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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 431 - 13 de Setembro de 2015

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)
   

 


Mentes brilhantes

“... Apresentaram-lhe, então, criancinhas, a fim de que ele as tocasse...”                                              (Marcos, cap. X: 13 a 16.)


Não nos cansamos de nos reportar aos Espíritos que estão chegando às encarnações terrenas. Quem quer que pare e olhe, que tenha pequenas crianças ante seus olhos atentos, perceberá uma grande diferença. Cada geração revela as conquistas já adquiridas no passado e as dificuldades que ainda traz consigo. Qualquer observador, mesmo o mais humilde, nota que as atuais crianças, mesmo as de tenra idade, revelam a característica de inteligência da atual geração. Comparam o desenvolvimento dos filhos mais velhos, dos netos, dos sobrinhos e são unânimes: a atual geração revela uma inteligência percebida desde bebês.

Para se ter uma pálida ideia, nossa pequena sobrinha de três meses dançava com a cabeça, os olhos e a boca, acompanhando o ritmo da música que ouvia. Se o corpo já tivesse coordenação motora, estaria dançando por inteiro. Antigamente não era assim, diziam os avós. Demorava um mês para abrir os olhos, dizem outros. É notório que a evolução se processa, a inteligência está chegando mais intensa. É preciso enxergar o fato e educar melhor essas crianças que chegam, para a grande transformação do amanhã.

A necessidade da educação se faz presente em todas as idades. A criança e o jovem no comportamento demonstram o que estão aprendendo. Os adultos estão esquecidos, ou não receberam para ensinar ou não estão com disposição de ensinar, o que revela o egoísmo em que ainda estamos situados. Não nos referimos aqui à instrução, mas sim à educação que as famílias devem dar. A educação moral, a arte de formar caracteres, como disse Kardec, de enxergar erros e corrigir, de ver acertos e estimulá-los.

Não importa a classe social, pobre ou rico, é preciso lembrar a beleza do respeito ao próximo, a assertiva de Jesus quando disse: “tudo aquilo que quereis que vos façam fazei vós aos outros”. O futuro da humanidade pede isso. O Espírito Camilo, no livro Desafios da Educação, psicografado por Raul Teixeira, comenta em seu prefácio que desde a aplicação dos processos educacionais sobre o espírito na sua fase infantil até a madureza, das interessantes dúvidas ligadas ao período de gestação humana até as preocupantes nuanças do Movimento Espírita, tudo isso procuramos situar no universo da educação, de modo a constatarmos, com o Espírito da Verdade, que somente a educação poderá reformar os homens.

Benditos são nossos pais, nossa família. O que teríamos sido sem eles? Perscrutavam nossas atitudes, viam nosso comportamento,corrigiam, exemplificavam, davam limites, amavam. Isso precisa ser resgatado. A criança de hoje, muito inteligente, precisa ser tocada por Jesus. É preciso educá-las no amor, no respeito, levá-las a conhecer o evangelho de Jesus desde muito pequenas, quanto mais cedo melhor. Inteligência sem amor gera destruição, exacerba o orgulho e o egoísmo, males que precisam ser extirpados da Terra, para que ela seja o mundo de amor que sonhamos.

Há que se ter um preparo para enxergar essas jovens inteligências brilhantes que vêm e precisam ser conduzidas para o amor e o bem, a fim de cumprir seu papel de socorrer a humanidade sofredora. O amor mudará o planeta e a educação para tal deve acontecer. Ensinar o afeto, a compaixão, o serviço no bem. Os pais, que costumam ter boa vontade, nem sempre sabem como agir corretamente, diante das inteligências que observam, e algumas escolas, por mais preparadas, nem sempre também, porque grande parte dessas crianças foge do padrão costumeiro.

Há alguns dias recebemos uma mãe muito interessada em ajudar seu filho de três anos, porque achava que não estava dando conta dele. Uma mãe muito inteligente, da periferia da cidade, com uma criança fantástica. Um português impecável para a idade, não comum na periferia, onde, sem desmerecer, mas, fruto da realidade, as crianças, mesmo em escolas, em quarta série do fundamental, costumam falar “nós vai”, “nós foi”. A mãe tinha sido chamada à escolinha, porque o menino é difícil ali, desafia os professores, quer saber o porquê das coisas, só obedece se entender, e questiona tudo. A mãe disse-nos que tinha dificuldades em pôr-lhe limites por essa razão, porque achava que o menino tinha problemas.

Vimos ali uma criança brilhante. Manipulava com perfeição! Daquele tamanho minúsculo, era difícil falar-lhe, tamanha a educação com que pedia as coisas e em um português que muitos adultos não falam. Dissemos à mãe que achávamos que ele podia ser um superdotado e aí precisaria de escola muito boa, porque essas crianças gostam do que é difícil, de desafios. Nessa conversa, a criança subiu numa maca e ficou de pé. A mãe, desejando que descesse, disse-lhe:–“Meu filho, desce daí! Se você cair e cortar algo, vou ter que levá-lo ao hospital para dar ponto!” E ele, numa lógica que nos fez rir e continuando a fazer o que fazia, porque venceu a mãe com o argumento,disse-lhe: –“Mas mãe, eu já estou num hospital!”

Era uma unidade de saúde e ele estava praticamente certo. Não precisaria ser levado a lugar algum para ser atendido; ali mesmo isso seria feito.

A mãe o levou para avaliação com psicóloga, e ele a conquistou, e ao centro de psicologia infantil no primeiro momento.Com 94 centímetros de altura, ele olhou para a psicóloga que acabava de conhecer, atentamente. Ela lhe perguntou: –“O que foi?” E obteve dele a resposta que a cativou: –“Sua blusa branca eu gostei muito, mas sua calça preta eu não gostei; dá para ver a calcinha por baixo”. –“Ah!”– disse ela.–“Está transparente?”–“Está” – disse ele, e completou: –“E é ridículo!”

Isso não é comum na periferia. Uma linguagem assim. Algumas crianças dessa idade nem conhecem as cores, infelizmente, e muitas nem sabem falar direito. A criança está sendo avaliada. Se for comprovado que é superdotada, será encaminhada com bolsa de estudos pelo centro de psicologia para uma escola de excelência. Várias delas têm interesse em ter alunos assim e, graças a Deus, esse centro de psicologia infantil tem convênio para isso, pois muitas crianças brilhantes ficaram bloqueadas em escolas que não as reconheceram. A visão agora está mudando. Houve uma evolução. Essas crianças começaram a ser vistas.

Neste momento da Terra, em que observamos Espíritos muito inteligentes, preciso é despertá-los para o amor. Levá-los para uma religião desde cedo. Os pais espíritas têm grande responsabilidade, pois sabem muito bem sobre reencarnação, imortalidade da alma e justiça divina.

Educar é socorrer com antecipação. Eduquemos nossas crianças e um dia o amor brilhará no mundo. Levemos nossas crianças a amar Jesus e seus ensinos e teremos bons adolescentes e ótimos adultos. Tenhamos a capacidade de exemplificar o bem, de ser bons modelos para as crianças que aí estão. A mãe da criança que mencionamos foi orientada. Levará seu filho desde cedo para trabalhos voluntários e para a sua religião, pois a inteligência precisa estar associada ao amor.

Sempre é bom repetir e entender: “Amemos mais!”.

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita