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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 430 - 6 de Setembro de 2015

ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)

 


A individualização do
princípio espiritual


Um dos temas mais complexos sobre a evolução do espírito é a questão da individualização do princípio espiritual, que se traduz na possibilidade deste princípio, por si só (sem o auxílio de outros princípios espirituais), gerir um corpo físico através da reencarnação. 

Registre-se que os princípios espirituais são os “espíritos” em seus estágios primitivos, iniciais, abrangendo o processo evolutivo nos denominados reinos inferiores da criação (mineral, vegetal e animal).

Dessa forma, Deus, que não cessa de trabalhar, cria incessantemente os princípios espirituais, que iniciam seus processos evolutivos no reino mineral, submetidos à lei de atração e coesão, que lhes auxiliará na formação energética inicial; na sequência, dão continuidade ao processo de evolução no reino dos seres vivos, começando pelos vírus, bactérias etc., até ingressarem no reino vegetal, onde desenvolverão as sensações e algumas funções básicas da vida (respiração, alimentação, sexualidade rudimentar etc.); quando estiverem habilitados, adentrarão o reino animal, onde estarão em contato com o instinto, que será a base da inteligência.

Cabe frisar que essas experiências nos reinos inferiores da criação têm a duração de, aproximadamente, um bilhão e quinhentos milhões de anos, conforme assevera o Espírito André Luiz na obra “Evolução em Dois Mundos”, e são tuteladas pelos benfeitores espirituais que amparam os princípios espirituais nesses estágios iniciais da evolução.

A questão principal neste artigo refere-se à seguinte pergunta: Desde o início da evolução o princípio espiritual já está individualizado (apto a presidir as reações químicas e físicas do reino mineral e a vida biológica de um organismo vivo) ou este processo se dá ao longo da evolução? Existe a denominada alma-grupo (expressão originária da teosofia)?

Certa feita, refletindo sobre essas questões, deparei-me com a seguinte pergunta constante da obra “Atualidade do Pensamento Espírita” (pergunta 71), ditada pelo Espírito Vianna de Carvalho através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco:

“Tendo em vista o número quase infinito de insetos – somente para exemplificar com esses seres vivos -, seria possível afirmar que todos os princípios inteligentes que animam insetos se humanizarão?

Resposta - Não necessariamente. Recordemo-nos da resposta dos Espíritos elevados, que se encarregaram da promoção do progresso da Terra, assinalada pelo Codificador Allan Kardec, em o número 540 de O Livro dos Espíritos, quando informam...”.

Confesso que a resposta “não necessariamente” trouxe-me uma dúvida doutrinária. Se não podemos admitir a aniquilação total ou a morte do princípio espiritual, como ele não se tornaria um espírito ao atingir fatalmente o reino hominal?

Tive a oportunidade de transmitir essa dúvida ao querido Divaldo Franco, quando ele esteve na casa de meu pai para proferir uma palestra em nossa cidade, bem como o indaguei recentemente sobre esse assunto, e com a autorização dele reproduzo a resposta.

Divaldo afirmou que acredita na teoria da alma-grupo e que num dado momento da evolução, no reino animal, diversos princípios espirituais se fundiriam para formar um só, devidamente individualizado.

Não sabemos como se dá esse processo de fusão, quando diversos princípios espirituais, com experiências e aprendizados feitos enquanto integravam a alma-grupo, se aglutinam, somam bagagens evolutivas, para formarem um único princípio espiritual, devidamente individualizado, isto é, capaz de sozinho presidir a vida biológica de um organismo vivo, e agora com mais complexidades, rumando para o reino hominal e deste para a angelitude, sem jamais perder a individualidade conquistada.

Certamente esse processo complexo da fusão é dirigido pela Espiritualidade Superior e ocorre num determinado momento da evolução no reino animal.

Antes dessa individualização, a alma-grupo, que é um conjunto de princípios espirituais, vem vinculando-se através das reencarnações promovidas pelos benfeitores espirituais às diferentes espécies animais, assimilando o respectivo aprendizado.

Vejamos, por exemplo, as abelhas e as formigas. De fato, agem com um impulso coletivo, que gera uma organização e um impulso de preservarem o formigueiro e a colmeia que surpreendem, porque estão sob a influência direta da alma-grupo.

Outra questão que ainda não sabemos é se existe apenas uma alma-grupo por espécie ou se há diversas. Quem sabe, possa haver as almas-grupos já nos reinos que antecedem o animal, isto é, no mineral e no vegetal.

Para alguns orientais, a alma-grupo seria semelhante a um balde com água. Se retirarmos uma porção dessa água com um copo e colocássemos um pouco de tinta azul, essa pequena porção ficaria com a tonalidade azul, e, quando fosse devolvida ao balde, a água toda também absorveria um pouco dessa tonalidade.

Admitindo-se esse exemplo, quando houvesse a reencarnação numa determinada espécie, alguns princípios espirituais que compõem a alma-grupo se vinculariam ao novo organismo animal, e quando retornassem à alma-grupo, após a morte do animal, compartilhariam todo o aprendizado com os demais princípios espirituais que compõem a alma-grupo. É apenas uma hipótese de como se daria a evolução dos princípios espirituais que formam as almas-grupos.

No que se refere ao momento da individualização, temos uma excelente contribuição do Dr. Jorge Andréa dos Santos, renomado escritor espírita, que escreveu um artigo na revista “Presença Espírita”, exemplar nº. 230, da Editora Leal.

O referido autor afirma que a individualização se inicia nos animais que já possuem uma glândula pineal rudimentar, a permitir que o princípio espiritual individualizado e com mais complexidades possa vincular-se ao organismo animal, interagindo diretamente com ele. Cito alguns trechos do artigo:

“... No reino animal podemos registrar que os campos organizadores (princípio inteligente), pertencentes a uma "massa-diretora" (alma-grupo) própria a cada espécie, nos animais de constituição mais complexa haveria uma dispersão da "massa-energética", a fim de que as "sementes" de seu conteúdo (individualidades espirituais em formação) fossem ocupando as organizações físicas; isto é, cada ser com o seu próprio princípio inteligente. Esta condição poderá ser observada a partir dos répteis, por já terem organização física mais avançada e já possuidores, na massa cerebral, de uma glândula específica (glândula pineal), embora em fase inicial sob a denominação de olho pineal. Diz-nos André Luiz (Espírito) que nesses animais podemos considerar o início do processo de individualização espiritual (princípio inteligente em elaboração), isto é, já existiria o princípio inteligente independente a comandar o processamento da vida física, com mais expressividade, pelo auxílio do olho pineal. O princípio espiritual, trilhando independente na escala animal, aprimorando-se cada vez mais, inclusive família dos primatas, alcançaria, no homem, sua mais expressiva demonstração a expensas da glândula pineal (relógio biológico)...”.
 

À medida que o homem avança moral e intelectualmente, ele cria condições para que novos conhecimentos sejam trazidos pela Espiritualidade Superior, de tal sorte que, no futuro, teremos informações adicionais e pontuais sobre a questão da individualização do princípio espiritual, pois foi Jesus quem afirmou: “Porque ao que tem, se lhe dará e terá em abundância” (Mateus XIII:10-14).


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita