comigo? Deixaste-me morrer e fugiste? Para onde foste, desgraçado?! Ai de mim, nesta noite fria e solitária!” A jovem parava um pouco e repetia as mesmas perguntas, inspirando compaixão. O violinista, por sua vez, interrompia a música e, desesperado, interrogava: “Martina, responde. Onde te ocultas? Matei-me para estar contigo para sempre. Quem te arrebatou de mim? Ouve, é para ti que toco...”) Sensibilizado pela cena comovedora, Miranda perguntou ao Mentor o que poderia ser feito por eles. Dr. Carneiro deteve-se a observá-los e em seguida respondeu: “Nossos irmãos aqui chegaram através do suicídio. Pelo que consigo detectar, ele era professor de violino da jovem, mais velho do que ela vinte e cinco anos. A música uniu-os e fez-se-lhes veículo de uma paixão violenta. Os pais da moça, informados do desenvolvimento do drama, repreenderam-na, buscando dissuadi-la de uma união que, segundo eles, tinha tudo para ser um fracasso. Interromperam as aulas e mandaram-na em viagem, o que, conforme esperavam, lhe faria bem. O professor descobriu e resolveu acompanhá-la sem que os genitores da diva o soubessem. Descobertos, foram novamente separados sob ameaças. Depois de demorada conversação marcada pela paixão compulsiva, em desespero, optaram pelo suicídio duplo através de soníferos, simultaneamente...” O Benfeitor contou, então, que eles chegaram à vida post mortem em lamentável estado. Depois de sofrerem o torpor e a alucinação por mais de dez anos, imantados pelo duplo crime, encontravam-se próximos, mas ainda não se viam, nem se ouviam. Era-lhes negado aquilo que desejaram recorrendo ao suicídio. Vez por outra o desespero os alucinava, e partiam para a blasfêmia, as acusações recíprocas, mas o arrependimento lhes era insuficiente para mudarem a faixa psíquica, a sintonia em que se demoravam, e poderem receber desse modo conveniente auxílio. Dr. Carneiro acrescentou, por fim, que, apesar de tudo, eles não se encontravam abandonados. Com o amparo espiritual recebido, os vampiros não conseguiram arrancá-los dali, onde acompanharam e sofreram a transformação celular. “Queriam matar-se para estarem juntos, e se separaram porque se mataram”, acrescentou o Médico baiano, lembrando que o suicídio é crime covarde que traz consequências duras e imprevisíveis para todos aqueles que nele tombam. (Reflexões e Aprendizado, pp. 309 e 310.)

152. Um exemplo de Centro Espírita – Colocado em padiola especial, Davi foi conduzido à Colônia espiritual, assim como os demais Espíritos atendidos na atividade socorrista. Vicente e seus auxiliares estavam exultantes com os resultados conseguidos. As salas onde foram acolhidos Tuqtamich e seus companheiros receberam conveniente assepsia, a fim de serem retirados os resíduos psíquicos densos que eles haviam deixado, portadores de baixo teor vibratório, de modo que o programa normal da Casa pudesse ter curso tranquilo. O novo dia seria preenchido com os serviços normais, como o atendimento fraterno aos encarnados, a fluidoterapia (passes e água fluidificada) e os trabalhos de apoio aos economicamente necessitados: costuras para crianças e idosos, enxovais para gestantes pobres, alfabetização e sopa para os pobres. Ali a Caridade era mais do que um lema. Tornara-se realidade cotidiana dirigida aos filhos do Calvário, conforme nos denominara Jesus. Dinamismo e trabalho sem alarde caracterizavam o seu programa. Adicione-se a esse ministério o compromisso com a infância e juventude aos domingos, na evangelização espírita, preparando as gerações novas para o porvir. Ao lado das palestras públicas, duas vezes por semana, não era descuidada a parte que diz respeito ao estudo da Doutrina, através de cursos bem organizados, iluminando as consciências. A parte experimental – sessões de educação mediúnica e de desobsessão – constituía o ponto alto da experiência doutrinária. Foi em razão da estrutura bem firmada da Instituição que os famanazes do Soberano das Trevas lá se concentraram, objetivando abalar-lhe os alicerces, gerando perturbações. Pelo mesmo motivo o dr. Carneiro elegera-a para base de operações, tornando-a modelo para outras ainda não consolidadas. “O carro do progresso não para, nem o amor jamais será vencido”, observou Miranda, fechando o capítulo. (Reflexões e Aprendizado, pp. 311 e 312.) (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita