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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 429 - 30 de Agosto de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 36)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares 

A. Quando o Espírito comunicante – o antigo Khan –, tomado de estupor, estava a ponto de quase levar a médium a um ataque de apoplexia, que providência foi tomada pelos benfeitores espirituais?

Nesse momento, o benfeitor Fernando aproximou um aparelho vibrador, que foi acoplado à cabeça da médium, e descargas azuladas envolveram o agressor. Lentamente ele cedeu e derreou, sendo posto, após deslindado da médium, sobre uma mesa ao lado. Ato contínuo, os cooperadores do irmão Vicente atiraram uma rede magnética com malhas luminosas sobre os apaniguados do visitante, impedindo-os de escapar. A médium voltou à lucidez e o clima de harmonia da reunião foi refeito. (Trilhas da Libertação. O Enfrentamento, pp. 289 e 290.)

B. É verdade que o perispírito ou psicossoma é fixado ao corpo físico por meio dos chakras?

Sim. Pelo menos essa é a informação que Manoel P. de Miranda nos transmite na presente obra. (Obra citada. A Luta Prossegue, pp. 293 a 295.)

C. Por que a incorporação mediúnica é benéfica ao Espírito comunicante?

Segundo o dr. Carneiro, durante a comunicação o perispírito do médium absorve parte da energia cristalizada no Espírito, diminuindo-a neste. O comunicante, por sua vez, recebe o que chamamos choque do fluido animal do médium, cuja finalidade é abalar as camadas sucessivas das ideias absorvidas e condensadas no Espírito. Desse modo, quando um Espírito de baixo teor mental se comunica, mesmo que não seja convenientemente atendido, o referido choque do fluido animal produz-lhe alteração vibratória, melhorando-lhe a condição psíquica e predispondo-o a próximo despertamento. (Obra citada. A Luta Prossegue, pp. 295 e 296.)

Texto para leitura 

141. Todos os que perseguem a obra de Jesus acabam vitimados em si mesmos – O antigo Khan tentou explicar-se: “Libertei-me, e aqui estou para fazer justiça”, mas o Sr. Almiro, sem titubear, prosseguiu:

– Foi libertado por um semelhante, talvez mais perverso, que o buscou para dar prosseguimento à fantasia da força na qual finge apoiar-se. E não nos fale em justiça, pois a palavra soa, na sua voz, de maneira ultrajante. Acaba de exibir a estultice, arenga sobre a impunidade que se atribui e nos vem abordar sobre a justiça? Quem pensa que somos? O seu Soberano subestima-nos, enviando-nos um bombástico mensageiro, destituído de reais valores que valham a pena ser examinados e discutidos. Aguardaremos, então, que ele próprio nos apareça, o que nos dará imenso prazer.

– Você não sabe o que eu posso fazer e qual a razão da minha estada aqui.

– É claro que sabemos. É resultado do fracasso dos planos mirabolantes de destruição e anarquia, elaborados para combater Jesus e os Seus discípulos. Todos aqueles que, no mundo, intentaram essa infame tarefa, sucumbiram vitimados em si mesmos... E os réprobos do Além, que periodicamente se levantam rebeldes como novos Lucíferes da mitologia judaica, tombam derruídos e profundamente lesados nos tecidos delicados da estrutura espiritual, sofrendo, séculos afora, o processo de recuperação. O seu Soberano é apenas mais um, porém de pequeno significado.

Ao ouvir estas palavras, o Khan disse que exigia consideração, tendo em vista seu poder, mas o Sr. Almiro foi duro e incisivo:

– O amigo não pode exigir nada, pois que é destituído de direitos, tendo-se em vista o execrável comportamento que se tem permitido. É credor, isto sim, de nossa compaixão, a qual lhe distendemos em nome da piedade cristã.

Fora demais! O desafiante, tomado de estupor(1), a ponto de quase levar d. Armênia a um ataque de apoplexia(2), ia prosseguir, com o propósito de vitimar a médium, quando Fernando aproximou um aparelho vibrador, que foi acoplado à cabeça da senhora, e descargas azuladas envolveram o agressor. Lentamente este cedeu e derreou, sendo posto, após deslindado da médium, sobre uma mesa ao lado. Ato contínuo, os cooperadores do irmão Vicente atiraram uma rede magnética com malhas luminosas sobre os apaniguados do visitante, impedindo-os de escapar. A médium voltou à lucidez e o clima de harmonia da reunião foi refeito. Após ministrados passes nos médiuns que serviram de instrumentos às comunicações da noite, o Sr. Almiro encerrou com uma prece a reunião. (O Enfrentamento, pp. 289 e 290.)

142. A mediunidade responsável não permite aventuras insensatas e exige preparo – Atividades de grande porte exigem Espíritos competentes, a fim de conduzi-las com segurança. As incursões socorristas ao mundo espiritual, lidando com seres perversos, é um capítulo do Espiritismo experimental muito delicado. Por isso, a mediunidade responsável não se permite aventuras insensatas, nem se faculta entusiasmos descabidos. O labor de desobsessão é terapia avançada que exige equipes hábeis e Espíritos adestrados. Não raro, candidatos apressados e desaparelhados aventuram-se em tentames públicos e privados de intercâmbio espiritual, desconhecendo as armadilhas e a astúcia dos desencarnados, procurando estabelecer contatos e procedimentos para os quais não se encontram preparados, comprometendo-se desastradamente com aqueles aos quais pretendem doutrinar ou impor suas ideias. Arrogantes uns, ingênuos outros, permitem-se a leviandade de abrir portas mediúnicas ao intercâmbio desordenado, na pressuposição de que se podem fazer respeitados, obedecidos, incorrendo em grande risco de natureza psíquica. A vida espiritual é pujante, rica de movimento e de ação, base para a formação da física. Quando se expressa na esfera corporal, é pálida condensação da realidade que vibra fora dos fluidos materiais. Todo o cuidado, pois, nesse campo como noutros, é sempre proveitoso para o principiante ou mesmo para quem não possua os instrumentos morais indispensáveis. Frustração, revide, amargura, ciúme, inveja, ódio e todo um elenco de paixões infrenes caracterizam incontáveis seres em perturbação além do corpo somático, que a morte não consumiu. A sós ou em grupos, submetidos a organizações cruéis ou desarvorados, prosseguem vivos e pensantes, perseguindo os propósitos infelizes que abraçam, ameaçadoramente. Certamente, contrapondo-se a essas hordas asselvajadas, pululam ali os recursos do amor, mas a verdade é que, como consequência de sua inferioridade moral e valendo-se de sua condição de seres invisíveis, muitos Espíritos se aproveitam para realizar conúbios perturbadores com os indivíduos invigilantes, executar planos nefastos, recorrer a expedientes malsãos, de forma que se refestelam nas sensações que neles predominam. E, utilizando-se dos presunçosos e inadvertidos que pretendem manter contato com eles, sem estrutura moral, sem conhecimentos próprios, iniciam processos de obsessão de longo curso, em que se comprazem. Todos aqueles, portanto, que desejem manter intercâmbio com os Espíritos, equipem-se com valores morais e intelectuais, de modo a se precatarem contra as surpresas e ciladas que lhes podem ser apresentadas, e busquem manter sintonia com seus Guias, capacitados para os orientar e conduzir em cometimentos de tal natureza. (A Luta Prossegue, pp. 291 a 293.)

143. São os chakras que fixam o psicossoma ao corpo somático – Terminada a reunião mediúnica, que fora preparada com cuidados especiais, os participantes encarnados se dirigiram a seus lares, mas os labores de atendimento e socorro espiritual prosseguiam. As Entidades que se comunicaram deveriam ser removidas para Instituições competentes na Erraticidade, dando continuidade à terapia que se iniciara com a psicofonia atormentada. Outras requeriam cuidados específicos, e outras tantas necessitavam receber auxílios próprios para os seus casos particulares. Como sucede em um hospital terrestre, são variáveis as técnicas de socorro para os Espíritos enfermos, tendo-se em conta a imensa complexidade e diversidade dos seus problemas de saúde. O grupo que acompanhara o Khan, e ficara retido em rede magnética especialmente preparada, desesperava-se, produzindo algazarra expressiva. Alguns dos Espíritos imprecavam por socorro, dizendo-se inocentes; outros choravam, amedrontados; diversos blasfemavam, enquanto raros, caindo em si, mergulhavam em ensimesmamento, em taciturnidade. O irmão Vicente, que se acautelara para eventuais surtidas dos legionários do Soberano das Trevas, orientava os seus assessores nos procedimentos relevantes e prosseguia dirigindo o ministério com ordem e serenidade. Fernando assistia o Khan; o dr. Hans examinava alguns pacientes com o auxílio do dr. Carneiro, adestrando-se na percepção das lesões espirituais, refletidas e fixadas no perispírito, a sede das distonias e enfermidades que calcinam os homens e enlouquecem os desencarnados irresponsáveis. Ensinando-lhe a educação visual com a conveniente concentração para penetrar além dos fulcros de força – os chakras – que fixam o psicossoma ao soma (corpo físico), o Mentor abria-lhe perspectivas novas para o futuro terapêutico a que se entregaria. Enfermeiros adestrados e magnetizadores hábeis cooperavam na manutenção da harmonia. A partir de uma hora menos quinze minutos da madrugada, os companheiros encarnados que cooperaram na reunião mediúnica começaram a chegar, para o prosseguimento da atividade, alguns acompanhados por membros da equipe e outros por seus Mentores. D. Augusta, completamente hebetada, também fora trazida, para receber ajuda, embora não se desse conta da providência socorrista. Em certo momento, enquanto se faziam os preparativos para o trabalho, Miranda perguntou ao dr. Carneiro qual fora o objetivo da comunicação do Chefe siberiano. O Mentor esclareceu: “Estamos diante de um largo processo de auto-obsessão. O nosso irmão enfermo padece de cruel hipnose aplicada pelo seu controlador. Antes de destacá-lo para o ministério que diz administrar, foi submetido a terríveis processos de indução magnética para perder a vontade, tornando-se um autômato, teledirigido pelo seu comandante”. (A Luta Prossegue, pp. 293 a 295.)

144. A importância da incorporação mediúnica no tratamento dos Espíritos –Depois de libertado da região abissal onde expungia seus crimes, informou o dr. Carneiro, o Khan ficou condicionado à gratidão para com aquele que pensava ser seu benfeitor. Ideias terrificantes e fantasias mitológicas foram-lhe fixadas na mente, a fim de que se considerasse a personificação desses absurdos e assumisse tais personalidades, apavorando suas vítimas e dominando pelo terror, por encontrar no inconsciente dos seviciados as crenças e superstições trazidas da Terra. “Na comunicação física – explicou dr. Carneiro –, o perispírito do médium encarnado absorve parte dessa energia cristalizada, diminuindo-a no Espírito, e ele, por sua vez, recebe o que chamaremos um choque do fluido animal do instrumento, que tem a finalidade de abalar as camadas sucessivas das ideias absorvidas e nele condensadas. Quando um Espírito de baixo teor mental se comunica, mesmo que não seja convenientemente atendido, o referido choque do fluido animal produz-lhe alteração vibratória, melhorando-lhe a condição psíquica e predispondo-o a próximo despertamento. No caso daqueles que tiveram desencarnação violenta – suicidas, assassinados, acidentados, em guerras – por serem portadores de altas doses de energia vital, descarregam parte delas no médium, que as absorve com pesadas cargas de mal-estar, de indisposição e até mesmo de pequenos distúrbios para logo eliminá-las, beneficiando o comunicante, que se sente melhor com menos penoso volume de aflições... Eis por que a mediunidade dignificada é sempre veículo de amor e caridade, porta de renovação e escada de ascensão para o seu possuidor.”

– E por que não se realiza o diálogo, Espírito-a-Espírito, necessitando-se do médium? 

Respondeu o Mentor: 

– Porque a incorporação, em face da imantação magnética de ambos os perispíritos, impede o paciente de fugir ao esclarecimento, nele produzindo uma forma de controle, que não pode evitar com facilidade. No transcurso do trabalho poderemos comprovar essa assertiva. Aguardemos!

Com prece feita pelo dr. Carneiro, era uma hora da manhã quando se iniciou a reunião. No momento em que o Mentor orou, viu-se uma claridade alaranjada descer e envolver todo o recinto, como se fosse uma cobertura protetora para a elevada atividade. O dr. Carneiro informou que aquele era o momento clímax da excursão a que se dedicara, cujo objetivo essencial seria libertar o chefe siberiano, com o fim de abalar a estrutura do império dirigido pelo Soberano Gênio das Trevas, que oportunamente seria atendido. Voltando-se para a turba, o médico baiano propôs silêncio e explicou que eles veriam ali um grande acontecimento que definiria seus rumos futuros. No momento, permaneceriam sem liberdade, mas depois seriam liberados para escolherem, livremente, o caminho a palmilhar. (A Luta Prossegue, pp. 295 e 296.)  (Continua no próximo número.)
 

(1) Estupor: estado em que, estando a consciência desperta, o doente não reage nem a perguntas, nem a estímulos externos, permanecendo imóvel, numa só posição.

(2) Apoplexia: afecção cerebral que se manifesta imprevistamente, acompanhada de privação dos sentidos e do movimento, determinada por lesão vascular cerebral aguda (hemorragia, embolia, trombose); qualquer das afecções resultantes da formação rápida de um derrame sanguíneo ou seroso no interior de um órgão.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita